terça-feira, 11 de julho de 2017

Juntos, podemos mudar o rumo do País.


Vocês podem achar estranho o comentário que vou fazer hoje. Vamos colocar aqui, para não haver dúvida, de que continuo acreditando de que a matriz econômica que vigora no País está "equivocada". No entanto, após dois longos anos de "depressão", a pior dos últimos 100 anos, a economia começa a "descolar" da política. Os agentes econômicos, tanto da área pública como da área privada, não vislumbram grandes mudanças no rumo da política econômica atual, independe de quem esteja no topo do Poder da República. 

Os empresários "locomotivas" e investidores institucionais cansaram de esperar. Os investidores institucionais não vislumbram grandes mudanças no rumo da economia, mesmo com eventual mudança no comando do País. Mesmo os investidores especulativos, que aplicam nos títulos da dívida pública brasileira, não vislumbram grandes mudanças na política de juros Selic, praticada por Banco Central.  À essa altura, a economia brasileira tem pouco espaço para afundar mais do que está. Isto já está virou consenso no mercado financeiro. O mercado já "precificou" a atual situação política e econômica do País. 

O fato é que tanto o mercado financeiro como o povo brasileiro, hoje, estão dando menor importância sobre o uma eventual troca de nomes para presidente da República. O espírito de "desistência" está configurada com a menor importância dadas pelas redes sociais sobre o tema e sem nenhuma manifestação de ruas pela mudança. O povo desistiu de mudanças profundas, já acostumou com a "depressão". O povo já não acredita mais nos "salvadores da pátria". 

Por outro lado, os indicadores econômicos, independente da matriz econômica, mostram sinais de ter encontrado o "fundo do poço".  A economia não tem mais espaço para "piorar". Pior que 14 milhões de desempregados e 61 milhões de inadimplentes, não encontram paralelo na história recente do País. O povo já "se conformou" com o "fundo do poço". 

Esta sensação de "fundo de poço" provoca o "paradoxo" nas mentes de empresários e investidores. O "paradoxo" é mostrado pela reação dos agentes econômicos em "tomar atitude" diante da paradeira geral. A sensação que o povo está sentindo é o que os empresários e investidores produtivos estão sentindo, de que "pior que está, não fica". Esta sensação paradoxalmente levará, no médio prazo, provocar a "corrida" para os investimentos produtivos.

Os dois trimestres consecutivos de PIB positivo é sinal desta mudança do rumo. Indica o ponto de "inflexão" da curva de "depressão". Pouco importa neste quadro, quem seja o futuro presidente da República, Temer, Maia ou um outro qualquer. Os empresários e investidores querem saber da "rentabilidade" e "segurança" dos seus investimentos. Nesta área, não prevalece nenhum espírito de "patriotismo" para com o País, o que importa para investidores é a "rentabilidade" e "segurança" dos capitais investidos.

Brasil já bateu o fundo do poço. Brasil retomará "um novo ciclo de crescimento", timidamente, mas será inexorável. Os indicadores do mercado financeiro de ontem, que operou em estabilidade, mesmo com possibilidade do afastamento do Temer do cargo de presidente, mostra claramente o que estou a afirmar aqui. O mercado financeiro já considera que o País é maior que qualquer nome para o presidente da República. 

Com Temer ou sem Temer, o País voltará ao "novo ciclo" de crescimento. Timidamente, vai encontrando o seu curso normal de um País com potencialidade incalculável. 

Juntos, podemos mudar o rumo do País. 

Ossami Sakamori


3 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns pelo otimismo, prof. Sakamori.
Isso é digno de um decendente de um povo que não entrega os pontos. Falta essa garra à 99,99% dos ditos brasileiros que não acreditam mais nessa infindável troca de cadeiras que atuam como sucuri, afrouxando quando está no ¨fundo do poço¨para apertar quando a economia começa a crescer. Conheço pessoas com capital que estão indo para os EUA aplicar seu dinheiro, com certeza de estarem indo para um país sério. Tal fato é repetido por jovens que estão indo para lá também, mesmo para lavar banheiro (com diploma brasileiro que de nada serve lá), pois não acreditam na repetição de fatos tupiniquins que se repetem há 500 anos. Tenho inveja desse pessoal. Fui idiota em acreditar em Papai Noel e ter ficado velho aqui, quando tive chance de ir embora, quando era mais novo. Perdi a fé no país da DESORDEM E RETROCESSO.

daniel camilo disse...

Li em vários sites e blogs que os empresários e banqueiros não temem a troca do Presidente da república, DESDE QUE CONTINUE MEIRELES E A MESMA EQUIPE ECONÔMICA. Entenderam? Se tirarem Meireles o fundo do poço volta, Sr Sakamori. Quem manda no Brasil são os banqueiros pois todo empresário depende dos empréstimos e o negócio deles é não perder dinheiro e esfolar o povo! Pelo jeito seremos esfolados aos poucos Igual ao Sapo que colocam em uma panela cheia de água fria e ele fica quieto; depois colocam fogo e a água esquenta aos poucos e o sapo continua quieto; quando a água começa a ferver o sapo desesperado tenta sair fora mas coitado! se pular, morre sapecado na fogueira e se ficar, morre na água fervendo. O povo brasileiro já está quase na água fervendo.

daniel camilo disse...

Um dia vou estar animado como nosso prof Sakamori mas por enquanto ainda não dá. Ainda há pouco achei um artigo que endossa minhas palavras do comentário acima sobre os bancos: "A ditadura dos bancos", artigo do advogado José M Couto Moreira. Para quem quiser lê-lo, peço permissão ao nobre Sr Sakamori para eu colocar o link aqui: http://diariodopoder.com.br/artigo.php?i=55752784226