Presidente Michel Temer caiu na armadilha que ele próprio criou. Temer se achava mais esperto do que o empresário estelionatário Joesley, dono da JBS. Justificou-se de que ele, presidente da República, atendia informalmente, qualquer empresário do setor produtivo do País. Só não disse ter atendido qualquer presidente das Federação das Indústrias do País, informalmente, no porão do Palácio Jaburu, residência oficial do atual presidente da República.
O fato é que Michel Temer tenta justificar o injustificável. Atender um empresário "falastrão", como ele denominou o dono da JBS, às altas horas da noite, informalmente, conduzido pelo carro oficial do seu imediato Rodrigo Rocha Loures, no porão do Jaburu, não pode ser rotina normal para um presidente da República. O conteúdo do "grampo", considerado como ilegal pelo seu advogado, contém conversas nada republicanas, as quais não contesta.
Michel Temer tenta atribuir para si, o sucesso das medidas econômicas. Michel Temer, igual a sua antecessora Dilma Rousseff, deu de conjugar o verbo na primeira pessoa do singular: eu. Ontem, no lançamento do Plano Safra de 2017/18, no Palácio do Planalto, foi uma sucessão de frases de efeito, sempre no primeira pessoa do singular: Eu fiz mudanças... Eu tive coragem... Meu governo foi capaz...
Michel Temer, tenta manobras para se manter no poder, custe o que custar. Lembro-me das manobras dos últimos dias de mandato da antecessora Dilma Rousseff. Tanto a antecessora como o atual presidente, com popularidade abaixo da crítica, menos de 9% de aprovação, tenta cooptar os deputados para votarem a seu favor no processo de afastamento do cargo de presidente da República para poder ser julgado pelo STF, pela prática de crime comum, o da corrupção passiva.
Michel Temer tenta conquistar voto de 172 deputados, com liberação de emendas parlamentares, segundo grande imprensa, mais de R$ 1,5 bilhão nos últimos dias. Isto me lembra, também, os últimos dias da Dilma Rousseff no Palácio da Alvorada. Quero ver, às vésperas de suas reeleições (2018), os deputados votarem ou se ausentarem em favor do Michel Temer prestes a ser julgado por crime de corrupção. Os ventos são totalmente desfavoráveis à intensão do Michel Temer. Mesmo que ele se livre desta votação, há mais dois processos suscitados pela Procuradoria Geral da República, previsto para serem votados no início de agosto. Temer poderá se livrar desta feita, mas não resiste a mais dois novos julgamentos.
O mercado financeiro já precificou a saída do Temer. O mercado financeiro volta à normalidade. A classe empresarial do setor produtivo já considera o Maia, uma solução menos pior para a situação. Os investimentos produtivos já pensam em investir nas suas fábricas, pela queda de inflação e primeiros sinais de retomada do crescimento estão sendo notados.
Com Temer ou sem Temer, Brasil não acaba!
3 comentários:
Excelentes colocações! O Brasil é mais que UM presidente, ainda mais o próprio sendo parte atenuante de um governo corrupto, de uma chapa infame... Enfim, nunca daria certo.
Sra. Nunes.
Concordo. Porém, Rodrigo Maia é pior que o Michel Temer, senão vejamos: Rodrigo Maia foi eleito Presidente da Câmara dos Deputados com um acordo com a ala da esquerda, principalmente PT, PC do B, PSOL,... e estes Partidos agora com a iminência do Maia ser Presidente já cobra a fatura do apoio: Esses Partidos(se é que posso chamar de partidos) querem que Maia lhes dê Ministérios como a Educação, Transporte, Saúde,...e cargos no 1º escalão enfim, iremos retroceder pois PT voltar a ter Ministérios e cargos será um retrocesso. Rodrigo Maia terá ainda que manter Henrique Meirelles e toda sua equipe econômica se quiser ter o apoio dos "empresários"(sugadores do povo). Os verdadeiros empresários são as micro empresas. Michel Temer era mais do mesmo. Rodrigo Maia é ainda pior. Trocamos a Dilma(seis) e pelo Michel Temer( meia-dúzia); agora entrando Rodrigo Maia, (voltará o seis). Será que na eleição em 2018 elegeremos um outro (meia-dúzia)? Engraçado, meia dúzia lembra banana, que lembra...... república das bananas. A história nos lembra que na época que Portugal nos governava, remetíamos para lá quase todo o ouro retirado daqui. Certa vez, um cidadão que detinha uma mina e queria um reconhecimento do Rei de Portugal foi presenteá-lo. Em uma pensão em Portugal ele mandou os carregadores levarem o presente, que estava todo coberto. Ao chegar no Palácio, todos ficaram curiosos em saber o que seria o presente. Quando na presença do Rei descobriram o presente e viram que era UM CACHO DE BANANAS o deboche foi geral. Depois que todos riram, o cidadão brasileiro anunciou: _Sua Majestade humildemente ofereço-lhe, representando o Brasil, este cacho de bananas todo revestido de OURO. Os aplausos foram por vários minutos! E tome bananas para o povo brasileiro.
Pois é, há 500 anos somos uma piada (um país de gente não tão séria). Quem puder, salve-se.
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