Desta feita, o tomate é protagonista da primeira deflação, a primeira em 11 anos. A notícia em tempos normais era para ser motivo de comemorações, mas em "tempos bicudos", não passa de triste constatação de que estamos no "fundo do poço". O país está na "pior" fase da "depressão" que já dura há mais de 2 anos.
Os repórteres e jornalistas da grande imprensa dá destaque e comemoram o acontecimento. Comemoram porque estão no "bem bom" do emprego. Mas os indicadores econômicos que eles próprios, os jornalistas, divulgam não são nada animadores. O número oficial de desempregados beirando 14 milhões de trabalhadores, o número de inadimplentes alcançando o "pico" de 61 milhões de pessoas, são números que não temos nada a comemorar. A "deflação" comemorada, a primeira dos últimos 11 anos, ao contrário do que possa imaginar indica o estado de "depressão profunda" que estamos a viver.
Os mesmos jornalistas da grande imprensa esquecem de que o País experimenta, há dois anos, o estado de "estagflação", isto é estagnação somado à inflação. Com contínua política econômica recessiva somado à política de juros reais Selic, a segunda mais alta do mundo, dentre 40 maiores economias, estamos a alcançar, finalmente, o fundo do poço da "depressão". Espero que a "deflação" não continue para os próximos meses, pois aí seria fatal para a vida da população brasileira.
O outro indicador muito comemorado pelo mercado financeiro é o número da "balança comercial" alcançado neste primeiro semestre, muito maior do que o número do igual período do ano anterior. É certo que o setor agrícola responde por uma boa fatia das exportações, mas o número positivo da balança comercial vem acompanhado da diminuição das importações. Isto significa que o povo brasileiro está consumindo menos, apesar da "política cambial" equivocada, de dólar baixo ou real valorizado.
Seja como for, vamos torcer que o próximo indicador dos preços ao consumidor, o IPCA, venha ligeiramente positivo. Mais uma "deflação" é sinal de alerta para a equipe econômica e não será mais motivo de comemorações. Isto, a equipe econômica sabe. Como já disse numa das matérias anteriores, a vitória mais parece ser a "vitória do Pirro".
Desta feita, o tomate é amigo da "deflação".
Ossami Sakamori
4 comentários:
Antigamente, sem internet, até eu acreditaria em deflação. Mas agora com todas as informações em mãos não dá mais para sermos enganados. Eu não sou economista mas para mim, essa deflação tão comemorada pelo governo nada mais é que os vendedores baixando a margem de lucro e diminuindo os preços pois os produtos estão ficando encalhados em estoque e produtos perecíveis não tem como guardar por muito tempo,como ex: os feirantes que tem que vender logo para girar o caixa. Como o sr Sakamori explicou na matéria, há milhões de desempregados(as) e esses(as) só compram o necessário e às vezes nem isso. Michel nas reunião do G20 disse que no Brasil não tem crise financeira. Realmente não tem para ele, dona Marcela e o Michelzinho, e seus amiguinhos.
Quando aquele cliente que só paga suas em cartório,está com medo de fazer compras,é preocupante.
Isso é sintoma de venezuelização brasileira já pronta para ser digerida pelo povo. Os jovens estão saindo fora da barca antes que ela afunde. Triste fim do que começou errado.
Esperar o que de um país onde a cleptocracia se faz presente em todo lugar? Só indo embora daqui e achar algum país sério que nos queira.
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