O Banco Itaú livrou-se de uma bomba, a mãe de todas elas. Na segunda feira última, dia 10/4/2017, o Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, o CARF, decidiu em favor do Itaú Unibanco, um processo em que a Receita Federal cobrava pagamento de tributos ligados à fusão do Banco Itaú com o Unibanco, em 2008.
O auto de infração foi feito em junho de 2013, no valor de R$ 18,7 bilhões, acrescido de multa e juros. Em valores atualizados para hoje, abril de 2017, daria cerca de R$ 25 bilhões.
Segundo o Banco Itaú, desde o recebimento do auto de infração pela Receita Federal, o maior banco privado do País, considerou como remoto o risco de perda no procedimento fiscal objeto da multa, pelos seus advogados e auditores externos. O grupo Itaú Unibanco não tinha feito até o último balanço, previsão da perda do valor no seu balanço, referente ao valor da multa.
Muito estranho é a coincidência do momento da decisão. A decisão do CARG ocorre, justamente, no meio da quebra do sigilo das gravações das delações premiadas da Odebrecht, conhecidas como "Lista do Fachin". A Lista do Fachin se refere aos parlamentares que receberam as propinas da Operação Lava Jato. A bomba do Itaú Unibanco ficou nas segundas páginas da grande imprensa.
Esquema perfeito para camuflar a decisão favorável ao maior grupo financeiro em desfavor da Receita Federal do Brasil. Pela decisão da CARF, o Banco Itaú Unibanco vai deixar de recolher aos cofres da União cerca de R$ 25 bilhões. O Tesouro Nacional não vai poder mais contar com a receita extra.
O que estranha é que a decisão do CARF, subordinado ao Ministério da Fazenda, ocorre justamento no momento em que o titular do Ministério é o Henrique Meirelles, um grande acionista do Banco Itaú Unibanco e quando o presidente do Banco Central é o Ilan Goldfajn que foi diretor do grupo financeiro até à véspera da indicação ao maior posto na área monetária do País. Ambos agem sob a batuta do presidente Michel Temer.
Vale lembrar, também, que uma das principais acionistas do grupo Itaú Unibanco, a Neca Setúbal, na campanha presidencial de 2014, apoiou ostensivamente à campanha da Marina Silva. Isto fica apenas como registro. Pelo jeito o grupo Itaú Unibanco apostou em todas fichas em 2014.
O valor envolvido é como "maior bomba de todas elas". A decisão ocorre no momento de fragilidade do governo Michel Temer, em que é delatado no esquema de propinas da Odebrecht. O presidente Temer está protegido pela "imunidade" do cargo de presidente da República, até o final do mandato em 31 de dezembro de 2018, em todas suspeitas que por ventura venham ocorrer.
Que cada um tire as suas próprias conclusões!
Ossami Sakamori
15 comentários:
Banco algum joga para perder. Observem os LUCROS destes bancos. Com crise ou sem crise eles são sempre volumosos.
Lógico que devemos entender quem quem se prepara, investe e tem expertise em lidar com as oscilações do mercado tem mesmo que ter seu lucro.
O problema é quando vemos negociatas envolvendo gente graúda da política nacional, e engenhosas manipulações onde as raposas se vestem de galinhas para assaltarem o galinheiro.
Pena que nós brasileiros estamos com as mentes ocupadas e entupidas com as falácias das almas desprovidas de moral...
Voltou o verdadeiro blog?
Pátria amada, salve, salve!
Quando será restaurado nosso orgulho de sermos brasileiros?
Claro que foi de encomenda!
Quando se pensa que ficaram com medo de maracutaiar vem essa...
E esses "vagabundos" ainda querem fazer com que o trabalhador brasileiro pague por todo esse descalabro abrindo mão de direitos trabalhistas e previdenciários?
Bando de canalhas!
Concordo plenamente. Se estamos deveras ocupados em solucionar problemas pessoais, estaremos a cada dia, mais desunidos. O povo brasileiro nao reage.É lamentável essa falta de interesse. Estou indignada.
Veremos se o MP vai seguir no processo acionando judicialmente, pois o Carf é orgão máximo administrativo.
O tesouro Nacional precisa é deixar o dinheiro com os donos de direito, povo e empresários. O mal deste país é esse governo que ainda nos explora como colônia.
Acho que quem julgou a ação calculou o risco/benefício: O governo abre mão dessa multa OU o governo recebe os 25 bilhões e quebra o banco e o mesmo governo vai ter que pagar o dobro para apagar o rastilho de pólvora dessa quebra contaminando o mercado financeiro.
Um homem mata uma abelha mas um enxame mata o homem. O governo federal está acabando com o povo mas o povo não consegue scabar com o governo justamente porque não age como as abelhas.
O mal é que nós brasileiros não fazemos nada, aceitamos tudo igual cordeirinho indo pro abatedouro.
O mal é que nós brasileiros não fazemos nada, aceitamos tudo igual cordeirinho indo pro abatedouro.
E a �������������� �������������� vai deixar por isso mesmo ou tem como recorrer?
Receita Federal (onde não deu certo o negrito)
Postar um comentário