O governo Temer estima arrecadar R$ 24 bilhões com o Programa de Parcerias de Investimentos em 2017. O objetivo parece ter sido o de apresentar ao investidor especulativo de que o governo Temer pretende fazer um esforço fiscal para diminuir o rombo do Orçamento Fiscal de 2017, previsto em R$ 139 bilhões. Em comparação com o rombo do Orçamento Fiscal de 2016 que está estimado em R$ 170,5 bilhões seria um "esforço fiscal".
O anúncio das obras de infraestrutura ficou em segundo plano. O governo não anunciou o volume de investimento das obras e serviços elencadas e nem os prazos em que deve ocorrer tais obras. Para mim, ficou claro que o ministro Henrique Meirelles quer mostrar ao mercado financeiro internacional de que está fazendo o esforço fiscal. O release distribuído para imprensa mostra claramente isto, pouco fala sobre os benefícios que as privatizações irão trazer à população.
Meirelles e Temer quer mostrar ao mercado internacional de que está fazendo esforço para melhorar o resultado primário do Orçamento Fiscal. Vão vender tudo para cobrir o rombo do Orçamento Fiscal de 2017. Só não sabemos o que será do Orçamento Fiscal de 2018, sem o dinheiro dos ágios dos leilões de privatizações.
O governo Temer perdeu oportunidade de chamar atenção do povo sobre o volume de obras que serão executados nos próximos anos e os benefícios que estas trarão. Não anunciou nem o volume de investimentos e nem o prazo de execução das obras e ou serviços. Isto mostra claramente que o Programa de Parcerias de Investimentos foi feito à "toque de caixa" para poder anunciar o volume de ágio dos leilões de privatizações de obras e ou serviços. O volume de "arrecadação" dos ágios das privatizações no próximo ano, 2017, será de R$ 50 bilhões, decorrentes das obras e ou serviços que listo abaixo:
Aeroporto de Porto Alegre
Aeroporto de Salvador
Aeroporto de Florianópolis
Aeroporto de Fortaleza
Terminais de combustíveis de Santarém (PA)
Terminal de trigo do Rio de Janeiro
Trecho das BRs-364/365, entre Goiás e Minas Gerais
Trecho das BRs-101/116/290/386, no Rio Grande do Sul
Ferrovia Norte-Sul
Ferrovia Ferrogrão
Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)
Hidrelétrica de São Simão, na divisa entre Minas e Goiás
Hidrelétrica de Miranda (MG)
Hidrelétrica de Volta Grande (MG)
Hidrelétrica de Pery (SC)
Hidrelétrica de Agro Trafo (SC)
Quarta rodada de licitações de campos marginais de petróleo e gás natural
Décima quarta rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás natural sob o regime de concessão
Segunda rodada de licitações do pré-sal sob o regime de partilha de produção
Mina de fosfato de Miriri entre Paraíba e Pernambuco
Mina de cobre, chumbo e zinco, em Palmeirópolis (TO)
Mina de carvão em Candiota (RS)
Mina de Cobre em Bom Jardim de Goiás (GO)
Venda de distribuidoras e companhias de saneamento:
Companha de Eletricidade do Acre (AC)
Amazonas Distribuidora de Energia (AM)
Boa Vista Energia (RR)
Companhia Energética de Alagoas (AL)
Companhia Energética do Piauí (PI)
Centrais Elétricas de Rondônia (RO)
Companhia Estadual de Águas e Esgotos (RJ)
Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (RO)
Companhia de Saneamento do Pará (PA)
Celg Distribuição (Goiás)
Lotex – empresa da Caixa de loteria instantânea
Aeroporto de Florianópolis
Aeroporto de Fortaleza
Terminais de combustíveis de Santarém (PA)
Terminal de trigo do Rio de Janeiro
Trecho das BRs-364/365, entre Goiás e Minas Gerais
Trecho das BRs-101/116/290/386, no Rio Grande do Sul
Ferrovia Norte-Sul
Ferrovia Ferrogrão
Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)
Hidrelétrica de São Simão, na divisa entre Minas e Goiás
Hidrelétrica de Miranda (MG)
Hidrelétrica de Volta Grande (MG)
Hidrelétrica de Pery (SC)
Hidrelétrica de Agro Trafo (SC)
Quarta rodada de licitações de campos marginais de petróleo e gás natural
Décima quarta rodada de licitações de blocos exploratórios de petróleo e gás natural sob o regime de concessão
Segunda rodada de licitações do pré-sal sob o regime de partilha de produção
Mina de fosfato de Miriri entre Paraíba e Pernambuco
Mina de cobre, chumbo e zinco, em Palmeirópolis (TO)
Mina de carvão em Candiota (RS)
Mina de Cobre em Bom Jardim de Goiás (GO)
Venda de distribuidoras e companhias de saneamento:
Companha de Eletricidade do Acre (AC)
Amazonas Distribuidora de Energia (AM)
Boa Vista Energia (RR)
Companhia Energética de Alagoas (AL)
Companhia Energética do Piauí (PI)
Centrais Elétricas de Rondônia (RO)
Companhia Estadual de Águas e Esgotos (RJ)
Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (RO)
Companhia de Saneamento do Pará (PA)
Celg Distribuição (Goiás)
Lotex – empresa da Caixa de loteria instantânea
Se realmente efetivar os leilões de privatizações de obras e serviços conforme listados, será o maior programa de privatizações dentro do Plano Real. É uma pena que isto está sendo feito de forma açodada e atrapalhada com intenção de cobrir parte do "déficit primário" de 2017.
Receio que as privatizações de obras e serviços serão oferecido num ambiente econômico, o pior possível. O risco Brasil está em alta (grau de especulação), a taxa básica de juros Selic está 5% acima da inflação, a inflação perto de dois dígitos (10%) e País em depressão profunda. Estas condições fazem com que o "ágio" das privatizações de obras e serviços seja o menor possível. Estamos vendendo tudo, no pior momento da história.
O que me assusta é a "improvisação" das privatizações e a "urgência" que isto está sendo tocado, com a finalidade principal, não o das obras de infraestrutura, mas apenas com intenção de arrecadar os "ágios" dos leilões para cobrir o "déficit primário" de 2017. Só não sabemos o que vai vender para cobrir o "déficit primário" dos anos subsequentes.
Isto faz parte da política econômica equivocada do ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
#ForaMeirelles !
#ForaMeirelles !
Ossami Sakamori
5 comentários:
Sakamori,não sou tão aprofundado nessa matéria tanto quanto o prezado, coisa que gostaria, mas arrisco um comentário:
- Se estas ações fossem feitas de uma forma programada, sem tanta pressa, poderíamos ter no inicio esse "deságio" a que você se refere, mas à medida em que eles fossem ocorrendo, não haveria a possibilidade de um uma readequação nos valores, trazendo-os a níveis mais interessantes ao país?
- Essa premissa poderia ser entendida como motivo de especulação pelo mercado, vindo atrapalhar o interesse do governo?
Prezado Eli dos Reis,
O governo Temer quer minorar o rombo do Orçamento Fiscal com os "ágios" das privatizações. A minha crítica é sobre o objetivo da PPI, que está sendo como uma forma de arrecadação para cobrir o rombo. O objetivo não seria prover o País de infraestrutura?
O empresário ou o investidor não é burro!
O "ágio" do leilão, o custo financeiro (5% aa) do investimento, o risco Brasil (grau de especulação) e remuneração do capital (lucro) recairão nas TARIFAS, que o povo brasileiro vai pagar.
Não tem almoço grátis!
Obrigado comentário!
Blogueiro não se esqueça que se o país crescer 2%, acaba-se o déficit. Não continuaremos na recessão eternamente, o PIB aumentando, aumenta-se a receita o que poderá minimizar o déficit.
Apesar de eu ser Técnico em Contabilidade, estou desatualizado. Mas acompanho o pensamento do Sr Sakamori quo a intenção do governo Temer nesse programa de parceria. A pergunta é: Pensaram no bom retorno para o povo ou só pensaram no retorno financeiro para o governo sair do vermelho?
E quanto ao slogan "fora Meireles", é uma boa sacada pois se colocarmos "fora Temer" estaremos dando às mãos aos petistas e não queremos encher a bola deles. É isso aí, Sakamori.
Concordo com a linha de pensamento do sr.Daniel Camilo.
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