Infelizmente, o Brasil é um país de "jaboticaba", a fruta típica da nossa terra. Os sucessivos governos da República vem praticando a política econômica diferenciado do mundo desenvolvido. O governo Temer não é diferente de nenhum dos outros dantes. A formulação da política econômica está nas mãos do banqueiro e ministro da Fazenda Henrique Meirelles.
Meirelles serve aos banqueiros e especuladores financeiros antes de atender aos interesses do povo brasileiro. Meirelles está mais preocupado com a sobrevivência do Banco Original do grupo JBS/Friboi, recém criado por ele. Pensa ele: O setor produtivo que se lasque!
O governo Temer direciona atenção do povo brasileiro e dos agentes econômicos aos "ajustes fiscais" e às "reformas estruturantes" como se fossem as únicas soluções para o desenvolvimento sustentável do País. Repito mais uma vez, que os "ajustes fiscais" e "reformas estruturantes" são meios para formular o plano de "desenvolvimento sustentável", mas não o fim. Eles sozinhos não são suficientes para despertar os investidores diretos à aplicar os investimentos na produção. E sem os investimentos na produção, não há empregos.
O equívoco está na condução da política monetária, sobretudo a "política cambial" e a "política de juros". A política monetária, pouco comentado pelos articulistas econômicas é conduzida pelo Ilan Goldfajn, indicado pelo Meirelles à presidência do Banco Central. Esta história de que o "câmbio flutuante" e a "taxa Selic alto" são dogmas para uma boa política monetária é conversa para "boi dormir". O buraco é mais para baixo!
O "dólar baixo" cria "sensação do poder de compra" ao povo brasileiro, mas desestimula o setor produtivo. O "dólar baixo", ao contrário do que uma boa parte dos economistas pensam, não é bom para o País. O "dólar baixo", ao mesmo tempo que coloca em dificuldade o setor de agronegócios, desestimula criação de novos empregos no setor de produção de manufaturados, voltados à exportação. Podemos dizer que o "dólar baixo" deixa de criar emprego no País para criar emprego lá fora, no estrangeiro.
A "taxa Selic" alta, hoje em 14,25%, com juros reais de 5% ao ano, desestimula os investidores diretos a aplicar recursos no sistema produtivo, deixando de criar novos empregos. Não há setor produtivo que dê tamanha rentabilidade, 5% ao ano, sem correr nenhum risco de negócio. Então, por que investir em fábricas correndo riscos desnecessários? A desculpa é que a "taxa Selic" alta é condição para segurar a inflação. Tudo mentira! O governo trabalha com "taxa Selic" alta há mais de 2 anos e a inflação não cede. Além disso, há outros instrumentos no Banco Central adequados para arrefecimento da inflação.
Meirelles quer ser a "jaboticaba" do País. Que ele queira ser a "jaboticaba" é problema dele, mas que o povo não pode carregar os sacrifícios impostos pela política econômica equivocada, isto não deve. As mentiras repetidas acaba como se fosse verdadeiras, como sempre fez o governo do PT. Vamos cair na real, vamos!
Meirelles quer ser a jaboticaba do País
Ossami Sakamori
7 comentários:
Bom Dia Prof Saka !
Nos sois últimos parágrafos do Artigo, o Senhor abordou bem a questão da política cambial e monetária respectivamente. Quanto as taxas de câmbio a manobra econômica de baixa-la para aumentar o poder de compra é de Prática comum no Mundo econômico. Quanto as taxas de juros, outra prática comum no Mundo econômico é aumenta-la para diminuir o poder de compra, visando a queda da #Inflação. Perfeito ! Qual seria o outro tipo de manobra econômica ou seja, os outros Instrumentos adequados existente no Banco Central que poderia ser utilizado para se alcançar este equilíbrio econômico almejado por todos ??
Prezado Rogério Marcelino,
Os instrumentos disponíveis para balizar o câmbio, pode ser atuação do BC no mercado "spot" de dólar. Pode ser também, atuando no mercado futuro do dólar ou ainda swap cambial tradicional ou swap cambial reverso, conforme o caso.
A inflação é produto da expansão da base monetária, então deve lançar mão sobre o M1, M2, M3 e M4. No Brasil, como o BC e o sistema bancário dá liquidez aos títulos do governo, a M4 funciona como se fosse M1. Nesse caso, o instrumento adequado é o depósito compulsório dos bancos. Além do depósito compulsório dos bancos, pode lançar mão sobre obrigatoriedade dos Fundos de investimentos em destinar parte nos títulos do governo.
A dosagem de cada instrumento terá que observar a posição de cada M, de tal forma que a taxa básica de juros não fique tão longe da inflação corrente. Os países em desenvolvimento trabalham com taxa básica de juros negativos.
Falta transparência na execução da política econômica e monetária.
Por isso, continuo afirmando que o Meirelles e Ilan praticam a política econômica e monetária como "jaboticaba", ou seja peculiar do Brasil.
Excelente explanação prof Saka. Ressalto sua coerente colocação apontando os Depósitos Compulsórios de Bancos como o Instrumento adequado para o alcance do Equilíbrio Econômico.
Continuamos sendo o país do engana que eles gostam.
Continuamos sendo o país do engana que eles gostam.
Pelo andar da carruagem vamos morrer sem conhecer um país sério do qual nos possamos orgulhar.
Os últimos governos brasileiros só usaram a Política(politicagem) e não o patriotismo para nos governar. E nós, só usamos a política quando somos insultados e aí no calor da discussão saímos em passeatas, manifestações porém, passados os momentos vamos nos acomodando e os "políticos" sempre dão um jeito de se reciclar e continuar com a mesma prática que é ideal para eles e péssimo para nós, o povo. Henrique Meireles trabalhou na equipe econômica do Lula e ajudou a afundar o Brasil. Não entendo Michel Temer nomeá-lo como Min da Economia!
Com Meireles, quase nada mudará.
As pessoas me diziam que Michel Temer só não reformava o que é preciso para o Brasil sair do buraco por que ele era interino mas, agora Michel já foi empossado e onde estão as reformas estruturais?
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