terça-feira, 25 de março de 2014

Economia BR. Quadro externo preocupante!

Falar sobre o rebaixamento da classificação pela Standard & Poor´s é como chover no molhado.  A própria agência já tinha anunciado que ao perdurar a situação da economia brasileira, iria rebaixar a classificação neste início do ano.  


O ministro Guido Mantega, à pedido da presidente Dilma, preparou o documento para o pronunciamento em Davos, no Fórum Econômico Mundial, nesse início do ano.  Basicamente, preparou um plano que previa superávit primário de R$ 44 bilhões no Orçamento da União.  O montante corresponde a grosso modo 0,92% do PIB, o que é considerado muito baixo.

O que está pegando no momento é fechamento das contas externas.  O próprio Banco Central fez projeção de déficit em conta corrente previsto de US$ 80 bilhões.  O Banco Central ainda prevê o ingresso do investimento estrangeiro direto (IED) em US$ 64 bilhões.  Até aqui, a conta não fecha. Fica faltando US$ 16 bilhões para zerar a balança de pagamentos do ano de 2014, segundo projeção do Banco Central.

Ao governo brasileiro sobrou algumas alternativas para fechar a conta do balança de pagamentos. 

A primeira alternativa é queimar US$ 16 bilhões, queimando parte da reserva que está em US$ 365 bilhões, grosso modo.  Como o Brasil tem uma dívida externa, incluindo setor público e privado próximo de US$ 320 bilhões, a queima da parte da reserva é visto pelos investidores estrangeiros como sinal de alerta.


A segunda alternativa é fazer captação de empréstimos em dólares pelo governo federal, empresas estatais e empresas privadas.  Pelo que consta, o empréstimo feito pela Petrobras no início do ano, já está contabilizado na meta da balança de conta corrente do BC.  O volume de US$ 16 bilhões não é tão expressivo, em termos de empréstimos externos, se considerar o setor público e privado.  Mas, a dívida externa brasileira cresce.


A terceira alternativa é atrair capital estrangeiro especulativo em títulos do governo federal.  Seria captação líquida de US$ 16 bilhões em títulos do Tesouro.  Leia-se captação líquida como volume acima da rolagem da dívida pública em mãos dos estrangeiros.  Para, dentro da nova conjuntura, a de classificação de risco rebaixado, certamente o Tesouro terá que pagar os juros básicos, Selic como referência, maior do que de hoje para atrair capital estrangeiro especulativo. Os agiotas internacionais exigirão os juros cada vez mais alto.


Por mais que a Dilma e Mantega digam aos investidores externos que o Brasil está uma maravilha, os números reais desmentem o otimismo de ambos.  Vamos ver, até onde, os investidores estrangeiros vão acreditar na palavra de ambos.  O quadro externo é de alerta!

Ossami Sakamori
@SakaSakamori

Um comentário:

Carlos disse...

Sakamori, com certeza já deve conhecer a matéria que mando, mas vai assim mesmo. Acho-a a cartilha que o PT vem cumprindo à risca no Brasil.

Decálogo de Lenin:

1. Corrompa a juventude e dê-lhe liberdade sexual;
2. Infiltre e depois controle todos os veículos de comunicação em massa;
3. Divida a população em grupos antagônicos, incitando-os a discussões sobre assuntos sociais;
4. Destrua a confiança do povo em seus líderes;
5. Fale sempre sobre Democracia e em Estado de Direito mas, tão logo haja oportunidade, assuma o Poder sem nenhum escrúpulo
6. Colabore para o esbanjamento do dinheiro público; coloque em descrédito a imagem do País, especialmente no Exterior e provoque o pânico e o desassossego na população;
7. Promova greves, mesmo ilegais, nas indústrias vitais do País;
8. Promova distúrbios e contribua para que as autoridades constituídas não as coíbam;
9. Contribua para a derrocada dos valores morais, da honestidade e da crença nas promessas dos governantes, nossos parlamentares infiltrados nos partidos democráticos devem acusar os não-comunistas, obrigando-os, sem pena de expô-los ao ridículo, a votar somente no que for de interesse da causa;
10. Procure catalogar todos aqueles que possuam armas de fogo, para que elas sejam confiscadas no momento oportuno, tornando impossível qualquer resistência à causa.