sexta-feira, 15 de novembro de 2024

Lula quer impostos sobre os "super ricos".

Nos próximos dias, 18 e 19, acontecerá no Rio de Janeiro, a reunião do G20, grupo composto por 19 países, entre eles, África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia, Turquia e dois órgãos regionais, a União Europeia e Turquia.  O Brasil, no sistema de rodízio, exerce a presidência do G20 de 1/12/2023 a 30/11/204. 

           Antecipando o evento, desde ontem, dia 14, adentrando ao dia 16 de novembro, a cidade do Rio de Janeiro sedia o Aliança Global Festival, um evento de grande porte promovido pelo Governo federal e com organização de Janja Lula da Silva, apelidado "carinhosamente" de "Janjapalooza".  Nada como país rico como o Brasil que vai dar uma "canja" para a primeira dama "Janja", cujos gastos são estimados em mais de R$ 50 milhões, patrocinados pelas empresas estatais.

           O principal tema da reunião do G20, se depender do Presidente Lula, será a defesa da tributação dos "super ricos", defendidos pelas nações pobres do planeta, o que renderia globalmente, cerca de US$ 250 bilhões aos cofres das nações desenvolvidas, cujo valor representa cerca de 0,35% do PIB mundial.  Em alguns dos países do Primeiro mundo, já se praticam a cobrança de tributos semelhantes, com denominações diferentes.  

           No Brasil, se implantado a taxação sobre grandes fortunas, geraria arrecadação extra entre R$ 40 bilhões a R$ 260 bilhões por ano.  O Brasil do Presidente Lula, com seguidos "déficits primários", a quantia é vista como "essencial" para financiar políticas públicas e programas sociais.   No entanto, as empresas de consultoria instalados no País, avaliam que medidas dessa natureza podem gerar "aversão" no mercado financeiro, gerando fuga de capitais produtivas do Brasil para os paraísos fiscais.   O tiro sai pela culatra, como é dito em linguagem popular.

             A inciativa de tributação das grandes fortunas do Brasil, é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na tentativa "desesperada" de cobrir o "déficit primário", que é o valor que falta para pagar os compromissos do Governo federal, sem ainda incluir os juros da dívida pública. Quando inclui os juros da dívida pública, o rombo fiscal leva o nome de "déficit nominal".  Faz muito tempo que o Brasil não apresenta o "superávit nominal" para amortizar ao menos parte da dívida pública.  

             Finalmente, na minha opinião, é dada como certa a tributação dos "super ricos" no Brasil, ainda que "insuficiente" para zerar o "déficit primário" das contas do Governo federal.   A consequência da tributação dos "super ricos", farão com que os investimentos produtivos do País, migrem para os países com legislação tributária mais estáveis. 

            Presidente Lula, raciocina, ainda, como "operário de fábrica", como foi no passado, do que como empreendedor produtivo que gerariam riquezas ao País e em consequência, melhoraria a renda "per capita" dos brasileiros, de operários aos empresários.    

           Ossami Sakamori

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Melhor falar do que se calar ...

 

Estamos próximo de terminar o exercício de 2024 e não vemos sinais de que o "equilíbrio fiscal" aconteça no corrente ano, pelo segundo ano consecutivo do Governo Lula.  A equipe econômica está reunida para tentar ou fazer de conta que está empenhado em fechar as contas do Governo federal com "superávit fiscal" mesmo que seja em valores pífios. 

          Se, já no mês de setembro, apresentava "déficit primário" de R$ 105 bilhões, é impossível cobrir o "rombo fiscal" no tempo que falta para fechar o exercício de 2024.  Como disse um leitor deste: "Você só sabe criticar" e "não tem soluções para apontar", a execução da "política fiscal", denominada pela equipe econômica de "arcabouço fiscal", não é tarefa fácil, sobretudo na situação de inchaço da máquina pública, com 38 ministérios e vontade de cada ministro querendo executar as suas metas, sem se importar com o "Orçamento fiscal" ou o "Arcabouço fiscal" aprovado no exercício passado.  

          A lei da Responsabilidade fiscal de 2000, que prevê, o equilíbrio da conta fiscal, entre receita e despesa, que já não são cumpridas desde a crise fiscal que culminou com o impeachment da Presidente Dilma.  O impeachment dela, a da Dilma, ocorreu não pelo "déficit primário", mas sobretudo pela "pedalada fiscal", que é conhecido no meio empresarial como "balanço maquiado". 


          

           Como pode observar no gráfico acima, o País padece de de "mal crônico", o de fechar as contas do Governo federal, com sucessivos "déficits primários", independente do nome que se queira dar às contas do Governo federal, de "política fiscal" ou de "arcabouço fiscal".  Seguidamente, os últimos governos, desde impeachment da Presidente Dilma, não conseguem fechar as contas primárias, que não incluem o pagamento de juros da dívida públicas, leia-se dívida do Tesouro Nacional.  

           O Presidente Lula está empenhado, segundo a grande imprensa, em cortar os gastos do Governo federal, mas a tarefa não será fácil, faltando tão somente 50 dias para fechamento do exercício fiscal.  O mercado financeiro já antevê que o exercício de 2024, deverá fechar com um novo "rombo fiscal".  Para os investidores institucionais, o Brasil é um país tem arrogância demais e humildade d menos.  Para completar a situação, os Estados Unidos, estão com otimismo, com o novo governo republicano, provocando "revoada" dos investidores institucionais em direção às suas origens.   

            Respondendo ao assíduo leitor, "crítico deste", em qualquer situação que se encontre o País, sempre haverá saída para situação de desconforto, desde haja "vontade política" para resolver a situação.   Em sendo brasileiro, com filhos e netos brasileiros, torço para que o País reencontre o caminho do "desenvolvimento sustentável", para o bem do País.   Melhor falar do que se calar, penso eu.  

           Ossami Sakamori                

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Marco Rubio deverá ser o novo Secretário de Estado

 
Nada como país do Primeiro Mundo, o presidente eleito dos Estados Unidos, segundo noticiário internacional, reuniu-se, ontem, com a ex-governadora do estado de Carolina do Sul e embaixador dos Estados Unidos na ONU e com o Mike Pompeu, ex-secretário do Estado, equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.   O motivo da reunião foi a justificativa do "não convite" aos interlocutores, pessoalmente, num gesto de camaradagem.  Nos bastidores, sabe-se que ambos foram opositores e críticos contundentes à candidatura do Donald Trump, mesmo tendo prestado serviços ao Presidente eleito, no primeiro mandato.
           Por outro lado, é dado como certo, a indicação do Marco Rubio, 53 anos, atual senador pela Flórida, pelo Partido Republicano desde janeiro de 2011, para o cargo mais importante, o de Secretário de Estado, o equivalente ao Ministro de Relações Exteriores no Brasil.  Ele é nascido na Flórida, com 53 anos de idade.  Ele, Marco Rubio, ocupará a poderosa posição de Secretário de Estado, atualmente, ocupado pelo democrata, Antony Blinken, também, muito competente.   
              O Secretário de Estado é o cargo mais importante do Governo americano, que representa o Presidente da República nas articulações com os países estrangeiros, incluindo nelas, as articulações para soluções de conflito entre os países do Ocidente.   A principal, neste momento, é o conflito entre Ucrânia e Rússia, que, ao meu ver, deverá ser solucionado, com medidas econômicas em troca de conflitos militares.  
            Marco Rubio terá missão de resolver conflito entre Ucrânia e Rússia, com solução de "afrouxamento" das atuais medidas de isolamento da Rússia das relações econômicas e financeira com o mundo ocidental.   No médio prazo, pode se prever, também, o "afrouxamento" do conflito entre Israel e os árabes, na Faixa de Gaza e no Líbano.   Os conflitos de natureza bélica, deverão, no governo do Donald Trump, serem substituídos com   reinserção dos países em conflito no cenário econômico global.   
           O Brasil e a América Latina, dentro do contexto global e da vontade do Presidente Trump, deverá estar inserido na política ditado pelo "Consenso de Washington", em vigor há décadas.   O Brasil continuará sendo o "quintal" dos Estados Unidos, querendo ou não.  Infelizmente, a alternativa para o País é cair nas mãos do chinês, Xi Jinping.  Sintomaticamente, neste mês, o presidente chinês, fará visita oficial ao Presidente Lula, como que "marcando a posição" dos chineses no território sul-americano.     
           Infelizmente, o Brasil tem feito apostas erradas, em momentos errados, pela falta de visão política da diplomacia brasileira.                           Ossami Sakamori 

domingo, 10 de novembro de 2024

Brasil, país de faz de conta


O sucesso das eleições presidenciais conquistado pelo republicano, Donald John Trump, 78 anos, reflete não só ao povo americano, mas sobretudo aos países "satélites", como o Brasil.    Os Estados Unidos ocupam posição de primeira economia do mundo, com PIB de US$ 23,36 trilhões, enquanto o PIB mundial é de US$ 105,4 trilhões.   Dentro do contexto global, o PIB do Brasil para o mesmo período era de US$ 2,17 trilhões, correspondente a cerca de 9,2% do tamanho dos Estados Unidos.    

            Desde final da década de 1980, ditado pelo "Consenso de Washington", formulado pelos Estados Unidos, destinado aos países latino americanos para, em tese, conter o endividamento externo e da hiperinflação em curso, à época, por meio de disciplina fiscal, do reordenamento dos gastos públicos e da maior abertura econômica, o Brasil, infelizmente, sofre dos problemas "crônicos" de falta de planejamento nas contas públicas.            Ao constatar o problema encontrado pelo Governo Lula, em 2023 e 2024, das contas públicas, tecnicamente denominado de "política fiscal", disfarçado com a denominação de "arcabouço fiscal" para designar o velho problema dos "gastos públicos", cronicamente "deficitários", fugindo totalmente das boas regras ditados pelo "Consenso de Washington".   Ainda, assim, o Governo brasileiro quer ser o "exemplo" para o mundo.

          O governo brasileiro age ao contrário do republicano Donald Trump que pretende, segundo as metas anunciadas, de "proteger" as indústrias americanas, diante do avanço dos produtos chineses no mercado americano, vai "baixar" a tarifa dos produtos fabricados nos Estados Unidos e "sobretaxar" os produtos importados, inclusive dos produtos procedentes da América Latina. Isto se denomina "política econômica" americana, infelizmente, inexistente no Brasil.  Em outras palavras, o Presidente Trump vai praticar uma "política protecionista" para suas indústrias, com o objetivo de geração de empregos de alta tecnologia nos Estados Unidos.

           Enquanto isto acontece ou vai acontecer na maior economia do mundo global, o Governo brasileiro se preocupa em "matar a fome" dos brasileiros e de defender a floresta Amazônia para os habitantes do planeta, como os principais e únicos objetivos, esquecendo-se de uma "política econômica" que criem empregos para a mão de obra qualificada, que procuram, ironicamente, oportunidades nos países do Primeiro Mundo, incluído nestes, os Estados Unidos.   

          O Brasil, como País, infelizmente, com sucessivos "governos de plantões", de todas matizes ideológicas, literalmente, comem "feijão com arroz" e arrotam "caviar".  E, continuaremos sendo tratados como país do "terceiro mundo", exclusivamente, por nossa própria e total culpa.  

            Ossami Sakamori          

sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Os gastos públicos sem controle


O Presidente Lula está reunido com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, desde o início da semana, para tentar zerar o "déficit primário" das contas do Governo federal, mas as conversas não avançam por dificuldades técnicas em diminuir as despesas, que em grande parte, as despesas são constitucionais causado em boa parte devido ao "inchaço" da estrutura do Governo federal, na atual gestão, a do Governo Lula. 

          As contas fechadas em setembro, apresentou queda na receita líquida de 8,5%, descontada a inflação do período, somando R$ 162,7 bilhões e na outra ponta, as despesas somaram R$  168 bilhões.  No acumulado do ano, fechado em setembro, as receitas cresceram 6,4%, correspondendo a R$ 1,546 trilhão e as despesas em 6,5%, correspondendo a R$ 1,651 trilhão, apresentando um déficit primário, o dinheiro que falta para cobrir as despesas, em R$ 105 bilhões.  É aqui é que mora o perigo!  O anos de 2024 deve fechar, novamente com contas no vermelho.        

            No resultado primário não se computa o pagamento dos juros da dívida pública ou do Tesouro Nacional, nas rolagens de títulos.  Quando se computa os juros da dívida pública, vincendos no período, denomina-se déficit nominal.  O último superávit primário que o País presenciou foi no ano de 2022, ainda no Governo Bolsonaro, com superávit de R$ 54,9 bilhões.   No primeiro ano do Governo Lula, apresentou déficit primário de R$ 230,5 bilhões, segundo o Tesouro Nacional. 

          Os ministros da área econômica e o Presidente Lula tentam ao menos "zerar" o déficit primário, mas, o inchaço do Governo federal com 38 ministérios, antes 25 do Governo anterior, o corte das despesas não são fáceis de se materializar.  A saída para a situação seria "corte de gastos públicos" ou "aumento de arrecadação", via aumento da carga tributária.  Na minha opinião, não vai acontecer nem uma situação e nem outra.  O Brasil vai fechar o ano de 2024, com mais um "rombo fiscal" ou o famigerado "déficit primário", que faz com que o Banco Central tente segurar a "expansão monetária", via taxa básica de juros Selic, que já está em 11,25% ao ano.   Com o resultado das contas públicas e com inflação acima do teto da meta, de 4,5%, é provável que haja mais um aumento da taxa Selic, em 0,5%, na próxima reunião do COPOM, previsto para ocorrer entre dia 10 e 11 de dezembro.   A taxa de juros Selic passaria, se confirmar o meu prognóstico, para 11,75% no fechamento do ano de 2024.

          A reunião convocado pelo Presidente Lula para corte de gastos públicos  e ou aumento de carga tributária, vai sair como entrou, sem "corte de gastos públicos" e sem aumento de "carga tributária".   O Governo Lula vai apresentar no final de 2024, mais um nefasto "déficit primário" no final do exercício.  

            Ossami Sakamori

quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Relação Brasil x Estados Unidos


Ontem, dia 6, quarta-feira, houve o anúncio do resultado das eleições presidenciais americanas, onde se elegeu, virtualmente, o republicano Donald Trump, 78 anos, para o cargo de Presidente da República, com a confirmação da conquista da maioria dos delegados republicanos para o colégio eleitoral.  Pelo lado do Brasil, apesar de Presidente Lula ter declarado sua preferência para a oponente democrata, Kamala Harris, atual vice-presidente da República e já ter mandado mensagem de felicitações, via rede social, ficou a amarga marca da sua preferência pela democrata durante o pleito eleitoral.  

            Ontem, mesmo, o Presidente Lula através da rede social, cumprimentou o novo Presidente americano, Donald Trump, que tomará posse, no meado do mês de janeiro do próximo ano.   Não temos notícias de que o Presidente brasileiro tenha dado cumprimento através de telefonema, como fizeram, segundo a imprensa internacional, as principais lideranças do mundo.   Afinal, o protocolo diplomático tem o seu rito que transcende às divergências políticas.

            Os Estados Unidos são os principais parceiros comerciais do Brasil, nos dois sentidos, nas importações e exportações e sobretudo em financiamentos de projetos importantes ao Brasil pelo capital americano, via conglomerados financeiros multilaterais como as agências de Desenvolvimento, como BID e BIRD.   Os investidores americanos seguem, via de regra, o direcionamento que se dá o Governo federal aos investidores americanos, para assegurar os retornos dos seus investimentos.   Mesmo as reservas cambiais brasileiras, num montante expressivo, cerca de US$ 350 bilhões, são aplicados nos fundos geridos pelos organismos multilaterais como BID, BIRD, FMI, o que garante os eventuais investimentos americanos no País.   

          Exposto isto, o Brasil como um país que depende umbilicalmente dos Estados Unidos e de órgãos multilaterais controlados pelo país do tio Sam, não tem outra opção, senão "torcer" pelos sucessivos governos, seja ele os democratas ou os republicanos.   O maior oponente, do mundo, a China,  protocolarmente, já cumprimentou o Presidente americano, eleito, apesar das divergências políticas. 

                 O Brasil, ao contrário dos Estados Unidos, depende de relações comerciais e financeiras com os americanos para o seu desenvolvimento, enquanto eles, os americanos tem opções para suprir as suas demandas internas.  Os Estados Unidos respondem pelo PIB de US$ 27,36 trilhões enquanto o Brasil responde pelo PIB de US$ 2,17 trilhões, cerca de 8% do PIB americano.   Infelizmente, o Brasil, apesar de ter sido descoberto na mesma época, pelos portugueses, e de ter sua dimensão continental e terras férteis,  o País disputa a posição de 8ª economia do mundo, atrás da França, a 7ª economia do mundo, com o PIB de US$ 3,03 trilhões.  

             Infelizmente, o Brasil não tem "política econômica" delineada para direcionamento dos investimentos produtivos, a não ser para o setor de agronegócio que recebe financiamentos dos recursos do Tesouro  Nacional, com juros subsidiados.  O País é exportador de "mão de obra" qualificada para os países para União Europeia ou para o Japão, para prestarem serviços que não exigem formação em nível superior.   

            Desejo que o Presidente eleito, Donald Trump, tenha uma gestão profícua como mandatário número 1 da maior potência econômica do mundo e que dê preferência comerciais para com o Brasil, independente da diferença de matizes ideológicas entre os dois mandatários.  

               Ossami Sakamori  

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Donald Trump: America first !

 
Donald John Trump ou simplesmente Donald Trump, 78 anos, foi eleito, pelo voto popular, 45º presidente dos Estados Unidos da América, faltando tão somente a confirmação pelo colégio eleitoral, representados pelos delegado dos partidos, Democratas e Republicanos.  Formalmente, a eleição americana para escolha do presidente da República é de forma indireta, os delegados que irão eleger o novo Presidente da República.   A eleição de ontem, dia 5, terça-feira, foi para a escolha dos delegados dos partidos que irão ou não confirmar a eleição do Presidente da República.  
            O Partido Republicano nos Estados Unidos é considerado de "direita" e o Partido Democrata como de "esquerda".  Guarda uma certa semelhança com os Partido Liberal e Partido dos Trabalhadores no Brasil.   Única e importante diferença é que nos Estados Unidos, a troca de comando é feito desde a sua independência no dia 4 de julho de 1776, muito antes da independência do Brasil do reino de Portugal.   Mundialmente conhecido é reconhecido como "democracia" mais longeva do planeta.    Bem diferente do Brasil que há constante mudanças de regime e de forma do governo desde a sua independência.
           Numa posição temerária, o Presidente Lula, declarou-se favorável à eleição da democrata Kamala Harris, atual vice-Presidente da República para o mandato de Presidente da República para novo período de 4 anos.   Foi uma declaração infeliz de um Presidente da República, seja qual fosse a sua preferência pessoal.   Isto vai trazer reflexo nas relações diplomáticas entre os dois países, felizmente, com pouca influência na área do comércio bilateral entre as duas maiores potências das Américas.  
       Independente das relações pessoais entre os presidentes, o Brasil e os Estados Unidos estarão sempre do mesmo lado, em matéria de economia, finança e de comércio.   Politicamente, o presidente argentino, Javier Milei, oposto do Presidente brasileiro, esteve sempre ao lado do presidente eleito Donald Trump, comungando da mesma ideologia, a liberal. 
             Espero que o Presidente Lula num gesto de cortesia e de diplomacia, cumprimente, ao menos, protocolarmente, o Presidente Trump pela eleição vitoriosa nas primárias de ontem, terça-feira.   Também, é necessário que o nosso Presidente saiba como pensa o Presidente eleito, americano, sobre as questões políticas, coincidentes ou divergentes. 
          A principal bandeira do Donald Trump foi:  "America First", literalmente quer dizer que ele vai governar em primeiro lugar aos interesses do povo americano.   Independe de "gostar" ou não da influência americana,  os Estados Unidos são os parceiros número 1, na área comercial e financeira do Brasil e assim deve ser tratado com devido respeito. 

            Ossami Sakamori

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

Lula brinca com o fogo ...

 



Os governantes de plantões, inclusive o Presidente Lula, não faz o dever de casa no tocante às contas públicas.  O ministro da Fazenda, Fernando Haddad e a ministra de Planejamento, Simone Tebet, não deve ter lido a Lei de Responsabilidade Fiscal, oficialmente a Lei Complementar nº 101, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso em 4 de maio de 2000 e publicado no Diário Oficial da União no dia seguinte, quando passou a vigorar, a lei que "obriga" que as finanças públicas sejam apresentadas detalhadamente ao Tribunal de Contas da União, do Estado ou dos Municípios.  Embora, o Poder Executivo seja o principal responsável pelas finanças públicas, a Lei de Responsabilidade Fiscal, engloba os Poderes Legislativo e Judiciário, que deverão obedecer todos critérios da sua aplicação.

            Chamo atenção para os planos econômicos e financeiros de cada Governo, entenda como Governo federal, que antes de mais nada, deve obedecer o preceito consagrado ao longo do tempo, desde ano 2000, a de responsabilidade fiscal.   Primeiro critério que cada Governo de plantão deve obedecer é o "equilíbrio" das contas públicas.  O equilíbrio das contas públicas, no âmbito do Governo federal, é manter equilíbrio fiscal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública.  Tecnicamente, em tese, a Lei da Responsabilidade Fiscal prevê o "déficit nominal" zero, isto é as contas do Governo federal, incluído o pagamento de serviços da dívida pública deveriam ser pagos com o dinheiro que se arrecada.   

           Infelizmente, os sucessivos Governos não tem dada a devida importância às contas públicas, criando, sistematicamente, o "déficit primário", que é "insuficiência" de receitas para pagar ao menos as despesas correntes da União, incluído as transferências constitucionais para estados e municípios, além de transferência para os Fundos constitucionais, de responsabilidade do Governo federal.  

           Só para lembrar, que o Presidente Dilma perdeu o seu mandato por não cumprimento das regras previstos na Lei de Responsabilidade Fiscal, a Lei Complementar 101 de 2000.  A situação que levou à cassação de mandado da Presidente Dilma, foi que o Tesouro Nacional utilizou-se da "contabilidade criativa" ou "contabilidade maquiada", tal qual pretende o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com uma situação fictícia que se criou com o seu "arcabouço fiscal" que nada mais é do que uma "nova denominação" dada à "política fiscal", com intensão clara de tentar "fugir"  das regras da Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000.   A situação se assemelha à contabilidade criativa do ex-Presidente Dilma.  

          Na administração pública, as contas só fecham, quando as despesas estão dentro das receitas.  Em não fechando, cria-se o "déficit primário" que não engloba o pagamento de juros da dívida pública.   Para cobrir o "rombo fiscal" gasta-se o dinheiro que não tem, socorrendo aos investidores institucionais que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  

           O Brasil como país, vive de dinheiro dos agiotas nacionais e internacionais, que aplicam em títulos do Tesouro Nacional.  O movimento da alta do dólar americano, o US$, nos últimos dias, é consequência da "revoada" dos investimentos estrangeiros especulativos para os países de origem.   Os recursos de origem estrangeiros aplicados em títulos do Tesouro Nacional são, em sua maior parte, de grandes investidores individuais e dos fundos de pensões americanos.   O Brasil como país emergente, precisa de investimentos estrangeiros tal qual os sertanejos dependem d´ água para a sua sobrevivência.   

          Se não mudar a situação das contas do Governo federal, de "zerar" o "déficit primário", é previsível que o dólar americano rompa a "barreira psicológica" de R$ 6, ainda nesta semana.  Para enfrentar a possível situação de desconforto, o Presidente Lula chamou de volta o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em viagem internacional, para tentar "apagar" o incêndio no quintal do seu Governo.   

          A situação que está a ser criado, nos próximos dias, creio eu, é de extrema gravidade.  

            Ossami Sakamori      

domingo, 3 de novembro de 2024

Somos todos palhaços !

 

Ao longo dos anos, tenho feito comentários sobre a "macroeconomia", que baliza a política econômica de cada país, seja ele do ocidente ou do oriente.   O dinheiro não tem  cor e nem ideologia.   Ele, o dinheiro, se movimenta livremente, da mesma forma na "macroeconomia" como na "microeconomia".  Para melhor entendimento, vou tentar explicar os termos usados pelo atual ministro de Planejamento e pelo ministro da Fazenda.  Os termos que os empresários da "Faria Lima" usam são os mesmos que o Governo usa e é entendido pelo mercado financeiro global.  

          Na macroeconomia, globalmente, utiliza-se os mesmos termos para melhor compreensão entre os que tem interesse em analisar a situação de cada país.   Os países como a Rússia ou a China, não apresentam claramente as suas políticas econômicas e nem tampouco as suas políticas monetárias.   O Brasil do Presidente Lula optou em apresentar as suas políticas econômicas e fiscais com nomenclatura diferente dos demais países, além de apresentar os números "fora do padrões" aceitos globalmente, para tentar "enganar" a população e o mercado financeiro.  

           Diferente do padrão normal da macroeconomia, aceito pelo mercado financeiro internacional, o Governo Lula apresenta:  "arcabouço fiscal", como um conjunto de medidas que representa nada mais que uma "política fiscal" e a "política econômica", inexiste no atual Governo.    A "política fiscal" deveria tratar das contas do Governo federal, que engloba, além das despesas do Governo, as transferências constitucionais para entes federados e para os Fundos constitucionais.   A falta de clareza na "política fiscal" travestido de "arcabouço fiscal", deixa a "interpretação" do termo ao sabor de quem está a analisar as contas do Governo federal, conforme as suas próprias conveniências.   Enganar a população e ao próprio Presidente da República é a especialidade da equipe econômica.

           O Banco Central do Brasil, como em qualquer parte do mundo, é uma entidade à parte e ser independente do Poder Executivo, assim como acontecem nos Estados Unidos, União Europeia e Japão, onde cada Banco Central tem seu próprios parâmetros para decidir sobre a taxa de juros das dívidas do Governo federal.   O Banco Central, em tese, pratica a "política monetária", para garantir o "poder de compra" da moeda ou em outras palavras, tenta controlar a inflação com "aperto monetário" ou "afrouxamento monetário", conforme o resultado da "inflação", grande parte devido aos gastos públicos ou a "política fiscal" frouxa do Governo federal.    A alta taxa Selic é apenas reflexo da política fiscal equivocada.

             Nas contas públicas do Governo Lula, de 2023, apresentou "déficit primário", o dinheiro que falta para pagar as contas, após a arrecadação do Tesouro Nacional.  Pelo andar das contas deste ano, prevê-se um novo "déficit primário" em 2024, motivo pelo qual os investidores estrangeiros diretos ou especulativos estão retirando os "dólares" investidos no País.   Num país onde não há "política econômica" que dê segurança econômica, financeira e jurídica aos investimentos, eles, os investidores estrangeiros estão retirando os "dólares" para os países de origem ou para os países que deem segurança jurídica e monetária.   

          Para melhor entender, o "déficit primário" não engloba o pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional.  O ideal é que o País, produzisse o "superávit primário" para modernização do parque industrial brasileiro.   Pessoas capacitadas para modernização do parque industrial, o País tem de sobra.  Além de que o Brasil, infelizmente, é "exportador" de mão de obra qualificada, de nível superior.  

            O Brasil, infelizmente, é um elo perdido no espaço e no tempo, por falta de visão dos políticos de plantões, de esquerda à direita.  Os governantes de plantões veem o povo como um verdadeiro "palhaço" para satisfazer os seus egos pessoais. 

           Ossami Sakamori  

sábado, 2 de novembro de 2024

Política externa: Que cada um cuide do seu quintal

 

No próximo dia 5, terça-feira, serão realizadas eleições nos Estados Unidos da América, USA, para escolha do seu Presidente da República, com disputa acirrada entre os candidatos, o republicano Donald Trump e a democrata Kamala Harrys.   As eleições americanas ganham holofotes no mundo todo, em função de que os Estados Unidos é de longe o maior PIB do mundo, conforme pode ver no gráfico do topo.  Diante dos Estados Unidos, o Brasil, descoberto pelo Cabral na mesma época da descoberta do continente norte americano, o regime de governo e a economia não tem comparação.   
           Apesar da independência dos Estados Unidos ter ocorrido na época próxima a do Brasil:  7 de julho de 1776, no país americano e 7 de setembro de 1822 e ambos países terem suas histórias recheadas de conflitos internos, o país norte americano ostenta, hoje, o maior PIB - Produto Interno Bruto enquanto o Brasil figura como 10ª economia do mundo, tentando alcançar a 8ª posição, atrás da França.   Em valores absolutos, o PIB brasileiro corresponde a cerca de 7,2% do PIB americano.  
            Os Estados Unidos são os maiores parceiros comerciais do Brasil, seguido pela China.  Em termos de economia global, o Brasil é como se fosse um "quintal" dos Estados Unidos, apesar do esforço dos sucessivos governos brasileiros tentarem alternativas para o comércio global com a China, o segundo maior PIB do mundo.  Em jargão popular, o Brasil tenta sair das "garras" dos americanos para se submeter à vontade dos chineses.  
           Dentro deste contexto, o Presidente Lula diz ter preferência pela eleição da democrata Kamala Harrys em oposição ao republicano Donald Trump.  Nada de errado, o Presidente Lula da Silva, pessoa física, ter sua preferência, no entanto, expor sua opinião sobre resultado das eleições da maior potência econômica do mundo, sendo que no seu próprio território, não ter conseguido eleger os prefeitos da sua legenda. A "exposição" do seu pensamento privado, não ajuda em nada, as relações diplomáticas e comerciais com o próprio Estados Unidos e com o mundo global.  
             Aproveito deste espaço para sugerir a vocês, a leitura do livro denominado: "A democracia na América", escrito por um francês Alexis de Tocqueville, cuja edição em português está reservado para a Livraria Martins Fontes Editora Ltda.  O livro traz noção de como se formou os Estados Unidos da América, hoje, a maior potência econômica do mundo e, também, a democracia mais longeva do planeta.   O livro servirá para elucidar os leigos e políticos do Brasil, que se acham os "donos da verdade".  
          É importante para todos os brasileiros, sobretudo os políticos que nos representam na Capital federal, saber da história da maior democracia do mundo e ver como se processam a escolha do representante maior da nação, a deles.   Para o Presidente Lula, recomendo melhor cuidar do seu quintal do que dar palpite na escolha dos dirigentes de outros países, como os Estados Unidos e a Venezuela.   E... os investimentos estrangeiros continuam saindo do País ...  Tem algo errado no País... 

            Ossami Sakamori

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Clima tempo de novembro


Felizmente, após severas secas que abateu o Brasil, nas regiões leste, norte, centro-oeste e sudeste, com resultado diferente na região sul, está a terminar.  A principal razão da prolongada seca no Brasil se deveu ao efeito do fenômeno denominado El Niño, cuja corrente de ar vem do Oceano Atlântico em direção ao continente sul americano.   Isto já era previsto desde o mês de março deste ano e alertado pelos órgãos de monitoramento do meio ambiente como o INPE.  Nós mesmos, reproduzimos, nesse período, as ocorrências climáticas atípicas que poderiam advir devido aos fenômenos naturais do planeta Terra.

            Já era previsto pelos órgãos científicos que cuidam do clima do planeta, de que o efeito do El Niño terminaria no mês de novembro.   E, assim está ocorrendo, no nosso País, com a volta de período de chuvas em grande parte do seu território.   O aumento do nível do Rio Amazonas, nos últimos dias, tem demonstrado que nas cabeceira dos rios da região Amazônicas estão no início do período de chuvas.   Para a população que depende do rio Amazonas e seus afluentes, notícia melhor não poderia haver.

            Para o agronegócio, que depende das precipitações de chuvas, sobretudo na região Centro Oeste, melhor notícia não poderia ser.   Somado ao fim do ciclo de El Niño, inicia-se, a favor do setor agrícola, as precipitações oriundo do efeito La Niña, que é um fenômeno que ocorre todos anos, com o resfriamento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico Equatorial, vencendo a Cordilheira de Andes, carregando a umidade para região centro-oeste do Brasil, nesta época.   O fenômeno La Niña é o mesmo que ocorreu no mês de maio no extremo sul do Brasil, o Rio Grande do Sul.  Lembrando que o extremo sul do Brasil, sofre também a influência da "massa polar" que vem do sul do continente sul americano.

           Apenas, fico triste e indignado que o Ministério do Meio Ambiente, que deveria estar tratando do assunto, ainda, procura os "incendiários" das ocorrências das severas secas que abateu o País.  Marina Silva, o responsável pelo meio ambiente do País, sempre, corre "atrás do prejuízo", culpando as ocorrências ao Governo passado, como se algum ser humano pudesse influir nas mudanças climáticas do planeta.   

            A função do Governo é anunciar as possíveis futuras ocorrências do clima para que diversos órgãos do Governo e a iniciativa privada pudessem prevenir das situações futuras, como os níveis de reservatórios das hidroelétricas espalhados pelos rincões do País.  Felizmente, o agronegócio tem o seu próprio mecanismo de prevenção das climas, para melhor aproveitar da situação. 

          Que o Brasil seja abençoado com as melhores safras agrícolas para o equilíbrio das balanças comerciais.   Ao que parece, o clima vai ajudar para o bem do País.

             Ossami Sakamori         

sexta-feira, 25 de outubro de 2024

Taxação de grandes fortunas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, quer, a qualquer custo, criar o Imposto sobre grandes fortunas, no País e levará o tema para reunião do G-20,  o grupo de países que não fazem parte do G-7, as sete maiores economias do mundo, quais sejam: Estados Unidos, Canadá, Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Japão.  Os países em referências são considerados as 7 economias mais avançados do mundo e que representa cerca de 65% da riqueza global, equivalente a cerca de US$ 263 trilhões.  Apenas como referência, o Brasil que não faz parte do G7, mas sim, do G20, tem o PIB em US$2,3 trilhões.  

           A taxação sobre grandes fortunas, é um tópico importante da agenda do Brasil, cujo País está ocupando a Presidência temporária, cujo mandato termina na reunião da cúpula do G20, que acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 14 e 16, do próximo mês.  Na mesma reunião, será indicado o país que presidirá o G20, para o próximo período.  Presidente Lula quer aproveitar do evento para "marcar" sua presença, ao menos dentre os países excluídos do poderoso grupo G7, onde orbitam os principais temas econômicos do mundo global.  

          A proposta brasileira sobre o tema, prevê a cobrança de um imposto mínimo de 2% sobre riqueza dos multibilionários, como já acontece em países importantes como Alemanha e Espanha.  O imposto proposto, vai na direção contrária ao interesse dos investidores brasileiros e transnacionais,  que já respondem por carga tributária incompatível com a contraprestação de serviços que o Governo federal oferece à população. 

          O pano de fundo da criação do novo imposto é cobrir o "déficit primário" ou o "rombo fiscal" do Governo federal.  Com o novo imposto, o de "grandes fortunas", pretende arrecadar cerca de R$ 260 bilhões a cada ano, para tentar "zerar" o "déficit primário", que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do Governo federal, não incluindo neste valor o pagamento de serviços da dívida do Tesouro Nacional.  

               O Brasil do Presidente Lula e do ministro Fernando Haddad, não tem sequer uma "política econômica" que oriente os investidores produtivos nacionais e transnacionais no médio e longo prazo.   A tentativa, por enquanto, da criação de imposto sobre  "grande fortuna" e uma forma "desesperada" de "arrecadar" impostos para cobrir o pernicioso "déficit primário" do seu "arcabouço fiscal" que nada mais é do que a "política fiscal" sob outra nomenclatura.    

       O que chama atenção é que os empresariados do "Faria Lima" não se manifestarem sobre o tema, que afetariam os seus membros.   Enquanto isto, o capital estrangeiro, sai correndo do País, com reflexo na cotação do "dólar".   O empresariado brasileiro de grande porte, já retirou grande parte do seu capital financeiro, na direção dos "paraísos fiscais" ao invés de fazerem investimentos no seu próprio país, o Brasil. 

             Dá para ser feliz, assim ?

             Ossami Sakamori 

terça-feira, 22 de outubro de 2024

O que pode se esperar do Brasil


Ótima terça-feira para todos!

O País está no limite, nos principais índices que medem a economia, qual sejam, a inflação, a taxa de juros Selic e o crescimento econômico, segundo dados do Banco Central.   No terceiro trimestre deste ano, os principais índices macroeconômicos indicavam: a) taxa Selic em 10,75%, b) inflação dos últimos doze meses, fechado em setembro, em 4,5% e c) crescimento econômico anualizado, em setembro, marcando em 4,5%.  Para um País que não reúne as condições macroeconômicos do Primeiro mundo, isto, já é um alento.   

         Na minha opinião, os índices macroeconômicos apresentados, apesar de Governo federal não apresentar as suas contas públicas ou uma "política fiscal", que continuam deficitárias, sendo a de 2023, um "déficit primário" ou o "rombo fiscal" de R$ 230,5 bilhões, o que corresponde a 2,1% do PIB, conforme dados de janeiro deste ano.  Ainda, pelas prévias das contas do Governo federal, espera-se um novo "déficit primário" aos níveis do ano precedente, o que é um sinal bastante preocupante.

           Diante da situação narrada, a taxa Selic deve terminar o ano de 2024, com piso de 10,75% ou uma elevação da taxa para 11,25% com aumento de 0,5%.   O índice de inflação deve encerrar o ano dentro do "teto da meta" de 4,5%, cujo "centro da meta" do Banco Central é de 3%. As previsões são do mercado financeiro.  No Brasil e em qualquer país da economia global, a taxa básica de juros, Selic, é utilizado como instrumento para o controle da inflação e estabilizar o fluxo de capital estrangeiro.   

       Na minha opinião, a de um leigo em macroeconomia, os índices apresentados, estão nos "limites" dos previstos pelo Banco Central do Brasil.  Infelizmente, o Ministério de Planejamento que deveria ser o "farol" para condução de uma "política econômica" e o Ministério da Fazenda o executor dela, o que se vê, é uma sucessão de medidas de improvisos para tentar uma "política fiscal" equilibrada.   Entende-se que a "política fiscal" diz respeito aos gastos do Governo federal, que continua sendo "deficitário".   Ao designar as contas do Governo como "arcabouço fiscal" é um sofisma para enganar os "menos entendidos" em macroeconomia, o que quer dizer o mesmo de "política fiscal".  

           Esta situação da economia, como sendo de "poderia ser pior" é uma desculpa do Governo de plantão, para mostrar a sua própria "incompetência".  Passar a mão na cabeça dos incompetentes é um velho costume dos agentes financeiros e economistas de plantões.   Diante da situação, os investidores transnacionais, fogem do País, deixando o Brasil cada vez mais distante  dos países do Primeiro Mundo.   E tem gente que "aplaude" os governantes de plantões, ignorantes e incompetentes. 

            Enfim, Brasil é de todos nós!

            Ossami Sakamori    


sexta-feira, 18 de outubro de 2024

Carga tributária no Brasil


A revista Veja, versão "on line", de hoje, 17 de outubro, traz uma listagem de empresas que respondem os processos no CADE, cujos processos, se resultarem em condenação, a multa para as empresas pode chegar em até 20% do faturamento anual dessas Companhias.   As multas, se aplicadas, no seu teto, inviabilizariam qualquer empresa, sobretudo as empresas nacionais e multinacionais que operam no País.


A LISTA DAS EMPRESAS QUE FORMAM O CARTEL, SEGUNDO O CADE:

1 – Alcoa Alumínio S.A.

2 – Avon Cosméticos Ltda.

3 – C&A Modas S.A.

4 – Cargill Agrícola S.A.

5 – Claro S.A.

6 – Coca Cola Indústrias Ltda.

6 – Coca Cola Indústrias Ltda.

7 – Companhia Siderúrgica Nacional

8 – Dow Brasil Sudeste Industrial Ltda.

9 – Danisco Brasil Ltda. (sucessora de Dupont Nutrition Brasil Ingredientes)

10 – General Moto... 11 – Goodyear do Brasil Produtos de Borracha Ltda.

12 – IBM Brasil – Indústria Máquinas e Serviços Ltda.

13 – Kimberly - Clark Brasil Industria e Comercio de Produtos de Higiene Ltda.

14 – Klabin S.A.

15 – Arcos Dourados Comercio de Alimentos Ltda.

16 – Monsanto do Brasil Ltda.

17 – Natura Cosméticos S.A.

18 – Nestle Brasil Ltda.

19 – Pepsico do Brasil Ltda.

20 – Philips do Brasil Ltda.

15 – Arcos Dourados Comercio de Alimentos Ltda.

16 – Monsanto do Brasil Ltda.

17 – Natura Cosméticos S.A.

18 – Nestle Brasil Ltda.

19 – Pepsico do Brasil Ltda.

20 – Philips do Brasil Ltda.

21 – Pirelli Comercial de Pneus Brasil Ltda.

22 – Sanofi Aventis Comercial e Logística Ltda.

23 – Sanofi Aventis Farmacêutica Ltda.

24 – Serasa S.A.

25 – Siemens Energy Brasil Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

26 – BAT Brasil/Souza Cruz Ltda.

27 – IPLF Holding S.A.

28 – Syngenta Proteção de Cultivos Ltda.

29 – Vale S.A.

30 – Volkswagen do Brasil Industria de Veículos Automotores Ltda.

31 – Votorantim Cimentos S.A.

32 – Votorantim Industrial S/A.

33 – White Martins Gases Industriais Ltda.

        Independente de julgamento que resultar nos processos que correm no CADE, um órgão do Governo federal, favorável ou desfavorável, a exposição dos nomes das Companhias da listagem, em grande parte, empresas transnacionais, expõe dois aspectos, o primeiro é que as leis e regulamentos que regem sobre os tributos no Brasil é muito "confuso", causa que motiva os processos administrativos em questão. 

            O fato concreto é que, sem analisar a procedência ou não destes processos administrativos ou judiciais, a legislação brasileira não é clara, o suficiente, que desestimula os investimentos produtivos de empresas transnacionais no País, que, em tese, criariam empregos e oportunidades.  

          Na outra ponta, o Poder público, precisa arrecadar cada vez mais para manter a estrutura do Governo, sobretudo a do Governo federal, para manter diversas formas de benefícios públicos e, sobretudo, manter a "máquina pública".   Estima-se, grosso modo que a estrutura da administração pública nos três níveis: federal, estadual e municipal, consomem,  grosso modo, cerca de 40% do PIB.    

        Em síntese: Os impostos e contribuições cobrados pelos governos, em três níveis, se assemelha aos dos países do "Primeiro Mundo", sendo que a contraprestação de serviços prestados à população é de "Terceiro Mundo".    

          Ossami Sakamori  

              

         















quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Taxa Selic - Credibilidade do Governo Lula

 
Segundo informações contidas no tradicional e conceituado jornal Folha de São Paulo, "as incertezas em relação aos juros nos Estado Unidos e ao cumprimento das metas fiscais e de inflação no Brasil refletiram nos leilões de títulos públicos realizados pelo Tesouro Nacional nessa terça, dia 15.  Ainda a Folha, "foram registradas as maiores taxas do ano para os três papeis indexados à inflação ofertados ao mercado".
           O Tesouro Nacional conseguiu colocar integramente os lotes com vencimentos de 2029 a 2035, os títulos "indexados" à taxa básica de juros Selic.  A má noticia é que houve inversão da curva de juros, com as taxas ficando mais altas nos títulos de curto prazo, o que é uma situação atípica, uma vez que, tradicionalmente, as de vencimento a longo prazo teriam os juros mais altos.
           De concreto é que o leilão teve juros reais, já descontada a inflação, ficou em 6,69% ao ano para vencimento em 2029 e 6,539% para as NTN (Notas do Tesouro Nacional) com vencimento em 2060.  Quando se fala em juros reais, já está descontado a inflação previsto para o período considerado.   Também, deve considerar que a taxa básica de juros Selic, hoje, está em 10,75% ao ano. 


           Para conhecimento de vocês, a taxa básica de juros do Tesouro americano, hoje, está entre 4,75% a 5%, cujo número já está embutida a inflação dos Estados Unidos, estimado hoje em 2,9% ao ano.   Considerando que nos Estados Unidos não tem a famigerada enganação dos governos do Brasil, que é a correção monetária.  Ainda assim, a taxa básica de juros do FED - Federal Reserve, que serve de referência aos ativos americanos, é que sido a referência mundial, assim como a moeda americana o dólar, "US$", que é utilizado para transações comerciais e financeiras.  
          Historicamente, os sucessivos governos no Brasil, gastam mais do que arrecada, provocando o "déficit primário" que é o dinheiro que falta para pagar as contas do Governo federal, sem ainda considerar, o pagamento de juros da dívida pública.  Apenas, para conhecimento de vocês, quando engloba o pagamento de juros como despesas do Governo, um eventual déficit se denomina "déficit nominal".  Há muito tempo que o Governo brasileiro não consegue gerar o "superávit primário", que, em tese, o dinheiro de sobra que seria usado para amortização da dívida pública.  
           Infelizmente, o "anormal" virou "normal" nas contas públicas do País.  O Brasil vive, de "pagar juros, tal qual cidadão que "corre atrás" para tentar pagar o saldo devedor dos cartões de crédito.   O Governo não consegue gerar "superávit primário", para pagar ao menos os juros da dívida publica.  A taxa Selic demonstra a "credibilidade" ou "falta de credibilidade" do Governo Lula.

           Ossami Sakamori    

terça-feira, 15 de outubro de 2024

Rio dólar

 

Com instabilidade na cotação da moeda americana, o dólar, designado entre nós pela sigla conhecida US$, que é uma referência financeira mundial, desde o Acordo de Bretton Woods, que estabeleceu o "dólar americano" como moeda de pagamento internacional, vinculando-o ao ouro em paridade fixa.  Só para conhecimento, o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial foi criado nesta mesma Conferência.   Foi em 1971 é que o Presidente Nixon declarou o fim da "paridade" entre o dólar e o ouro, passando à partir deste momento, o dólar passou a ser determinado pela livre oferta e demanda no mercado financeiro e comercial.   

            Hoje, a reserva em dólar, que é controlado pelo FED, o Banco Central americano, é largamente utilizados no mercado financeiro globql, apesar da moeda E$, o Euro, a moeda comum utilizado pelos membros da Comunidade Econômica Europeia, sem desmerecer o espaço do dólar americano como moeda de trocas comerciais fora da Zona de Euro.   Até os chineses, acumulam reserva cambial em dólar americano, bastante robusta, para garantir as transações comerciais internacionais.

           O preâmbulo é necessário para que possamos propor a criação do "Rio dólar", que seria numa Zona territorial, onde se admitiria as transações em dólar americano, o mesmo dólar que é utilizado para transações financeiras internacionais, criando "reserva cambial" brasileira em forma de conta corrente, computando todas transações financeiras e comerciais, com submissão absoluta do Brasil ao  mercado financeiro global ditado pelos Estados Unidos.  

           O que seria o "Rio dólar".   A designação do Rio será apenas para indicar a jurisdição e permissão, sob controle do Banco Central brasileiro, os depósitos em contas correntes, de empresas e do Governo federal, permitindo eventuais aplicações em moeda americana para os correntistas dos bancos estrangeiros e nacionais, com filial (física) no Estado do Rio de Janeiro.   As movimentações financeiras em dólar americano, US$, só poderão ser feitas pelas instituições financeiras "autorizadas" pelo Banco Central do Brasil e as reservas em dólares controlados pela própria instituição como vendo sendo feito, hoje.   Não seriam permitidos "saques" em dólar espécie, para impedir transações de atividades ilegais como tráfico de drogas.   

            O Rio dólar, funcionaria tal qual funciona nos paraísos fiscais como Singapura e tantos outros, onde são feitas operações financeiras e notórios conglomerados comerciais brasileiros.   Considero hipocrisia, um ex-ministro da Economia, um alto escalão do Banco Central e figuras notórias das atividades comerciais, fazerem o uso das filiais constituídas nestes paraísos fiscais, para livrarem-se dos pesados tributos brasileiros.

          Muito embora, a Reserva cambial brasileira, robusta, hoje, cerca de US$ 350 bilhões, depositados em bancos americanos e financiando as instituições multilaterais como o BID e FMI, o "Rio dólar" poderia ser aplicados em instituições de fomento como BNDES, sediado no Rio às empresas transnacionais como a Petrobras e a Vale do Rio Doce, ao invés de depósito em instituições financeiras americanas, que em tese, financia as empresas e países do terceiro mundo.  

           É evidente que, para implantação do "Rio dólar", requer mudanças constitucionais e legislação da área financeira, para comportar a tal ousadia.   É uma tarefa hercúlea, porém, seria inserção do Brasil no mundo cada vez mais globalizado e competitivo.   O problema econômico financeiro do Brasil não se resume em discussão, do trivial "taxa Selic", que está sendo motivo de "briga", permanente entre o Presidente Lula e o Banco Central.

         Modernizar o sistema financeiro brasileiro é fator primordial para inserção do Brasil no contexto da economia global em querendo ser um dos "players" importantes no contexto mundial, mais do que fazer parte de um G7 ou G20, motivo de chacota entre os players globais importantes.   

               Ossami Sakamori

domingo, 13 de outubro de 2024

Situação da poluição no Brasil


Na imagem do topo, capitada pelo satélite das entidades de monitoramento do clima do planeta terra,  a cor vermelha está indicando a poluição do ar no continentes sul-americano e em especial, a situação do Brasil, sobretudo em função do prolongado período de seca que assola o País.  Pela dimensão continental do Brasil, a imagem mostra situação "aproximada" e poderá, no decorrer dos próximos dias, mudar para melhor ou para pior.   Com a chegada das chuvas, no final deste mês para o inicio do próximo mês, a situação deverá ser para melhor.   

        
             A   imagem acima, disponível na Folha de São Paulo, de hoje, mostra claramente o efeito da poluição da atmosfera, mostrada e confirmada pela imagem postada no topo desta página. 

          Entre boas notícias é que as últimas medições do nível d'água no Rio Negro, na altura da cidade de Manaus, mostravam, estabilidade, nos níveis de 28,11 metros, há 2 dias, o que significa, a proximidade das chuvas na região da Amazônia, antes previsto para o inicio de novembro, conforme comentamos no dia 31 de março, "Brasil passa pela Amazônia".   A estabilidade no nível do Rio Amazonas, na altura da cidade de Manaus, significa que ao seu montante, está havendo o início do período de chuvas na região.  

            A imagem alarmante da poluição do ar, mostrada pela imagem do satélite e sentido pelos habitantes das regiões atingidas pela poluição, grande parte causadas pelas queimadas, felizmente, está chegando no seu período final.  

          Infelizmente, este comentário deveria ter sido feito pelo Ministério competente, a do Meio Ambiente, cuja titular, a ministra Marina Silva, diz monitorar da sua "sala de situação", tentando, esquivar-se da responsabilidade pelo que ocorre no meio ambiente do País.

            Ossami Sakamori

PS: Agradeço aos comentários postados pelos leitores deste, neste blog, sendo favorável ou desfavorável.  Respondendo ao comentário postado abaixo, quero dizer que minha função de comentarista, é chamar atenção dos fatos que ocorrem no nosso País.  Cabe ao poder público, em nível federal, estadual e municipal, cujos orçamentos que consomem cerca de 40% do PIB, apresentar, baseado em estatísticas e ocorrências reais, apresentar soluções, antecipadamente a cada situação comentada neste blog.   Todo comentário será bem vindo, para melhoria das condições da vida da população brasileira.    Este espaço, o do blog, é cedido gratuitamente pelo portal Google.