quinta-feira, 15 de agosto de 2024

O Brasil. O elo perdido !

 

Quando temos como Presidente da República, um ignorante no assunto da macroeconomia, não se pode esperar um desenvolvimento sustentável no País.   Muito mais grave é quando a equipe econômica, é composta pelos "marinheiros de primeira viagem" no assunto, como o Brasil os tem.   Quem é do mercado financeiro ou são consultores econômicos sabem muito bem do que estou a falar.   

             Boa coisa, não é, quando o Presidente da República reclama da taxa básica de juros Selic ou taxa de juros dos títulos do Governo, que são utilizados pelas instituições financeiros, como referência, para "balizar" os juros praticados junto aos investidores institucionais ou aplicadores de ocasião, como os pequenos investidores que aplicam os seus disponíveis em títulos do Tesouro Nacional, com intenção de "perder menos" nos seus numerários disponíveis no curto e de longo prazo, com máxima segurança.  

            O Banco Central do Brasil, assim como em todos países do ocidente, cujas economias são, relativamente abertas, procura atuar para, em primeiro plano, manter o "poder aquisitivo" da moeda, mantendo, com as suas políticas monetárias, com intuito de "garantir" o poder aquisitivo das suas moedas perante moedas de outros países, como o "dólar americano", US$ ou "euro", E$, o Euro do Mercado Comum Europeu ou moeda do Reino Unido que é a L$ ou "libra esterlina".   O que os Bancos Centrais do mundo fazem é a "política monetária", que em outras palavras, quer dizer que tenta "conter" a inflação ou o "poder de compra" da moeda de cada país.   

            O Presidente Lua e sua equipe econômica, com pouco conhecimento sobre a matéria da "macroeconomia", não faz a sua parte que é "política fiscal" que é administração dos gastos públicos, excluída o pagamento de juros da dívida pública.   O Governo do Presidente Lula, não consegue sequer pagar as despesas do próprio Governo, muito menos, desta forma, pagar os juros da dívida pública.   A esta situação se denomina "déficit primário".  Lembrando que no ano de 2022, primeiro ano do Governo Lula, o "déficit primário" foi de R$ 249 bilhões, sem incluir o pagamento de juros da dívida do Tesouro Nacional.    O último ano do Governo anterior, o Tesouro Nacional constatou um pequeno "superávit primário", R$ 126 bilhões.   Significa dizer que, se houver "esforço fiscal", o País não precisaria estaria administrando o "rombo fiscal", que se tornou "lugar comum".

             O mais grave nisso tudo, é que a equipe econômica do Governo Lula, vive numa crise permanente, tentando cobrir o "potencial" rombo fiscal de 2023, procurando "brechas" para aumentar a receita, aumentando os impostos e contribuições ao invés de "gastar menos" ou ao menos tentar "diminuir" os custos da administração pública federal.   Pelo contrário, o Presidente Lula quer mais dinheiro para realizar as obras e serviços para mostrar a realização do seu Governo.  Assim, agindo, será uma conta que não fechará, nunca!

           Estruturalmente, não há "política econômica" que oriente, não só o Governo federal, mas sobretudo, o "setor produtivo" do País, que, afinal "sustenta" os governos de plantões, em três níveis de administração pública.    Presidente Lula, elegeu como o inimigo da sua administração pública, o Banco Central, pela prática de juros altos, na sua "visão míope" sobre a "macroeconomia".   Pensa o Presidente Lula, que, com a troca do presidente do Banco Central, que deverá ocorrer até o final deste ano, a taxa básica de juros Selic vai cair.   Ledo engano!   O cotado, Gabriel Galipolo, é profissional oriundo do mercado financeiro e seguirá os ditames do mercado financeiro global.  

           A ausência da "política econômica" continuará sendo o empecilho para o "crescimento sustentável" do País.  As condições para tanto, o Brasil tem de sobra.  Só falta mesmo, políticos competentes, que enxerguem o potencial que o Brasil possui, com extensão territorial, dentro do clima temperado e mão de obra qualificada que estão emigrando aos países do Primeiro Mundo, por falta de oportunidade dentro do nosso próprio País.  

           O Brasil merece ter um Presidente da República com visão de estadista, de longo prazo, independente da "escolaridade", que leve o País dentre as 7 maiores economias do mundo.    As condições, o Brasil tem.   Só falta um Presidente da República, com visão política de longo prazo, muito além do que, simplesmente, levar comida para população carente do País.

          Em resumo, falta ao Brasil uma "política econômica" coerente com o potencialidade que o País possui. 

           Ossami Sakamori   

            

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