sábado, 31 de agosto de 2024

Amazônia, o País dos míopes !

 

A seca na Amazônia começa mostrar a sua cara, de sempre.  Entra o ano, sai o ano, o fenômeno está presente na vida dos ribeirinhos da Bacia Amazônica, notadamente no rio Solimões, onde o rio muda de nome, acima do encontro com o rio Negro, em Manaus.   
             O fenômeno ocorre todos os anos, no período de seca, que ocorre no segundo semestre de cada ano.  A população ribeirinha convive com o fenômeno, todos os anos, sempre, à mercê da exploração da imagem pela grande imprensa, nacional e internacional e pelos políticos nos três níveis de decisões, municipal, estadual e federal. 

            
          Pouco resolvem as soluções propostas pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Rede/SP, de dragagens dos rios assoreados, inviáveis sob ponto de vista técnico e econômico.   A população indígena e os ribeirinhos sabem de que o fenômeno que ocorre todos os anos, é incontrolável por ser humano, tamanho é a área da Amazônia, atingida pelo fenômeno das secas e chuvas.
  
            
          Enquanto, o poder público e as Organizações governamentais não se debruçarem sobre os problemas recorrentes, para minorar o efeito das secas e das enchentes, recorrentes na bacia Amazônia, cerrado, pantanal e agreste nordestino, as imagens de abandono serão objeto de críticas do descaso do Governo brasileiro pela imprensa internacional.   Infelizmente, os sucessivos ministros do Meio Ambiente, independe das matizes ideológicas, não tem visão da Amazônia, como patrimônio do Brasil, onde abriga cerca de 35 milhões habitantes.  Marina Silva, tanto quanto outros ministros do Meio Ambiente do País, que o País já teve, consideram a Amazônia como "pulmão do mundo", antes de considerar que o bioma é patrimônio indispensável para a estabilidade climática do Brasil.    As consequências de considerar a manutenção dos biomas Amazônia, Cerrado, Pantanal e Cariri como última das prioridades, são os que estamos a conviver com mudanças climáticas irreversíveis, agravadas com as queimadas irresponsáveis, do sul ao norte do País.
            O período de seca na região Amazônia vai estender até o período de chuva, que inicia no final de cada ano, conforme comportamento do fenômeno El Niño, que ocorre todos os anos.  Certamente, neste período, a população terá que conviver com muitas queimadas irresponsáveis, até que venham o período de chuvas, no final do ano.                
               Ossami Sakamori        

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