terça-feira, 13 de agosto de 2024

Colocando as barbas de molho

 

O temor de baixo crescimento da economia chinesa tomou conta do noticiário econômico global, no início desta semana e as bolsas do mundo global operam em baixa ou próximo da estabilidade.   O futuro das bolsas de mercadorias, sobretudo a da Bolsa de Chicago, operam em baixa, sobretudo os commodities que compõe a cesta de exportações do Brasil.

         Segundo noticiários, que circulam nas páginas econômicas, da mídia global, a China cresceu no ano passado, 5,2%, com o resultado que, ainda assim, superou a meta estipulada pelo governo em 5%.  Os dados foram divulgados, em janeiro, pelo Escritório de Estatísticas do país, o equivalente ao IBGE no Brasil.   Ainda, assim, o resultado foi acima da média do crescimento econômico mundial e duramente conquistado pelo Governo chinês, segundo o o diretor do Escritório Nacional de Estatísticas do país.  No entanto, o número é considerado "decepcionante" no mercado financeiro, acostumado com alto crescimento do país do extremo oriente.

          Por outro lado, o FMI projeta uma desaceleração do PIB da China para os próximos anos.  Segundo a Organização, prevê um crescimento da China, entre 4,6% para 2024 e 3,4% para 2028.   O relatório divulgado pelo Fundo no início de fevereiro elencou vários setores que vão contribuir para o "arrefecimento" da economia chinesa, como o setor imobiliário e queda das exportações dos produtos industriais do país do extremo oriente.  

           O mercado financeiro e de commodities do Brasil, parecem, com certo atraso, acordado para a "nova realidade".   O setor agropecuário e de mineração, são os que vão sofrer o "reflexo" da nova realidade da China, trazendo grande impacto para os setores produtivos do Brasil.   A baixa generalizada dos setores de commodities no mercado global, nada mais é do que o "reflexo" do menor crescimento da economia chinesa, previsto para os próximos anos.  

            Sendo a economia brasileira baseada, em grande parte, pelas exportações de produtos primários para a China, sendo, quase que "dependente" do crescimento daquele país, podemos prever que o Brasil, acompanhando o desempenho do crescimento chinês, terá impacto significativo no  "performance" no país do oriente.   

            Os empresários brasileiros, que são afoitos com o crescimento chinês, devem ir colocando as  suas barbas de molho, para a sua própria segurança patrimonial.   

               Ossami Sakamori 

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