quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Brasil não é país sério !

 

Desde segunda-feira, dia 5, com baixa generalizada de bolsa de valores do mundo, os Bancos Centrais dos respectivos países estão em "alerta" sobre o fluxo cambial entre os países, entre os quais o do Brasil.  O dólar, no pior momento, na segunda-feira, chegou a ser cotado a R$ 5,81, acendendo sinal de alerta para o Banco Central e para o Tesouro Nacional.  

             O Banco Central do Brasil, já tinha dado a indicação, na última reunião, de manter a taxa básica de juros Selic em 10,5% ao ano. No entanto, o Comitê de Política Monetária, unanimemente, reforçou que não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se e quando julgar necessário para assegurar a "convergência" da inflação à meta se julgar e quando julgar apropriado".   Isto consta do documento divulgado nessa terça-feira, dia 6.

          Vamos lembrar que a "política monetária" é de responsabilidade dos Bancos Centrais do mundo global.   Desta forma, qualquer evento atípico, o COPOM do Banco Central, pode reunir extraordinariamente e definir a nova taxa Selic, antes mesmo da reunião ordinária que acontece a cada 45 dias.   Na minha avaliação, diante da incerteza do rumo do mercado financeiro global, está no "gatilho" do Banco Central, o eventual, aumento de taxa básica de juros Selic em 0,25%, cravando a taxa Selic em10,75%, a vigorar até a próxima reunião do COPOM.

            Por outro lado, o Tesouro Nacional está pronto para "intervir" no mercado de câmbio, se voltar a atingir o pico de R$ 5,81 atingido na última segunda-feira.   Para conhecimento dos que não acompanham o mercado financeiro, o País, tem "reserva cambial", em dólar americano, rendendo ao menos a taxa de juros dos títulos americanos, de US$ 355 bilhões.   Digamos que, o Governo brasileiro tem "lastro" para garantir a estabilidade da moeda, para "atravessar" os momentos de instabilidade da economia global.

           Na minha opinião, o Banco Central vai monitorando para "segurar" a inflação, via taxa básica de juros, com eventual aumento do Selic em 10,75%, "ad referendum" do COPOM e o Tesouro Nacional poderá vender a moeda americana, US$, para conter a alta nos níveis alcançados na última segunda-feira.  

           A instabilidade da economia, deve-se ao fato de o Governo federal não estar conseguindo fechar as suas contas sem os perniciosos "déficit primário" ou o dinheiro que falta para pagar as contas, sem endividamento do Tesouro Nacional junto aos investidores especulativos nacionais e estrangeiros.  A gastança do Governo Lula, neste período eleitoral, tem ajudado colocar mais "lenha" na fogueira.   Infelizmente, "Brasil não é país sério", a frase é atribuída ao então presidente francês, Charles de Gaulle.   

            Ossami Sakamori 

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