quinta-feira, 25 de julho de 2024

Gasolina na bomba a R$ 6,13

 

O preço da gasolina nos postos brasileiros subiu, em média, R$ 0,16 por litro, correspondente a 2,7% sobre o preço praticado até então.    O preço na bomba é o efeito de repasse do reajuste promovido pela Petrobras, nas suas refinarias, há duas semanas.  O aumento é o primeiro desde a posse da nova presidente da Companhia, Magda Chambriard, há cerca de um mês. 

         Segundo a ANP, o combustível foi vendido, em média, a R$ 6,13 por litro, sendo o maior valor desde o início do governo do Presidente Lula e a primeira vez que o preço da gasolina fica acima de R$ 6, desde setembro de 2023, já considerando a inflação do período.  O último aumento ocorreu no período entre 02/07 a 8/7/2023, que teria absorvido o aumento de tributação federal, que passou para a média de R$ 5,67 cada litro.

           O Brasil é auto suficiente em petróleo, em termo de volume de consumo e de produção, estimado em cerca de 3,6 milhões de barris/dia, da reserva do "pré-sal", cujo petróleo é do tipo pesado, mais conhecido como TWI, com referência ao petróleo americano.  Porém, ironicamente, o Brasil não possui refinarias que processam o petróleo produzido pela Petrobras.  As refinarias brasileiras só processam petróleo do tipo Brent, mais conhecido como petróleo leve, de melhor qualidade e aceitação pelo mercado global, obrigando a Petrobras a fazer o "passeio" do petróleo, exportando o petróleo extraído do pré-sal e importando o petróleo do tipo leve, no mercado internacional, sobretudo da Arábia Saudita.

           Assim sendo, o preço dos combustíveis na bomba, pago pelos consumidores, na "bomba", obedece o preço internacional do petróleo do tipo Brent, sobretudo o petróleo importado da Arábia Saudita.  Assim, sendo, os sucessivos presidentes da República são agraciados com presentes de alto valor, dos reis sauditas, que, invariavelmente, são objetos de "investigações" pelos órgãos de controle do Governo federal.  

          Desta forma, o petróleo é objeto de cobiça dos governantes de plantões, de ontem e de hoje.   Invariavelmente, quem paga a conta é o consumidor brasileiro, em forma de combustíveis na bomba, gás de cozinha e de insumos essenciais para diversos produtos, desde fertilizantes a produtos elaborados de plásticos.  

              Ossami Sakamori      

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