quarta-feira, 3 de julho de 2024

Cala a boca Magda !

 

O Presidente Lula afirmou em entrevista, ontem, dia 2, terça-feira, de que a subida do "dólar" o preocupa e que a alta constante da moeda americana faz parte de um "jogo especulativo" e de "interesses" conta a moeda brasileira, o real.    De pronto, posso afirmar de as cotações do dólar americano, em valorização constante, em detrimento da  moeda brasileira, vem da "pouca clareza" sobre as "contas públicas" do seu próprio Governo, que já fechado o primeiro semestre do exercício de 2024, ainda não está clara a previsão orçamentária do Governo federal. 

           Já estamos a caminhar o primeiro mês do segundo semestre de 2024 e ainda não temos a exata noção do que será o Orçamento Público federal do ano em curso.  O Presidente Lula optou em "gastar o que for preciso" para manter a sua popularidade em alta perante, segundo ele, junto à classe menos favorecidas.   No discurso é bonito verbalizar à população de classe menos privilegiada da população e colocar a culpa ao Banco Central do Brasil, pela prática de uma política monetária que assegure o poder de compra do "real".   

           Como em qualquer parte do mundo, a política monetária não tem viés político.  O Banco Central do Brasil faz o que pode para "segurar" a inflação próximo da meta de 3% ao ano, apesar de nem ter a previsão do Orçamento Público de 2024.   Os ministros da área econômica, Planejamento e Fazenda, ainda, no "meio do ano", não tem fechado o "arcabouço fiscal", o mesmo que política fiscal do ano em curso.   O mercado financeiro anda "ressabiado" com o déficit primário gigantesco, de R$ 249 bilhões no fechamento da conta de 2023.  O Governo Lula não tem feito dever de casa, para ter o direito de fazer críticas ásperas ao Banco Central ou ao Campos Neto, seu presidente, sem fazer o próprio dever de casa.

              O "real", oficialmente "real brasileiro" é a moeda corrente oficial do Brasil, assim como o "dólar" é moeda americana, que tem sido referência em transações comerciais e financeiras do mundo global, apesar de existirem o "euro" e "yuan" como moedas alternativas, para transações bilaterais.  O real brasileiro foi criado em 1º de julho de 1994, que permitiu a drástica queda de inflação no País.   Isto é fato!

           Desta forma, a própria história do Banco Central, incluindo os dois períodos governamentais do próprio Presidente Lula, de 2003 a 2011, onde o seu presidente Henrique Meirelles, oriundo do setor bancário, no comando do Banco Central, garantiu a estabilidade da moeda "real" ou a inflação do período, sob controle.   O que o Campos Neto, presidente do Banco Central, faz não tem nada diferente do que o Henrique Meirelles fez nos dois períodos do seu governo no passado.

           O Presidente Lula e todos com "matizes ideológicos" da esquerda, que o acompanha, a culpa de tudo, da pouca eficiência do Governo federal é do seu adversário político ex-presidente Bolsonaro e todos que ocupam ou ocuparam cargos importantes, como é o caso do presidente do Banco Central, Campos Neto.   O Presidente Lula culpa a Faria Lima, leia-se, "mercado financeiro" e FIESP na Avenida Paulista, os empresários "pesos pesados" pela alta do dólar, que nada mais é do que a "fuga" do capital estrangeiro do País, rumo aos portos mais seguros, como Estados Unidos e União Europeia.    

            Quanto mais, o Presidente Lula se mete sobre a "política monetária" do Banco Central, assusta os investidores institucionais, especulativos e produtivos.  Há muitas opções para os investimentos na economia global, a mais recente, a Argentina do governo liberal, Javier Miei.  Para completar, os ventos na Europa indicam, também, uma participação maior dos liberais no comando dos parceiros comerciais do Brasil.  

          Esta situação fez-me lembrar do antigo programa de TV: "Cala a boca, Magda!" 

           Ossami Sakamori

terça-feira, 2 de julho de 2024

A picanha na mesa do trabalhador já chegou ?

 

O Brasil insiste em andar na contra mão da economia global.  Enquanto isso, com o resultado das eleições nos principais países do mundo, os "novos ventos" levam para ideologia da "direita", com os parlamentos ou os congressos nacionais sendo eleitos pelos parlamentares, com tendência de pensamento liberal, sobretudo nos aspectos da condução das suas políticas econômicas.   

            O Brasil do Presidente Lula, vai na contramão da tendência global, dando guinada para a "esquerda" ou para economia socialista, com o aumento de gastos públicos para manutenção de estrutura do Governo, cada vez mais "inchados" e voltados para atender os seus interesses pessoais, os da classes especiais de funcionários públicos e de estruturas sociais que, "em tese", atenderia os interesses da maioria da população pobre.

            Passando os olhos nos países socialistas como Cuba e Venezuela, aqui na América Latina, podemos constatar que o "socialismo" à moda "latino americana" está longe de ser uma solução para o desenvolvimento de cada país.  Pelo contrário, estes países "socialistas" tem tido péssimo desempenho econômico e redistribuição de renda, o pior possível.   

             As últimas eleições, as mais importantes, a da Argentina e a da França, mostraram a tendência global para uma guinada para a "direita", representada pelas políticas econômicas, com menor interferência do "Estado" na economia.   Os países cuja política econômica socialista é bem vinda, só mesmo, para os países como a Suécia, onde a "cultura" ou a "escolaridade" da população, não se compara com ao do Brasil.   

             O Presidente Lula e o seu partido de sustentação, o PT, segue, "em tese", ideologia socialista, onde, a distribuição de renda seria igualitária.   No Brasil, a socialismo funciona para a classe de funcionários públicos, federais, do Executivo, Judiciário e Legislativo, de alta classe, porém, para a "classe trabalhadora", os benefícios do "socialismo" não chegam.   Há uma vaga promessa de que a "picanha na mesa" do trabalhador para fazer "churrasquinho" nos finais de semana ou mesmo "arroz" a R$ 20 cada pacote de 5 quilogramas, chegará em breve.   Tudo é uma vaga promessa à classe menos favorecida, sem abrir mão das suas próprias mordomias, como viagens de finais de semana pelo altos escalões do Governo federal, bancados com os aviões e combustíveis da FAB.   Isto não se vê, mesmo nos países socialistas como já citados anteriormente.  

             Assim, no Brasil, qualquer político, de esquerda à direita, as suas despesas pessoais, o Governo federal bancam, tal qual famílias dos reis dos países produtoras de petróleo do Oriente Médio.  Fica fácil pregar a "redistribuição de renda" para os "pobres", com dinheiro do contribuinte classe média, usufruindo eles próprios os benesses que os cargos lhes conferem.   

              Ossami Sakamori 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Na economia, boa coisa não está para vir...

 

O Brasil costuma andar, sempre, na contra mão do mundo global.  Grande parte é por culpa do País estar nas mãos de dirigentes que querem fazer o nome como o "salvador da Pátria", com velhos métodos, como nas velhas novelas do mesmo nome, que fez sucesso na TV.   No fundo, no fundo, na vida real, são os "picaretas" que querem deixar nome nos anais da história brasileira como "o melhor Presidente" que o País já teve.  

              Nas últimas semanas, uma série de indicadores econômicos tem demonstrado o contrário.   Enquanto uma boa parte dos países ricos e novos países emergentes começam a deixar a crise econômica e financeira, em grande parte, extensão da crise devido a Covid-19, para trás, o Brasil caminha na direção oposta, entrando na fase da economia com total incerteza, devido, sobretudo à política fiscal, totalmente desiquilibrada e incerta, com contínuo déficit primário, o dinheiro que falta para cobrir as despesas correntes do Governo federal, sem mesmo contar com o grosso da despesa que são os pagamentos de juros da dívida pública.

             O Presidente Lula, PT/SP, insiste em criticar a política monetária do Banco Central, como se ela fosse a única culpada da dificuldade de fechar as contas do Governo federal.   O Presidente Lula não tem feito sua parte, a de déficit primário zero, que seria a primeira obrigação de um chefe do Executivo, a de pagar as despesas com o dinheiro que arrecada.   A Lei de Responsabilidade Fiscal de 2000, já previa que o Governo federal poderia gastar tão somente o dinheiro que se arrecada.   Devido a impossibilidade de cumprir as metas da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Governo Temer, aprovou a Emenda 95, que limitava os gastos públicos, aos níveis de 2016, corrigidos pela inflação corrente.  Nem isso, o Governo Lula, cumpre.

             Como, em tudo no Brasil, as leis não são cumpridas, sem que haja as novas regras que as substitua.  E, o festival de gastança, continua no Governo Lula, com o número de ministério passando de 25 para 38, com a criação de novos cargos e estruturas funcionais, que demandam despesas do Governo federal.   E, o exemplo da gastança vem da Presidente Lula, com suas já notadas viagens internacionais com a primeira dama Janja da Silva, com "mordomias" que deixariam de inveja os mais poderosos reis da Arábia Saudita, os donos das maiores reservas de petróleo do mundo.  

            O mercado financeiro, já percebeu que o Governo Lula não está preocupado em obedecer o limite dos gastos públicos, deixando o Tesouro Nacional, à mercê da sua vontade pessoal.   O Presidente Lula, não faz questão de seguir o "teto" dos gastos públicos, limitado pelo Orçamento Público, aprovado pelo Congresso Nacional, no ano precedente. 

            O mercado financeiro, antecipa os fatos e os investimentos estrangeiros especulativos batem em retirada do País, provocando a alta do dólar, que representa a desvalorização da moeda nacional, o real, perante a moeda americana.   Na outra ponta, enquanto não há uma política econômica que oriente os investimentos produtivos, as empresas transnacionais batem em "retirada" do País, deixando o Brasil cada vez mais dependente de "importações".

     Com a retirada dos dólares, dos investimentos estrangeiros especulativos e produtivos do País, a nossa moeda, o "real", continua "desvalorizando" e deixando o Brasil na rabeira das valorizações da Bolsa de Valores globais.   O movimento global dos investimentos especulativos é como "manada de boi", onde, onde vai o "líder", vai o restante da manada, na mesma direção, a do corredor de um "matadouro". 

            Nesta hora, é preciso manter a calma... Deixem suas aplicações do Tesouro Direto e esperar o que virão no horizonte próximo.  

            Ossami Sakamori