domingo, 24 de setembro de 2023

Entenda a gestão ESG


Quando ouço o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fazendo projeção sobre a economia do País, sobretudo a do curto prazo, me assusta sobremaneira.  O Tesouro Nacional, que é o braço financeiro do Ministério da Fazenda, administra a relação receita/despesa do Governo federal, com vistas a cobrir o "rombo fiscal" do mês corrente.  Isto parece, um lugar comum na administração pública brasileira, um total falta de seriedade e excesso de amadorismo.    

           O fato é que o País não consegue pagar as despesas correntes da administração pública, muito menos os juros da dívida pública, que cresce a cada dia que passa.  A dívida pública federal, a do Tesouro Nacional, gira ao redor de R$ 9 trilhões e a dívida líquida pouco mais de R$ 6 trilhões.  Sem poder fechar a conta, receita/despesa, o número da dívida pública cresce a cada minuto que passa.   Com taxa de juros Selic, nos níveis de 12,75% ao ano, enquanto a inflação anda ao redor de 5% e sem possibilidade de amortização de ao menos, uma parte da dívida, o Brasil caminha para "default" ou "recuperação judicial" em algum momento do futuro.  

         País quebrado, as grandes corporações, muitas delas, com gestão corporativa que visa tão somente os rendimentos em títulos do Governo,  o País não cresce.  O País padece. Somos, o Brasil, um país de "metidos" a terem empresas produtivas, mas, não as tem.   O resultado é que qualquer "chacoalho" no mercado corporativo e no mercado financeiro, o Brasil fica à mercê da "sorte" para a sobrevivência.  

            As corporações brasileiras, como a Petrobras quase foram à pique, com nível de endividamento acima dos riscos do setor.  Outras empresas de grande porte como Americanas, Oi e Light entraram com o pedido de "recuperação judicial", que nada mais é do que um "calote" aos credores, para tentar se recuperar econômica e financeiramente.

           Há uma regra simples e comum, de fácil compreensão para qualquer leigo, sobre a gestão financeira de uma grande corporação ou mesmo um pequeno "boteco" de esquina.  Um País ou uma empresa, mesmo uma grande corporação, seria de boa prática e boa gestão financeira, manter "liquidez" ou "caixa" para enfrentar as despesas dos próximos 6 meses, sem contar com as receitas previstas.  

              A sigla ESG está em moda.  Eu diria que cabe à gestão financeira de uma empresa seguir o ESG financeira, além do ESG corporativa ou ESG meio ambiental.  É de responsabilidade de qualquer gestor privado ou público, observar a governança do meio ambiente social, o ESG, no sentido mais amplo do que tão somente a relação de trabalho dentro das corporações.

             O exemplo teria que vir de cima, da gestão econômica e financeira do Governo federal e das grandes corporações.  Ao contrário, o Governo federal mostra um péssimo exemplo, para o setor privado, ao tentar fechar a conta do mês, endividando-se cada vez mais.   Sem gestão "ESG", o Brasil caminha para o precipício.   Isto vale para as corporações ou uma pequena empresa, também.  

               Ossami Sakamori  

                   

2 comentários:

Anônimo disse...

Já percebemos, infeluzmente até um asno sabe disso.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com tudo que você citou , como sempre!!! Gostei da tua “ regra simples e comum” para qualquer empresa . Me lembrou , a muitos anos atrás, quando eu decidi deixar de ser empregado e começar a “ empreender ! Fiz isto mas não para 6 meses e sim para 12 meses !!! Deu certo , até hoje !!!