A abertura de páginas de principais meios de comunicação do País chama atenção sobre o expressivo volume de dólares (US$) que está entrando no mercado financeiro brasileiro. O volume de investimento estrangeiro nos primeiros 3 meses do ano, está próximo do volume de investimento estrangeiro de todo do ano passado. Em números, o saldo de investidores estrangeiros na B3, leia-se Bolsa de Valores, até segunda-feira, dia 28, já somava US$ 92 bilhões. Comparado com o número de todo ano passado, 2021, que foi de US$ 104,2 bilhões, é um volume considerável.
Apesar de "torcida contra" de alguns empresários resistente ao novo estilo de administração do atual presidente da República, os investidores estrangeiros acreditam no potencial econômico do País, sobretudo em razão do Brasil ser exportadora de principais commodities do mundo, quais sejam, o minério de ferro e produtos agropecuários. O Brasil tem potencial para receber uma grande parte dos recursos disponíveis dos investidores transnacionais, que somou em 2021, cerca de US$ 1,650 trilhão.
O resultado desta movimentação, o do fluxo de entrada do capital estrangeiro, o Banco Central faz o que pode. Ao contrário do que acontece em tempos de crise, o BC está de olho na valorização expressiva do real (R$), nossa moeda, em relação à moeda americana, o dólar (US$). O novo patamar de cotação da moeda americana, o dólar, deve ficar no intervalo entre R$ 4,50 a R$ 5,00, no meu entender. Vamos lembrar, também, que o Banco Central do Brasil tem reserva cambial ao redor de US$ 360 bilhões, expressivo para um país emergente que a qualquer momento pode fazer intervenções para garantir a relativa estabilidade do real.
A entrada de capital estrangeiro, no primeiro momento no mercado financeiro, em valores expressivos, indicam que em algum momento, o recurso vai chegar na ponta do investimento direto, produtivo, creio, em menos de 6 meses. Diante do quadro, podemos confirmar que o Brasil crescerá ao menos 5% neste ano, com inflação beirando dois dígitos (acima de 10%), como minha previsão anteriores.
Eu concluo, desta forma, que os investidores estrangeiros acreditam mais no Brasil do que os próprios investidores brasileiros. Estes últimos, infelizmente, reclamam da política econômica do governo federal, deixando que os investidores estrangeiros tomem conta da economia brasileira. Este filme, já assistimos várias vezes, no passado recente. Os investidores brasileiros estão mais preocupados com repercussão política do que a econômica.
Os números não mentem, os investidores estrangeiros acreditam no Brasil, mais do que os próprios do País.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Vamos aguardar as melhorias que possam ocorrer no Brasil
Maravilha!
Postar um comentário