sexta-feira, 18 de março de 2022

Biden e Petrobras unidos pelos interesses comuns

 


O centro da discórdia entre Ucrânia e Rússia, nesta guerra insana entre dois países, parecia ser a possível adesão da Ucrânia à OTAN, leia-se Estados Unidos, e a vontade da Ucrânia em participar do tratado de livre comércio circulação de pessoas da União Europeia.  Por outro lado, o Putin, ao que parece, não quer as armas de guerra da OTAN apontado para o seu território, instalados na Ucrânia, muito menos influência econômica do ocidente no território em disputa.
            Por outro lado, os Estados Unidos, aproveitando-se da situação de conflito, quer expandir sua influência econômica, mais do que hoje já ocupa hoje.  Grosso modo, os Estados Unidos responde por 25% do PIB do mundo, seguido pela China.  A China por sua vez, quer ampliar a seu "naco" do comércio mundial, somando-se à Rússia.   
            O presidente Biden dos Estados Unidos, no "fundo, no fundo", não está muito interessado com a situação do povo da Ucrânia.  Se os Estados Unidos quisessem participar do conflito, eles o fariam com desenvoltura, como já o fizera no Iraque ou no Afeganistão.  Se o presidente Biden quisesse resolver a situação, não ficaria na retórica de baixo nível, xingando o presidente russo de assassino ou coisa parecida e mandaria as tropas da OTAN em defesa da Ucrânia.  
             O que o presidente Biden dos Estados Unidos quer, no fundo, é viabilizar o gás extraído do xisto no seu território, cujo custo de produção é equivalente ao do petróleo pesado do nosso "pré-sal".   O petróleo cotado aos níveis dantes da guerra Ucrânia x Rússia, não viabilizaria economicamente a exploração do gás do xisto, abundante no território americano.  Assim, o presidente Biden dos Estados Unidos, quer que a cotação do petróleo do tipo Brent, fique acima de US$ 100 cada barril.  Coincidência ou não, o custo de produção do petróleo do "pré-sal" da Petrobras, equivale ao da produção de gás do xisto nos Estados Unidos.   Para a Petrobras, também, interessa que o preço do petróleo fique acima de US$ 100 por barril.  
               O presidente Biden dos Estados Unidos, ao mesmo tempo, está se unindo ao presidente Nicolas Maduro, para exploração do petróleo pesado, tipo TWA, na Venezuela.  Outrora inimigo, o Nicolas Maduro, vira amigo dos Estados Unidos.  Explica-se, a Venezuela tem uma das maiores reserva de petróleo do mundo, ao lado da Arábia Saudita como pode ver no gráfico abaixo.  
         

                 Dentro deste contexto, quem mais lucra com a guerra Ucrânia x Rússia é o presidente Biden dos Estados Unidos, que viabiliza economicamente o gás extraído do xisto, abundante no subsolo americano.  E de quebra, com a inflação no mundo causada pelo preço do petróleo, neutralizar em parte, a inflação dos Estados Unidos, a mais alta dos últimos 40 anos.  

            Dentro deste contexto, o Brasil que é auto suficiente em petróleo do "pré-sal", mas dependente de importação do petróleo leve, do tipo Brent, para as refinarias brasileiras que processam somente o petróleo do tipo leve, acaba viabilizando economicamente o seu petróleo.  Petrobras exporta o petróleo do "pré-sal", tipo pesado e importa o petróleo do tipo Brent, o tipo leve.   No fundo, no fundo, quem "paga o pato" é o povo brasileiro que, apesar de Petrobras produzir petróleo em abundância, sofre com o aumento de combustíveis na bomba e o agronegócio que paga pelos insumos mais caros devido a guerra Ucrânia x Rússia.   

         Biden e Petrobras unidos pelos interesses comuns.  

         Ossami Sakamori

                             

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