Hoje, faz 10 dias que a Rússia invadiu a Ucrânia. Ao que tudo indica, no estágio que está a guerra entre os dois países, o conflito não vai terminar tão cedo. Mesmo para leigo, é previsível que o Putin não vai dar trégua enquanto não ocupar o país todo. O pano de fundo é a disputa de influência sobre a Ucrânia entre a Rússia e OTAN - Organização do Tratado do Atlântico Norte, braço armado dos Estados Unidos na Europa. Nesta disputa de influência política entre duas potências bélicas, quem "paga o pato" é o povo ucraniano.
No meio do "tiroteio" entre os dois senhores, o Putin e Biden, os dois senhores, donos das armas nucleares, o suficientes para destruir o mundo todo com apenas dois botões um conjunto de ogivas nucleares, está o Zelensky, o presidente ucraniano. O presidente ucraniano pediu, ontem, ao presidente Biden dos Estados Unidos que ampliem as sanções econômicas à Rússia, parando de importar o petróleo russo. A União Europeia e os Estados Unidos já tinham aplicados bloqueio de bens do governo da Rússia e dos magnatas protegidos pelo presidente Putin. O Swift, o serviço de compensação bancária, já excluiu os bancos russos do sistema deixando a economia russa, o que considero um tremendo erro.
O resultado das sanções aplicadas pelos Estados Unidos e seus aliados à Rússia, dá que o preço do petróleo tipo Brent no mercado internacional está sendo cotado a US$ 120 por barril (158,98 litros). Para ter noção, há um ano atrás, o preço do mesmo barril de petróleo estava cotado ao redor de US$ 36. Com a iminência de expansão da crise econômica, os demais commodities dispararam no mercado internacional. Isto tudo, vai refletir no preço ao consumidor em cada país, mesmo aos que não estão tomando partido de um lado ou de outro.
Enquanto ambos países, a Rússia e a Ucrânia, tentam viabilizar o "corredor humanitário" para fuga dos ucranianos e não ucranianos, para o "ocidente", a economia mundial experimenta uma escalada de alta de preço de petróleo, gás e commodities em geral. Isto tudo já era previsível. Afirmei em matérias precedentes de que o mundo iria viver uma crise econômica, sem precedente, pior do que a crise financeira mundial devido a quebra do Lehman Brothers em 2008.
O Brasil, dentro do contexto, será atingido brutalmente pela guerra na Ucrânia, por conta do petróleo, que exportamos o do pré-sal e importamos o tipo Brent, o leve. O País será atingido, também, no agronegócio que responde hoje por 25% do PIB nacional e dependente de insumos importados, em escala sem precedente.
Brasil sentirá o "furacão" da crise econômica mundial em 2022. Em que medida, só saberemos quando a guerra Ucrânia x Rússia terminar.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Você colocou as verdadeiras consequências desta guerra entre os dois poderosos. Espero que logo termine.
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