Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, condena a guerra Ucrânia x Rússia, perante a mídia internacional, mas no "fundo, no fundo" quer que a guerra continue. Nestes últimos 17 dias de guerra, Biden atuou nos bastidores com o objetivo de continuar com a guerra por mais algum tempo. Por Biden, a guerra continuaria por mais tempo, até que seus objetivos fossem alcançados. Aos Estados Unidos, quanto mais tempo a guerra perdurar, os objetivos serão consolidados.
Indo direto ao ponto. Aos Estados Unidos interessam que o preço do petróleo consolide no patamar acima de US$ 120 o barril, tipo Brent, ao contrário da maioria dos países importadores de petróleo. No fundo, no fundo, é um jogo que os ganhadores serão os Estados Unidos e a Rússia, os maiores produtores de combustíveis fósseis do mundo. É um jogo de "baralho marcado", onde o Biden e Putin sairão ganhadores ao término da guerra Ucrânia x Rússia.
Biden já fez entender aos seus aliados europeus, leia-se OTAN, da qual faz parte com 23% do orçamento para manutenção das tropas americanas na Europa, de que OTAN deveria ficar fora dessa disputa insana, Ucrânia x Rússia. Biden mandou seu secretário de Estado, Antony Blinken, levar recado aos aliados da OTAN, que fazem fronteiras com a Ucrânia e ao próprio presidente ucraniano, que os Estados Unidos não fornecerão armas para confronto entre os dois países. Ao mesmo tempo, mandou a sua vice-presidente, Kamala Harris, levar recado ao presidente polonês, que a Polônia fique de fora da disputa Ucrânia x Rússia, em troca de de fornecimento das caças F-35, no futuro.
O que o Biden quer é viabilizar a própria fonte de energia, a do gás do xisto, do subsolo americano. Com petróleo nos níveis de US$ 40 ou pouco mais, cada barril do tipo Brent, inviabiliza a exploração do xisto, abundante no subsolo americano. Estima-se que no subsolo americano haja xisto suficiente para auto suficiência em energia até o ano 2.100 ou mais. Com mercado internacional do petróleo a US$ 120 cada barril, com a indústria de gás de xisto americano, os Estados Unidos serão, novamente, os donos do mundo, em matéria de produção de energia.
O mesmo raciocínio se aplica ao petróleo do "pré-sal" brasileiro, cujo custo de produção, segundo fontes internos da Petrobras, é equivalente a US$ 40 cada barril, do tipo "pesado". A Petrobras, em razão de não ter refinarias para petróleo pesado no Brasil, vende-o no mercado internacional e compra o petróleo leve para as refinarias brasileiras. Nessa operação de troca de petróleo pesado pelo petróleo leve, a Petrobras tem gasto extra de aproximadamente US$ 5 cada barril equivalente. Faça sol, faça chuva, o custo de petróleo no Brasil é de R$ 45 cada barril. A Petrobras, empresa de economia mista, nunca se viu e nunca se verá lucro tão retumbante.
A Petrobras, tanto quanto o presidente Biden dos Estados Unidos, torcem com "pernas cruzadas" para que o preço do petróleo continue no patamar acima de US$ 120 o barril, do tipo Brent. Assim, a indústria petrolífera americana (de gás de xisto) e a Petrobras, com o petróleo do "pré-sal", agradecem ao presidente Putin pela guerra contra a Ucrânia. Todo o resto é conversa para "boi dormir".
PS: Biden, Petrobras e Nicolas Maduro (petróleo pesado) unidos para sempre.
Ossami Sakamori
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