Crédito da imagem: Valor
Segundo o índice de desemprego divulgado ontem, 24, ainda de acordo com o Cadastro Geral de Empregos e Desempregos - Caged do Ministério da Economia, o Brasil fechou 43.196 vagas de emprego com carteira assinada. O resultado só foi pior do que aquele apresentado no mesmo mês em 2017. Para muitos analistas econômicos o número apresentado foi uma surpresa. O número, apenas, confirma o pífio crescimento econômico do País, desde 2017, 1% ao ano.
Para o mercado financeiro que acreditava na retomada do crescimento econômico do País, o número apresentado pelo IBGE, caiu como um balde de água fria. Nos últimos dias a imprensa estava dando destaque à notícia alvissareira sobre os primeiros 100 dias do governo Bolsonaro, citado diversas inciativas tomadas pelo novo governo. A grande massa da população sente "na carne" o efeito do longo período de recessão que o País está sendo submetido, desde 2015, é apenas mais um número desalentador.
O governo e a grande imprensa noticia apenas o índice de desemprego, que está em torno de 12,7% ou 13,4 milhões de trabalhadores, que saem à procura de emprego. Não faz parte das notícias, os 4,7 milhões de trabalhadores, que já desistiram de procurar o emprego. Não faz parte, também, os cerca de 4 milhões dos "Nem, Nem" (Nem estuda e Nem trabalha). Soma-se ao número os trabalhadores sub-empregados estimado pelo IBGE em 27,9 milhões. No total, são cerca de 50 milhões de uma força de trabalho, estimado em cerca de 106 milhões de pessoas.
Em contraste, o número de trabalhadores com carteira assinada, segundo IBGE, é pouco mais de 33 milhões de pessoas. Na prática, é sobre este contingente de trabalhadores que as empresas industriais e de serviços recolhem os tributos e contribuição à previdência social. Nem o governo e muito menos a grande imprensa divulga, de que: um trabalhador com carteira assinada recolhe os encargos que dois em condições precárias usufruem.
Apenas como referência, os índices de desemprego, que os países desenvolvidos consideram como aceitáveis, estão entre 4% a 6% da força de trabalho. Atualmente, os Estados Unidos estão com o índice de desemprego no limite de 4% da força de trabalho, considerado por eles como aceitáveis. Ao contrário dos países desenvolvidos, o governo do Brasil utiliza outros parâmetros para tomada de decisões sobre política econômica e monetária.
O número de desempregados formais, somado aos desalentados, os "Nem, nem" e os sub-empregados, influi diretamente no crescimento econômico do País. São eles que impulsionam o "mercado consumidor". Sem o mercado consumidor, não tem crescimento. É um círculo vicioso que os últimos governos, desde Dilma em 2015, vem enfrentando. Sem os consumidores, as indústrias e serviços deixam de criar empregos, criando um círculo vicioso, que nem a reforma da previdência vai romper. O buraco do Brasil está mais para baixo!
Se correr o bicho pega, se parar o bicho come!
Ossami Sakamori
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Um comentário:
Abraços, Seu Saka !
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