A Petrobras, empresa de economia mista, fundada pelo presidente Getúlio Vargas em 1954, sob égide de "petróleo é nosso!" não cumpre mais a finalidade para que foi criado. O presidente da Companhia, de ontem e de hoje, cumprem rigorosamente, os interesses do mercado financeiro, esbanjando lucro astronômico para seus acionistas, majoritariamente, do mercado financeiro nacional e internacional. Com preço do barril do petróleo alcançando acima de US$ 100 cada barril do tipo Brent e seguindo as regras do mercado de varejo de petróleo, a "paridade ao preço internacional", é uma "covardia" dirigir empresa nestas condições. Eu diria que, até o "engraxate" do Wall Street, tocaria a Petrobras com os pés nas costas, melhor do que qualquer presidente burocrata.
A Petrobras, na prática, não pela lei, exerce o "monopólio" da exploração e refino do petróleo no Brasil. A Petrobras tem "reserva" para si, o consumo de 3,5 milhões de barris/dia, faça sol, faça chuva. A Petrobras produz o volume de petróleo, do petróleo pesado, suficiente para abastecer o mercado brasileiro de combustíveis. Brasil tem refinarias para abastecer o mercado brasileiro de combustíveis, embora, estas foram objeto de custos de construção abusivas. Uma dessas refinarias, a Abreu e Lima que poderia ter custado US$ 20 bilhões, teria custado à Petrobras, algo como US$ 80 bilhões. Como o petróleo dá lucros fabulosos, o acréscimo de custos, foi absorvidos pela Petrobras, sem causar "terremoto" na Companhia. Nem é preciso lembrar que a referida refinaria foi executada no governo Dilma, com Graça Foster no comando da Petrobras.
Em linhas gerais, a Petrobras vende o petróleo pesado da "pré-sal" e compra o petróleo leve no mercado internacional, utilizando-se da sua subsidiária em Singapura. Para conveniência da Diretoria da Petrobras, a filial da Petrobras em Singapura, não pertence ao holding Petrobras, no Brasil, diretamente. Toda transação comercial, a venda do petróleo pesado e compra do petróleo leve é feito pelo braço da Braspetro Holding em Roterdã, Holanda, paraíso fiscal utilizadas pelas grandes corporações mundiais. O Tribunal de Contas da União, não alcança as operações feitas pela Braspetro com filial em Singapura.
Presidente da República, quer interferir na política de preços da Petrobras, mas creio que isto não traga efeito imediato. O PR é muito "inocente" para quebrar a cadeia de improbidade administrativa que corre numa das maiores Companhia de petróleo do mundo, a Petrobras. Petrobras vai continuar nas mãos dos abutres, o mercado financeiro.
Ossami Sakamori
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