sábado, 30 de abril de 2022

A corda sempre arrebenta no lados dos mais vulneráveis

 


Tentar explicar sob ponto de visto macroeconômico, o momento que o mundo global vive, não é tarefa dos mais fáceis.  Cada canal de TV, nacional e internacional, tenta explicar ao seu modo o fenômeno que está ocorrendo no mundo global, deixando o telespectador com mais dúvidas do que esclarecimento.   Nesta matéria, tentarei explicar a confusão na economia global e com a única certeza de que não sabemos, exatamente, como vai terminar.  Aos reles cidadãos, entre os quais me incluo, só cabem aceitar a perda do poder aquisitivo das suas rendas, apesar de análise e explicações de experts de boa formação acadêmica.   Na sequência, tentarei pontuar os aspectos principais do momento que o mundo global se encontra.

           O estopim da crise econômica global, veio da guerra entre Ucrânia x Rússia, sobretudo com o bloqueio de compensação financeira, o SWIFIT das instituições financeiras russas, entre os membros do BIS, o Banco Central dos Bancos Centrais do mundo.   No dia 28 de fevereiro, chamei atenção para o fato: O bloqueio do SWIFT: iminente maior crise financeira mundial.  Dito e feito, a partir de então, iniciou-se a crise econômica financeira que pegou os países do primeiro mundo, além da Rússia.  O tiro acabou saindo pela culatra para o mundo ocidental, como diz o ditado popular.

            Antes mesmo da guerra Ucrânia x Rússia, já havia crise econômica instalada nos Estados Unidos, com inflação, a maior dos últimos 40 anos, algo como 8% ao ano.  O número, para uma economia estável, a inflação em dólar americano, US$, que é utilizado para transações financeiras e comerciais no mundo todo, veio provocar mudanças radicais nos preços dos commodities e produtos industrializados, ao redor do mundo.   Somado, ao efeito da inflação americana, o  efeito da guerra Ucrânia x Rússia, a economia mundial está a absorver ambos fenômenos, com sacrifícios para a população mundial, entre os quais a do Brasil.

              No meio do furacão que assola o mundo, o Brasil não é e nem será o "oásis" do mundo.  O País absorveu a inflação americana e está a absorver os efeitos da guerra Ucrânia x Rússia, sem maquiagem.   A principal consequência dos efeitos globais é o aumento do preço dos combustíveis e dos preço dos insumos necessários à atividade do agronegócio, no nosso caso.  Apesar da correção dos preços dos commodities acompanharem a inflação do mundo, o aumento de custos dos produtos primários tem afetado o crescimento do País.

         Felizmente, o governo federal, tem feito esforço na execução do Orçamento Fiscal de 2022, em conformidade com a Emenda 95, a do teto dos gastos públicos.   Ainda, assim, o efeito da economia global, sobretudo o da inflação americana, é sentido pela população brasileira.  Sem o aumento real na renda, a população de baixa renda é quem paga a conta da inflação americana e do custo da guerra Ucrânia x Rússia.   A história se repete, a corda sempre arrebenta do lado dos mais vulneráveis.  

           Ossami Sakamori  


2 comentários:

Anônimo disse...

A perda do poder de compra está sendo sentida pelo comércio. Creio que se não houver uma recomposição salarial,vai complicar muito.

Anônimo disse...

Naturalmente a corda arrebenta no lado mais fraco!