No início do ano, dia 1º de janeiro, escrevi sobre projeção da economia para 2022, na matéria "Previsão da economia para 2022", contrariando previsão de instituições financeira como o Itaú, que prevê o recuo do PIB em (-) 0,5%, a CNI em 1,2% e o próprio Ministério da Economia em 2,1%. E, eu próprio, fiz previsão "acima de 2,5%, há apenas um mês. Na mesma matéria, fiz indicação de inflação oficial, IPCA de 2022, algo em torno de 7,5%, contrariando o Boletim Focus que prevê 5,0% e dólar comercial, no final deste ano, fechando nos níveis de R$ 5 a R$ 5,90. Estou fazendo a primeira revisão, hoje, após menos de um mês. O quadro está mudando.
Como vocês sabem, a economia de qualquer país depende do crescimento das principais economias do mundo e depende, também, do grau de confiança dos investidores produtivos, nos setores industriais, agronegócios e comércio em geral. As notícias que vem de fora, sobretudo dos Estados Unidos e da Europa, mostram que estes países vão investir pesado, já prevendo o início do fim da pandemia que assola o mundo, desde 2020. O pior, parece ter passado, sobretudo, devido à vacinação em massa das populações dos países mais ricas do mundo, leia-se mercado consumidor dos produtos brasileiros.
Devido à sinalização do FED - Federal Reserve, o Banco Central americano, de fazer pequenos ajustes nos juros dos títulos do Tesouro americano durante este ano, ao invés de movimentos bruscos de alta repentina, o mercado financeiro parece ter ficado mais calmo. Há sinalização de que o principal motor da economia, deverá crescer ao redor de 5% em 2022, devido a um forte investimento, cerca de US$ 1,9 trilhões, em infraestruturas. Isto, traz reflexo imediato para o Brasil, mais do que as medidas econômicas que estão sendo tomadas pelo governo brasileiro no front interno. Sim, o que o "tio Sam" faz, no Brasil ecoa. Explica-se: os Estados Unidos é o principal parceiro comercial do Brasil, não só no comércio, mas também, em serviços.
No front interno, o governo federal ou o Ministério da Economia e o Banco Central do Brasil não tomarão nenhuma medida de impacto ou de sobressalto, a não ser aquelas já previstos em Orçamento Fiscal de 2022 e não serão adotadas nenhuma medida econômica nova, por ser ano de eleições. O Banco Central, deverá adotar taxa básica de juros Selic substantiva para tentar conter a inflação no patamar de um dígito (menos de 10%). A inflação deverá terminar o ano em 7%, maior do que a maioria dos analistas prevê para o ano de 2022.
A economia do País, vai começar a "rodar", com injeção da recursos do Auxílio Brasil, cerca de R$ 80 bilhões; com gastos de Emendas dos deputados e senadores que vai além dos R$ 36 bilhões; com recursos do Fundo Eleitoral; com investimentos privados provenientes das licitações de infraestruturas feitas durante os anos 2019/201. Tudo isto, num contexto de "dólar barato" (em relação ao pico de 2021) e os investimentos produtivos nacionais e internacionais se realizando e com o possível e provável quadro da pandemia se retraindo no mundo todo. Tudo isto, me faz rever o crescimento do Brasil para o ano de 2022 em 5%.
Ossami Sakamori
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