sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Brasil sairá da crise econômica em 2022.

 


aumento da taxa Selic em 10,75% pelo COPOM - Comité da Política Monetária faz parte da estratégia do Banco Central de debelar a inflação de dois dígitos (acima de 10%), antes de tomar medidas para o crescimento econômico esperado pelo mercado financeiro e pelos investidores produtivos para este ano.   Na minha visão, o primeiro quadrimestre (janeiro a abril) o Banco Central não dará trégua para segurar a inflação em níveis internacionais, algo próximo de 6%.  A próxima reunião do COPOM, previsto para dias 15 e 16 de março, o Banco Central sinaliza mais uma alta de 1%, que levará a taxa Selic para 11,25%. 

           Na minha opinião, o Banco Central deveria ter adotado política mais agressiva em relação ao combate à inflação, já na última reunião do COPOM que estabeleceu taxa Selic em 9,25%.  Seja como for, o que foi, não volta mais.  A taxa Selic de 10,75% assustou o mercado financeiro e investidores institucionais, nesta última reunião do COPOM.  Com este movimento do Banco Central, o aumento da taxa básica de juros Selic, faz com que os setores produtivos fiquem em compasso de espera aguardando as novas medidas do Banco Central.   Desta forma, considero o primeiro quadrimestre como de freio de arrumação da economia.  Crescer com inflação alta é pedir para explodir a economia do País.  Brasil já viveu muitas aventuras deste tipo nos governos passados.  

            Ao contrário do que comentam o mercado financeiro, o Banco Central deverá, gradativamente, baixar a taxa Selic, os juros dos títulos do Tesouro Nacional, aos níveis da inflação da época, a partir do segundo semestre deste ano.  Seguramente, a taxa Selic estará cotado próximo da inflação  da época.  No final do ano, em dezembro, a inflação deverá baixar para algo como 7% ao ano.  Em consequência, a taxa Selic nos mesmos níveis da inflação, ligeiramente acima.   A minha previsão para economia em 2022, ano de eleições em níveis nacionais e estaduais, o governo federal, para própria sobrevivência, vai estar com os pés no acelerador", apesar das medidas restritivas do Banco Central.   

             Considerando que o ano de 2022, é ano de eleições, tradicionalmente, será um ano de "gastança" e o País deverá crescer ao nível de 5%, por consequência.  O governo federal, exclui o Banco Central, vai trabalhar para produzir o crescimento desejado, sob pena de não garantir a reeleição do Presidente Jair Bolsonaro.  Sob ponto de vista da macroeconomia, o Brasil precisa retomar crescimento econômico para sair do marasmo que arrasta desde 2014/2016, a pior crise econômica dos últimos 100 anos.

           A novidade é que, o comando da economia do País, não mais será do Paulo Guedes, ministro da Economia, mas estará nas mãos do ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, PP/PI e do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, PP/AL.  A economia terá viés político ao invés de viés técnico.  Seja como for, Brasil sairá da crise econômica em 2022.  

           Ossami Sakamori

Um comentário:

Dimas disse...

Ossami,você tem razão quanto ao timimg no freio de arrumação, poderia ter vindo antes, mas tarde do que nunca, como vc disse. Imprudente dissociar a política da economia, medidas de cunho técnico devem equacionadas com o momento político, mais sensível ainda com a instabilidade das instituições e poderes brasileiros no momento. P.Guedes tem o respeito e a consideração no e do Governo. O que acontecerá em 2022 será acionado para equacionar as inumeras demandas políticas com a responsabilidade econômica.