No início do ano, como acontece todos os anos, os principais agentes econômicos, empresários de pequeno a grande porte, investidores institucionais, nacionais e internacionais, fazem as suas própria projeção das atividades econômicos para o ano em curso. No meio da pandemia, as principais instituições financeiras divulgam, também, suas projeções para servir de "norte" aos seus clientes. O mercado financeiro especulam ao "sabor" das projeções de diversas origens e tendências, "apostando" ao sabor dos seus interesses.
PIB. Para o PIB - Produto Interno Bruto do País, no caso, medido de janeiro a dezembro de 2022, o Boletim Focus do Banco Central, prevê crescimento do País em 0,4% enquanto o Ministério da Economia prevê crescimento de 2,1%. O Itaú, instituição financeiro que tem credibilidade e com alto índice de acertos, prevê recuo do PIB deste ano em (-) 0,5% e a CNI - Confederação Nacional da Indústria, em crescimento de 1,2% e, 2022. Na minha avaliação, o PIB do País, medido de janeiro a dezembro, deverá estar acima de 2,5%, já contando com o "arrocho de liquidez" que será promovido pelo Banco Central no primeiro quadrimestre deste ano.
IPCA. Para a projeção do IPCA, inflação oficial, o Boletim Focus prevê 5,0% e o Ministério da Economia em 4,7%. Com IPCA fechando o ano de 2021, em dois dígitos, acima de 10%. Apesar do "arrocho" do primeiro quadrimestre, que deverá ser promovido pelo Banco Central, a inflação deverá terminar o ano de 2022, em 7,5%. Lembrando que o ano de 2022 é ano de eleições e a equipe econômica deverá ser compelido a "afrouxar" os gastos públicos diretos (Tesouro Nacional) e os indiretos (Bancos públicos). Uma eventual flexibilização dos gastos públicos acima da Emenda 95, contará, certamente, com o apoio do Congresso Nacional, que, também, estará envolvido até o pescoço com as eleições do outubro próximo.
Selic. Dentro do contexto, a taxa Selic no primeiro quadrimestre, na reunião do COPOM de 2 de fevereiro próximo, deverá ficar, entre, 9,75% e 10,5%. A segunda reunião do COPOM, deste ano, previsto para março/2022, a tendência é manter a taxa de fevereiro ou com pequena variação conforme inflação do período precedente. Nos dois quadrimestres seguintes, maio/agosto e setembro/dezembro, o COPOM deverá ajustar a taxa Selic ao redor de 7,5%, compatível com a inflação previsto para o período.
Dólar. O dólar comercial, em 2022, continuará sob controle do Banco Central, aos níveis de R$ 5 a R$ 5,90. Lembrando que o Banco Central tem vários instrumentos para manter o dólar no patamar indicado, como Swap cambial, mercado spot e conta, ainda, com o confortável Reserva cambial acima de US$ 350 bilhões. O Banco Central, além dos instrumentos mencionados, tem ao seu favor a desvalorização do dólar motivado pela inflação próxima de 5% nos Estados Unidos.
Desemprego. O índice oficial de desemprego, embora não reflita a situação real de desempregados, conforme demonstrado na matéria Brasil tem 63,8 de trabalhadores vulneráveis , deverá terminar o ano com índice ligeiramente inferior a 12%, apesar de nossa projeção de crescimento da economia em 2,5% em 2022. O índice de desemprego no País, não reflete a realidade do mercado de empregos apesar de seguir os critérios adotados e aceitos internacionalmente.
Muita cautela é recomentada no planejamento da gestão empresarial deste ano, 2022.
Ossami Sakamori
2 comentários:
A primeira Boa noticia do ano: está faltando ácido muriatico no mercado,fornecedores não têm matetia prima para entregar.
Excelente análise. Uma boa referência para os negócios neste ano de tantas incertezas e muitas novidades! Valeu!
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