domingo, 4 de abril de 2021

O número de trabalhadores vulneráveis é de 64,1 milhões!

 


O número de desempregados apresentado pelo IBGE, mascara a realidade do mercado de trabalho no Brasil.  Segundo último número apresentado, o contingente de desempregado está, oficialmente, em cerca de 14,1 milhões de pessoas.  Porém, a mesma pesquisa do IBGE, mostra que a população de trabalhadores na informalidade chegou a 33,5 milhões.  Acrescente nisso os trabalhadores por conta própria que chega a 23 milhões.  O trabalhador doméstico, segundo IBGE, representa cerca de 4,8 milhões.
          O governo comemora o número de desempregado, cerca de 14,1 milhões, como se fosse uma grande conquista. Porém, ao número oficial de desempregados deve somar cerca de 5,5 milhões de "desalentados", que são os trabalhadores que desistiram de procurar o trabalho.  Há ainda no Brasil, o número de pessoas desocupadas, os jovens entre 15 a 29 anos, que nem estuda e nem trabalha, que soma cerca de 11 milhões de pessoas.  Ao todo, são 30,6 milhões de trabalhadores em condições de trabalho que estão desocupados.  Somado a esse número os trabalhadores informais, cerca de 33,5 milhões, que vivem de bicos ou comércio ambulante, sem endereço fixo, o número de trabalhadores vulneráveis chega a 64,1 milhões.   
          Foi exatamente o número de beneficiário do "auxílio emergencial" de 2020, cerca de 65 milhões de beneficiários.  O auxílio emergencial foi concedido a cerca de 65 milhões de pessoas, não fazendo parte desse número, pessoas que recebiam alguma forma de benefícios da previdência social.  Este contingente de trabalhadores, os desempregados e informais, que o ministro da Economia, Paulo Guedes, jocosamente chamou-os de pessoas "invisíveis".  
            Por outro lado, há no Brasil, cerca de 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada, trabalhando em indústrias, comércio e serviços públicos essenciais.  Soma-se ao número de empregados formais, cerca de 3,12 milhões de servidores públicos, dos quais cerca de 1,15 milhão de servidores públicos estão lotados na esfera federal, incluído civis e militares.  São esses trabalhadores formais que contribuem para o sistema previdenciário e ao Imposto de Renda, direto na fonte.
         Os números de trabalhadores que estão fora do sistema formal, sem maquiagem, são alarmantes. De certa forma os números mostram a realidade brasileira, igual aos de países do "terceiro mundo", onde poucos tem trabalho digno e um enorme contingente de trabalhadores informais que tentam se equilibrar com alguma forma benefícios do governo federal, como o de "auxílio emergência" ou "bolsa família".  Este contingente de pessoas são alvos de políticos de direita à esquerda, a troco de promessas de dias melhores.  Isto não é de hoje.  Isto é um verdadeiro "curral eleitoral" que uma hora está nas mãos da esquerda e outra hora nas mãos dos políticos da direita.  Importante lembrar que qualquer benefícios para a população são pagos pelos contribuintes brasileiros ou via endividamento do Tesouro Nacional.  
           É urgente dar educação para o povo brasileiro, ao lado de saúde pública, para que não sejam enganados, eternamente, pelos discursos fáceis, religiosamente, a cada 4 anos.  É triste afirmar que a diferença do Brasil e dos países do primeiro mundo, está na universalização de oportunidades.  E o povo brasileiro, eternamente, fica à mercê de promessas fáceis de políticos de plantão.  

          Ossami Sakamori  



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