Ontem, dia 7, foi aprovada a reforma da Previdência pela Câmara dos Deputados com 370 votos à favor, enquanto se exige 308 votos para aprovação de qualquer Emenda Constitucional. O mérito da expressiva votação à favor da reforma polêmica, porém necessária para manter o equilíbrio fiscal para os próximos 10 anos, coube ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, DEM/RJ. Querendo ou não, a reforma da Previdência foi aprovada com a votação expressiva do "centrão". O Palácio do Planalto contribuiu na aprovação da reforma da Previdência, com a liberação das "emendas parlamentares", o "toma lá, dá cá".
O fato é que a aprovação da reforma da Previdência, embora já esperado pelo mercado financeiro e pelo setor produtivo, a aprovação por maioria expressiva trouxe um certo alívio e um clima de "expectativa otimista". O setor produtivo e o mercado financeiro, agora, esperam com mais otimismo as outras reformas estruturantes com a reforma tributária e um novo pacto federativo. Desde ontem, o deputado Rodrigo Maia passou a ser o "fiel da balança" das outras reformas necessárias para o desenvolvimento sustentável do País.
No feijão com arroz, no dia a dia, a liberação do FGTS não trará grande impacto no crescimento econômico como faz crer o Palácio do Planalto. A liberação líquida do FGTS não deve passar de R$ 40 bilhões para os próximos 6 meses. No entanto, há dois fatores que não são dado destaque pela grande imprensa e pelos articulistas econômicos, que influem diretamente no crescimento econômico do País. O primeiro fator é a liberação do 13º salário dos trabalhadores e pensionistas, cerca de R$ 210 bilhões, que serão injetados diretamente no consumo entre os meses de setembro e dezembro. O segundo fator é a liberação de cerca de R$ 220 bilhões de financiamento do Plano Safra que atende o agronegócio e agricultura familiar. Somado ambos fatores, a economia vai contar com a injeção de R$ 430 bilhões no último quadrimestre deste ano.
Sazonalmente, todos anos repetem os eventos citados acima, com exceção da liberação do FGTS. O fato é que a somatória dos eventos, dá um impacto direto na economia, para um "acréscimo" do crescimento econômico em cerca de 0,65% no PIB em 2019.
Ossami Sakamori
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