O ministério da Economia esconde a real situação do número de desempregados no País. A grande imprensa, despreparada, acompanha o "discurso" do governo em relação ao número de trabalhadores com "carteira assinada". Enquanto o número de trabalhadores com carteira assinada não passa dos 33,4 milhões, o número de trabalhadores desempregados, desalentados, nem-nem e subempregados, somam cerca de 50 milhões. O governo e a grande imprensa "insistem" em divulgar apenas o índice de desempregados, sem considerar o número de trabalhadores vulneráveis. Oficialmente, o número de desempregados no País, não chega a 13 milhões de pessoas. Isto é uma grande mentira! Brasil age como avestruz!
Vamos analisar de perto o número de trabalhadores com carteira assinada ou o número de trabalhadores com empregos em fábricas, comércio ou serviços. Pois bem, o Brasil tem apenas 33 milhões de trabalhadores estáveis numa população de 208 milhões. Isto quer dizer que, estatisticamente, cerca de 16% da população do País está com emprego formal ou emprego estável. Isto significa que apenas 16% da população contribui, formalmente, para o crescimento do País.
Vamos comparar o número de empregados formais nos países do primeiro mundo. Nos Estados Unidos, o número de trabalhadores formais, já que lá no Primeiro mundo, não há "leis trabalhistas" que exigem "carteira assinada", é de 157 milhões de trabalhadores. Para uma população de 340 milhões de pessoas, o número de empregados formais representa 46% da população do país. No Brasil, 16% de trabalhadores em relação ao número da população.
Outro país referência é o Japão, país democrático, com 120 milhões de habitantes, diga-se de passagem, população altamente escolarizada. O número de trabalhadores formais, de acordo com as leis daquele país, sem quase nenhum benefícios como que há no Brasil, é de 67 milhões de trabalhadores. A relação número de trabalhador versus número de população, chega a 56% sobre o total da população. No Brasil, 16% de trabalhadores em relação ao número da da população. Isto, de certa forma, justifica o terceiro PIB do mundo, atrás apenas dos EEUU e da China.
Enquanto o ministro Paulo Guedes, se preocupa com agenda "liberal", enquanto a maioria dos trabalhadores, cerca de 50 milhões, fica à mercê de "política econômica" e "política monetária" que atende apenas aos 33 milhões de trabalhadores com carteira assinada. Enquanto a equipe econômica não der a devida atenção aos trabalhadores em situações vulneráveis, cerca de 50 milhões, o País continuará com o crescimento pífio, de 1% ao ano.
Paulo Guedes age como como avestruz, escondendo a cabeça no buraco para não ter que enfrentar a dura realidade, a do quadro de depressão, a maior desde 1929.
Brasil age como avestruz!
Ossami Sakamori
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