O início e o fim
O momento exige reflexão!
As pessoas, mesmo aquelas que tem boa formação, não tem exata noção do que foi o estrago causado pelos sucessivos governos do PT e seguido pelo MDB do Temer/Meirelles. O motivo é justo porque não há dados consolidados de indicadores econômicos comparativos entre o início do governo PT, janeiro de 2003, até hoje. Mesmo leigo no assunto, analisando o quadro que vou expor, vai entender o porquê da demora da retomada de crescimento. A projeção do Boletim Focus do Banco Central, aponta um pífio crescimento de 1,5%, antes projetado de 3,5% para o PIB do ano de 2018.
Em janeiro de 2003, o governo Lula herdou uma dívida pública líquida de R$ 1,103 trilhões. Após sucessivos aumento de PIB nos primeiros dois mandados do Lula e do primeiro mandato da Dilma somado ao mandato Dilma/Temer, a dívida pública líquida saltou para R$ 3,716 trilhões. Mesmo descontado a inflação do período e o crescimento do PIB no mesmo período, a dívida pública cresceu assustadoramente, ela representa hoje cerca de 55% do PIB. Pior, a dívida pública líquida está em franca expansão por conta do juros reais (juros acima da inflação) em torno de 3% ao ano e persistente "déficit primário" nas contas do governo da União.
O governo Lula, em janeiro de 2003, pegou o Brasil com 1,788 milhão de desempregados, com carteira de trabalho, formais. Hoje, o número ascende a 13 milhões de trabalhadores desempregados e praticamente o mesmo número de trabalhadores sub-empregados ou em trabalhos informais. Neste número não está incluído o número de chefes de famílias, cerca de 13 milhões de pessoas, que depende do Bolsa Família. O número se torna assustador quando sabemos que apenas 34 milhões de trabalhadores com carteira assinada estão nos postos de trabalho.
O número de trabalhadores com carteira assinada em progressão decrescente é justificado com a participação cada vez menor do setor industrial na formação do PIB. No início do governo Lula, em 2003, o setor industrial participava com 26% do PIB, enquanto hoje, o mesmo setor não representa mais do que 12% da formação do Produto Interno Bruto. O Brasil continua fornecedora de matérias primas, como Brasil da época colonial.
Embora o setor de agronegócios tenha absorvido parte deste contingente de trabalhadores do setor industrial, os trabalhadores qualificados, sem empregos, foram empurrados para o setor informal da economia. Os trabalhadores formais estão hoje nos setores de serviços por falta de opção. Brasil virou, infelizmente, país de "biscateiros". Se demorar muito esta situação, viramos um novo México.
Outro indicador que poucos articulistas consideram é o número de inadimplentes no comércio. Há mais de dois ano que o número de inadimplentes está no patamar acima de 60 milhões, hoje 61,4 milhões. O número é consequência de número de trabalhadores desempregados e crescente número de trabalhadores nos serviços informais. Nem é preciso comentar que estas pessoas ganham o insuficiente para "limpar o nome". O número corresponde a cerca de 60% da força de trabalho ou 40% de toda população adulta do País. Nem é preciso lembar que o número aumentou com os "créditos consignados" e "créditos fáceis" dos governos do PT. A conta chegou!
O Brasil está num espiral ao inverso, as cadeias produtivas tem cada vez menos consumidores. As indústrias não tem para quem vender, mesmo que tenham capacidade ociosa para produção em escala, por absluta falta de consumo. As indústrias faturando menos, o governo arrecada menos, provocando o monumental "rombo fiscal" ou o "déficit primário". Isto mais parece um gato tentando pegar o próprio rabo, rodando em círculo.
Receio que os presidenciáveis, de esquerda à direita, estão subestimando a crise econômica social que o País atravessa. Não será apenas uma vaga ideia de política econômica liberal ou neoliberal ou apenas ideários políticos à esquerda ou à direita que mudarão a situação econômica e social do País.
O buraco é mais para baixo!
Ossami Sakamori
Engenheiro civil, foi professor da UFPR, consultor empresarial
O governo Lula, em janeiro de 2003, pegou o Brasil com 1,788 milhão de desempregados, com carteira de trabalho, formais. Hoje, o número ascende a 13 milhões de trabalhadores desempregados e praticamente o mesmo número de trabalhadores sub-empregados ou em trabalhos informais. Neste número não está incluído o número de chefes de famílias, cerca de 13 milhões de pessoas, que depende do Bolsa Família. O número se torna assustador quando sabemos que apenas 34 milhões de trabalhadores com carteira assinada estão nos postos de trabalho.
O número de trabalhadores com carteira assinada em progressão decrescente é justificado com a participação cada vez menor do setor industrial na formação do PIB. No início do governo Lula, em 2003, o setor industrial participava com 26% do PIB, enquanto hoje, o mesmo setor não representa mais do que 12% da formação do Produto Interno Bruto. O Brasil continua fornecedora de matérias primas, como Brasil da época colonial.
Embora o setor de agronegócios tenha absorvido parte deste contingente de trabalhadores do setor industrial, os trabalhadores qualificados, sem empregos, foram empurrados para o setor informal da economia. Os trabalhadores formais estão hoje nos setores de serviços por falta de opção. Brasil virou, infelizmente, país de "biscateiros". Se demorar muito esta situação, viramos um novo México.
Outro indicador que poucos articulistas consideram é o número de inadimplentes no comércio. Há mais de dois ano que o número de inadimplentes está no patamar acima de 60 milhões, hoje 61,4 milhões. O número é consequência de número de trabalhadores desempregados e crescente número de trabalhadores nos serviços informais. Nem é preciso comentar que estas pessoas ganham o insuficiente para "limpar o nome". O número corresponde a cerca de 60% da força de trabalho ou 40% de toda população adulta do País. Nem é preciso lembar que o número aumentou com os "créditos consignados" e "créditos fáceis" dos governos do PT. A conta chegou!
O Brasil está num espiral ao inverso, as cadeias produtivas tem cada vez menos consumidores. As indústrias não tem para quem vender, mesmo que tenham capacidade ociosa para produção em escala, por absluta falta de consumo. As indústrias faturando menos, o governo arrecada menos, provocando o monumental "rombo fiscal" ou o "déficit primário". Isto mais parece um gato tentando pegar o próprio rabo, rodando em círculo.
Receio que os presidenciáveis, de esquerda à direita, estão subestimando a crise econômica social que o País atravessa. Não será apenas uma vaga ideia de política econômica liberal ou neoliberal ou apenas ideários políticos à esquerda ou à direita que mudarão a situação econômica e social do País.
O buraco é mais para baixo!
Ossami Sakamori
Engenheiro civil, foi professor da UFPR, consultor empresarial
3 comentários:
Lamentável, um grande país dispersado...
Fazendo uma reflexão, podemos dizer que o Brasil começou a sua caída quando adotou de vez o Neo Liberalismo. Foi acsntuado com FHC que já estava preparando a cama para o PT, daí para a intromissão do Estado em tudo, acabando com a liberdade de brasileiros que aplicavam aqui,foi um estalo.O exagero dos Impostos sobre a classe Produtiva,é o famoso começo. Perdoa-se os impostos dos não produtivos que pertencem a Classe Política e a enche de favores, para que aprove emendas que os favoreçam.Transforma o Brasil em servidores e servidos, e esses esquerdas que nunca gostaram de trabalhar se sente. Muito bem em cargos criados para eles do qual só sabem roubar. Os funcionários de carreira respondem pelos erros dos marginais. O governo fraudulento mete o nariz nas grandes Empresas e toma conta,passando para seus amigos fraudadores e antes a sua produção era benefício para o País passou a ser benefício para uns quantos. Aqueles que ñprecisam, devem muito, conseguem dinheiro nos bancos a juros mínimos e se recusam a pagar pq são ladrões e são perdoados. Vejo pela minha região a inadimplência, muitas lojas fechando, centena de desempregados, panos forrados no chão a frente das lojas e qualquer coisa sendo vendida, mas a cerveja nos botecos consumida com o BOLSA FAMÍLIA, e homens e mulheres preguiçosos de serviço mas ávidos por dinheiro, sempre com o melhor telefone e a melhor televisão. Infelizmente onde o governo se mete tira a liberdade do povo de agir. Tira o dinheiro do povo para aplicar no que ñ presta, tira a concentração do povo e rouba em tudo que vai fazer, tira a saúde, tira o emprego, tira tudo e dá uma BOLSA DE ESMOLA. Ñ vamos sair desse buraco, até agora todos os candidatos ñ se preocuparam com a Lei e a Ordem, acham que só a Economia salva. Ñ é verdade, precisamos de boas equipes para tirar esses bandidos fa esquerda que sujaram o Brasil. Vamos abaixar os impostos e dar chance para quem precisa e pode fornecer trabalho. É o que penso.
Dizem que no governo lula o pobre pode comprar um carro. Engano puro o pobre se endividou durante 60 meses para pagar o veículo que na realidade pertence à financeira.Não pagou,perdeu e sujou o nome.
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