Crédito da imagem: Estadão
O tradicional jornal Estadão publica na edição de hoje, matéria sobre o motivo que levou demissão do José Yunes do cargo de assessor do presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Nada seria extraordinário se o assunto não envolvesse a figura do próprio presidente da República. Tudo leva a crer que ele foi intermediário da "doação caixa 2" do Odebrecht para o PMDB.
Segundo o Estadão, José Yunes, amigo pessoal do presidente Michel Temer, admite ter recebido um "pacote de documentos" em seu escritório do doleiro e operador de propinas do PMDB, à pedido do atual ministro Eliseu Padilha. Ainda segundo Estadão, o advogado disse ter recebido o "pacote de documentos" em seu escritório de advocacia na cidade de São Paulo e que na ocasião teria conversado com o doleiro e que não o conhecia anteriormente. Posteriormente, segundo o advogado, o "pacote de documentos" fora repassado para uma pessoa que não saberia identificar, através da sua secretária.
José Nunes, segundo o Estadão, teria sido uma "mula involuntária" no episódio que motivou o seu afastamento de assessor especial do presidente da República com assento no Palácio do Planalto. Para quem não sabe, o termo "mula" é usado para a pessoa que transporta mercadoria ilícita como "drogas" para atravessar a fronteira.
O tal "pacote de documentos" (sic) é provável que seja parte da doação do Marcelo Odebrecht prometido em reunião social no Palácio do Jaburu para campanha eleitoral do PMDB, no montante de R$ 10 milhões. Segundo a delação, R$ 6 milhões teria entregue à campanha do Paulo Skaf, PMDB/SP, para o governo de São Paulo. E o restante, R$ 4 milhões ficou ao encargo do atual ministro Eliseu Padilha indicar o seu destino. Parte do dinheiro destinado à cota do Padilha, exatamente R$ 1 milhão, teria sido entregue no escritório do advogado José Nunes. É de supor que o "pacote de documentos" continha "em espécie" R$ 1 milhão, que supostamente teria como destinatário o Michel Temer, atual presidente da República.
Desta forma, o advogado José Nunes se declara "mula involuntária" do "pacote de documentos" que teve a origem na conversa entre Michel Temer e Marcelo Odebrecht no Palácio do Jaburu. Vai ser difícil presidente Temer dar explicações sobre a ocorrência com tantas evidências. Foi assim com a origem do dinheiro que foi comprado o Fiat Elba pelo ex-presidente Collor de Mello, supostamente com o dinheiro de sobra da campanha eleitoral. Deu no que deu, Collor foi cassado pelo Congresso Nacional.
José Nunes é "mula involuntária" do "propinoduto" da Lava Jato.
Ossami Sakamori
5 comentários:
A política brasileira é igual ¨doce de m...¨; quanto mais mexe, mais fede! e querem nos enfiar êsse ¨doce¨ goela abaixo...
Cada história que nos aparece...
Lendo o texto podemos observar que ele recebeu o pacote de alguém conhecido no momento e entregou a um desconhecido, e, parece estar querendo nos dizer que se foi mula, o foi por força das circunstâncias?
Hora bolas, bolinhas e bolões. Até parece que para conviver ao lado do poder o sujeito é assim tão inocente...
Ele foi mula ou burro? Qualquer um que recebe uma maleta para carregar tem que saber o que há dentro!
Não esquente seu Sakamori! É do probo PMDB não acontece nada. Não vai dar em nada pois era apenas uma "contribuição". Não pode aceitar essas coisas se fosse partido de "esquerda" mas com PMDB ou PSDB pode.
Novo sabor de pizza...
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