domingo, 13 de fevereiro de 2022

Com Paulo Guedes na Economia, Bolsonaro perde eleição

 


Quem está a imaginar que a inflação está debelada com as medidas do Banco Central, está enganado.   Na última fala do Campos Neto, presidente do Banco Central, o País vai voltar a crescer, consistentemente, somente no fim deste ano, 2022.  Anunciou que nas próximas de reuniões do COPOM, que ocorrerão nos dias 15/16 de mar e 3/4 de maios, a taxa de juros básicos dos títulos do Tesouro Nacional, Selic, estará dentro da curva ascendente, terminando em 12,75% em maio/2022.  A economia não funciona assim, como relógio.

            A notícia do Campos Neto é boa para investidores especulativos e ruim para investidores produtivos. Bom para investidores especulativos que irão ganhar mais sem produzir nada e ruim para os investidores produtivos, que terão os seus custos de produção aumentados.  Quanto ao efeito da taxa Selic, estabelecida pelo Banco Central, na inflação é um tanto duvidoso, se aplicada como "única" medida para conter a inflação.   O presidente do BC, Campos Neto, esquece de que há outros instrumentos da política monetária para combater a inflação, qual seja, o depósito compulsório das instituições financeiras, como o principal.   Campos Neto, antes de assumir a direção do Banco Central era diretor de um grande banco de varejo.   O presidente do Banco Central pensa e age como um "banqueiro".   Campos Neto não está preocupado com o aumento de custos, devido à taxa Selic, do setor produtivo brasileiro.   Campos Neto está preocupado com a sua carreira como um servidor do "banqueiro".

           Dois pontos que me faz a preocupar: a evolução da inflação e o crescimento do setor produtivo.  Com inflação importada, dos países do primeiro mundo, sobretudo dos EEUU, que já sinaliza inflação corrente, dezembro/2022, algo próximo de 7%, a mais alta em 40 anos.  O agronegócio, aparentemente, será beneficiado, recebendo os valores de exportações em R$, reais.  No entanto, a alegria é aparente, porque, o Brasil está importando a "inflação" americana, também.   Vide comentário no preâmbulo.

          A má notícia para os simples mortais, o reles cidadão brasileiro, é a constatação da pouca eficácia das medidas econômicas tomadas no "dia a dia".   Diz a teoria "macroeconômica" que o reflexo das medidas na área econômica, tomadas pelas autoridades, só trarão reflexo em 6 meses.   Façam conta, então...  A última medida de impacto, segundo presidente do Banco Central, será no dia 3 e 4 de maio.   Isto significa que os efeitos da medidas só sentiremos no último trimestre deste ano.  Isto, se não houver fatos novos, negativos, no meio do caminho.

           Diante das medidas anunciadas pelo presidente do Banco Central, o ano de 2022, será mais um ano perdido, pela incompetência das autoridades monetárias, Banco Central e Ministério da Economia.   Isto tudo, afeta no resultado das eleições de outubro/2022.  Diante do quadro de economia em "estagnação", aparecerão muitos candidatos com "soluções milagrosas", com que um "salvador da Pátria" faz.   Nem é preciso ser um cientista político para afirmar que a reeleição do presidente Bolsonaro é incerta, neste momento.     

            Brasil carece de "ambiente" de negócio para setor produtivo, se as autoridades monetárias querem recuperar o tempo perdido com a crise financeira iniciada em 2014, a pior dos últimos 100 anos.  O "posto Ipiranga" perdeu a credibilidade já há algum tempo.   Com o Paulo Guedes no comando da economia, a oposição, sabem de quem eu me refiro, ganha eleições, com total facilidade.   

           Ossami Sakamori

     

Um comentário:

ronaldo mourao disse...

Estamos bem próximos de um preço pela manhã e outro majorado na parte da tarde. As tabelas de preços estão sendo alteradas a cada 30 dias.