O ministro da Economia, Paulo Guedes, após participar do evento Moderniza Brasil - Ambiente de Negócios, organizado pelo governo federal e realizada na sede da Fiesp - Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, ontem, dia 15, que o País deverá ter desaceleração da economia em 2022, em razão do efeito da alta de juros Selic e as medidas de combate à inflação, que está sendo implementado pelo Banco Central. A fala do ministro da Economia, é também, pensamento unânime entre os empresários que estavam presentes no evento, segundo se apurou. Brasil vai parar em 2022.
Vamos lembrar que no ano de pico da pandemia Covid-19, o País regrediu em 4,1%, apesar de injeção do dinheiro do Tesouro Nacional no montante de R$ 571 bilhões, extra Orçamento Fiscal de 2020, denominado de "Orçamento de Guerra". O resultado é que, neste ano, 2021, o País deve crescer cerca de 4,5%, segundo projeção das instituições financeiras, como o conglomerado Itaú. Como pode ver, a somatória do desempenho do País nos dois anos da pandemia, vai terminar no equilíbrio, sem nenhum crescimento.
Segundo o ministro Paulo Guedes, a desaceleração da economia poderá ser contrabalanceada pela elevação de investimentos contratados, advindos das privatizações no volume de R$ 700 bilhões para os próximos 10 anos. Além dos investimentos em infraestrutura, que anualizado soma R$ 70 bilhões, o programa Auxílio Brasil, que representa cerca de R$ 400,00 para 20 milhões de beneficiários, cerca de R$ 96 bilhões, deverá irrigar os municípios mais carentes em todo o País.
Até este momento, quase terminando o ano de 2021, os programas de estímulo ao crescimento econômico apontado pelo ministro Paulo Guedes é insuficiente para atender a demanda dos trabalhadores em situação de desempregados, desalentados e os "nem-nem" (nem trabalha e nem estuda). E ainda, se considerar que 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza, o País não pode dar o "luxo" de contentar-se em ver o País "em desaceleração da economia". As propostas apresentadas pelo ministro Paulo Guedes, na minha opinião, são medíocres diante da tamanha necessidade do País. Ministro medíocre para um País medíocre. Brasil terá que crescer e ocupar posição de destaque que merece estar. Não há outro remédio.
Ossami Sakamori
2 comentários:
Este mantra das privatizações, que os ultraliberais propagam pelos telhados, soa como se fosse uma panaceia para os problemas da economia Tupiniquim. Ora é pra salvar a economia, ora, tomados por um pseudo espírito humanitário, é para dar dinheiro aos pobres, não importa, deste que se privatize tudo. O garoto de Chicago quer equilibrar as contas públicas, salvar a economia, etc., tudo às custas das privatizações. Um paradoxo: desinvestimentos públicos para salvar a economia. Gastos com políticas populistas, despesas paliativas, enfim, tudo é bem-vindo, desde que aumentem a dívida pública para viabilizar as privatizações. Parece que entrou no governo com esse único propósito. Combinação perfeita: de um lado, um Presidente doido para se reeleger por conta de uma política populista, e, de outro, um capitalista neoliberal, vislumbrando, com esse cenário, um pretexto para as privatizações.
O Brasil é mesmo um País azarado. Todo final de ano sempre a mesma conversa fiada:
O próximo ano será de muitas dificuldades,por acado os viadinhos não podem transmitir um pouco de esperança para o povo brasileiro?
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