Hoje, quero apresentar o resumo do estudo feito pelos economistas Marcel Grillo Balassiano e Samuel Pessoa, ambos professores da Fundação Getulio Vargas - FGV. O estudo se refere ao crescimento do PIB - Produto Interno Bruto brasileiro em relação à média do PIB global desde 1987. O estudo mostra que o País cresceu uma média de 2% ao ano, enquanto o mundo avançou a um crescimento de 3,4%. Essa defasagem de crescimento é que fez o Brasil cair da posição de 8ª economia do mundo para 12ª, atrás da Coreia do Sul, um pequeno país do oriente. O destaque é meu.
Ainda, o mesmo estudo dos economistas mostra que essa defasagem foi revertida apenas em alguns anos do governo Itamar Franco, Fernando Henrique e Lula. Mas, considerando a média dos anos anos de cada gestão o Brasil cresceu abaixo do ritmo mundial. No governo Bolsonaro, a diferença deverá ficar negativa em 2%. Apesar da pandemia ter atingido todas economias do mundo, o Brasil teve retração maior do que a média global em 2020 e deverá crescer menos que o mundo em 2021 e 2022, segundo os economistas do FGV.
Para eles, os economistas citados, houve um deslocamento entre a economia brasileira e economia mundial no biênio 2015/2016, no governo Dilma, um "fosso" entre o que deveria ter acontecido e o que ocorreu. Todos sabem o que ocorreu, mas não comentam, o desastre ocorrido devido a incompetência e imperícia da equipe econômica que comandava o segundo mandato do governo Dilma, a do ministro da Economia Guido Mantega. Infelizmente, o governo que sucedeu, o do Michel Temer, também, teve desempenho medíocre.
Os economistas da FGV não comentam sobre a atual gestão, a do ministro da Economia, Paulo Guedes, que continua apresentando desempenho negativo em relação ao do mundo global. O fato concreto é que o País deve terminar o ano de 2021, com crescimento ao redor de 4,5%, apenas o suficiente para cobrir a retração de 4,1% de 2020, ano de pico da pandemia. Para economia brasileira, o ano de 2021, foi medíocre, sem nenhuma reforma estruturante que o País necessita, como a reforma tributária (meu comentário).
Os países do primeiro mundo, se preparam com ousados planos de investimentos para tentar recuperar os anos perdidos da pandemia, 2020 e 2021. O Orçamento fiscal de 2021, em aprovação no Congresso Nacional, não apresenta nenhum investimentos por parte do governo da União, limitado que está pela Emenda 95. Está havendo um pequeno "furo" do teto dos gastos públicos para viabilizar os recursos do programa "Auxílio Brasil" para cerca de 20 milhões de beneficiários. Nada mais.
Os investimentos bilionários em infraestruturas anunciados pelo ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, não farão nenhum efeito imediato, porque a maior parte destes, são investimentos de longo prazo, de 10 a 60 anos. Desta forma, o Brasil continuará com o crescimento defasado em relação ao primeiro mundo, tudo como dantes, pelo menos em 2022.
Na minha opinião, falta ao governo do presidente Jair Bolsonaro ousadia e vontade política para fazer do Brasil, um país inserido como um dos principais players do mundo. Qualquer candidato que mostre o caminho do crescimento do País, ganha eleição de 2022. O Brasil, país continental, com terras férteis e clima temperado, merece retomar o crescimento vertiginoso e sustentável. O País está acometido de síndrome do cachorro magro, infelizmente.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Temos no Brasil de hoje muitas festas,muitas conversas é poucas ações para promover o desenvolvimento do País.
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