sábado, 18 de dezembro de 2021

Com Paulo Guedes na Economia, Bolsonaro não se reelege!

 

Na sua última entrevista do ano, ministro da Economia, Paulo Guedes, fez balanço das atividade da sua pasta nesse ano de 2021, no dia de ontem, 17.  Para quem assistiu, deu para perceber que ela foi patética, que mais parecia confissão de culpa por não ter alcançado o objetivo que traçara, no início do ano do que uma prestação de conta.   A ausência dos seus principais assessores do Ministério na bancada, fez sentir à plateia de jornalistas convocadas, que as notícias não seriam alvissareiras.  A impressão que ficou, foi como clima de "fim de festa".  

          Segundo o ministro da Economia, o País experimentou um feito extraordinário durante a pandemia, quando o aumento de gastos para conter os efeitos da pandemia tiveram como contrapartida o congelamento de salários nos governos federal e regional.  Paulo Guedes, não citou ou não quis dizer que em 2020, no primeiro ano da pandemia, impingiu gastos públicos, extra LDO de 2020, em R$ 571 bilhões, sob diversas formas de ações do governo federal.  Não estou a criticar os gastos públicos de 2020, mas lembrando apenas que os recursos gastos foram a custa de aumento de endividamento público.  Não tem almoço grátis.  A conta vem depois.

         O ministro da Economia, citou a diminuição de déficit primário de R$ 10,5% do PIB - Produto Interno Bruto, em 2020, para algo como 1% do PIB em 2021 e 0,4% do PIB para o próximo ano.  Segundo o ministro Paulo Guedes, um ajuste fiscal que não foi feito em nenhum país do mundo.  Para quem não tem familiaridade com a macroeconomia, o "déficit primário" é o "dinheiro que falta" para cobrir os gastos do governo federal, apesar da arrecadação exorbitante do governo da União.  Eu denomino o "déficit primário", o dinheiro que falta para cobrir os gastos públicos, de "rombo fiscal", que seria o mais correto entender.   Para um leigo entender, melhor ainda, o tamanho do problema que o País enfrenta, o "déficit primário" não engloba os gastos referente  ao "pagamento de juros da dívida pública", cada vez mais impagável, aproximando celeremente ao número próximo do PIB - Produto Interno Bruto do país.  

         Ainda assim, na visão do ministro da Economia, Paulo Guedes, o "posto Ipiranga" do presidente Bolsonaro, em fazendo balanço de 2021, "o governo colocou o Brasil em pé".   Na visão do ministro, mesmo diante dos números negativos: "O Brasil se reergue e combatemos a doença" e que a economia voltou em V e o Produto Interno Bruto (PIB) vai crescer no ano que vem.   Para os que não estão acompanhando o desempenho do governo, a economia do País tende a crescer ao redor de 4,5% em 2021, segundo a análise das instituições financeiras.    Para um País que "regrediu 4,1% em 2020, o crescimento de 4,5% em 2021 não é nenhum grande feito.  O ministro Paulo Guedes sabe muito bem disso.  

         Em sua defesa, diante das críticas de que "ele não está entregando nada" em sua gestão, reclamou dos projetos que ele enviou ao Congresso Nacional, como reforma do Imposto de Renda e tributo aos dividendos.   Reclamou, o ministro Paulo Guedes, a falta de empenho dos congressistas em aprovar a privatização dos Correios, como que querendo desvencilhar da sua responsabilidade.   Não falou sobre a debandada dos seus auxiliares diretos, escancarada com ausência deles na entrevista derradeira do ano, por discordância à política econômica implementada por ele.  

          Manter o Paulo Guedes, o "posto Ipiranga", no Ministério da Economia, o principal dentre todos, é meio caminho andado para derrota do presidente Bolsonaro, nas eleições do outubro do próximo ano.   Enfim, cada um deve saber o que está fazendo e deve saber muito bem o que quer para si.   Com Paulo Guedes na Economia, Bolsonaro não se reelege!

            Ossami Sakamori

            

 

3 comentários:

ronaldo mourao disse...

Infelizmente esse é um dos fatores para enfraquecer o Presidente,o outro é a falta de reação do mesmo nas interferências do outro poder sobre as ações dele. O seu governo começou a adernar quando aceitou que um Ministro impediu a nomeação do Delegado Ramagem,ali ele demonstrou falta de força ao abrir mão de uma prerrogativa dele.

Oledir Silva disse...

Não por isso, o presidente se reelege sim. O país saiu da crise melhor que muitos outros desenvolvidos em matéria de economia, apesar da sabotagem do congresso e STF !

Bob Clementino disse...

A força eleitoral de Bolsonaro é visível : adversários estão se "ajuntando" , para enfrentar o Mito :
- Lula se alia a Alckmin
-Podemos já cogita Moro como vice de Doria