Pela imagem acima, reunidos a direção da CPI da Covid-19, boa coisa não deve estar discutindo. Soma-se aos senadores acima, Simone Tebet, MDB/MS, Alessandro Vieira, PPS/SE e Humberto Costa, PT/BA, que formam a tropa de choque que investiga a suposta irregularidades no Ministério da Saúde, na gestão do presidente Jair Bolsonaro, sem partido. Uma cena curiosa, é a foto acima. Mais parece reunião de chefes de facções criminosas do que de reunião de probos senadores da República. Propositadamente, os senadores da foto, utilizam-se dos recintos do Congresso Nacional para promoção pessoal.
Os senadores acima, vão ocupar as primeiras páginas da imprensa por mais 90 dias, ocasião em que "venderão" a imagem, gratuitamente, visando as eleições do ano que vem. Cada um tem a sua pretensão, uns querendo a reeleição ao Senado Federal e outros com pretensão de se candidatar aos governos estaduais, de origem. Se depender da mídia, os senadores, "chefes das facções", já estão eleitos a qualquer cargo eletivo, seja como senador ou para governador.
Enquanto isso, as reformas estruturantes que o País precisa para retomada do desenvolvimento como a reforma administrativa, a reforma tributária e a simplificação burocrática para atender os anseios dos investidores nacionais e estrangeiras estão sendo tratados como que de segunda prioridade. Até este momento, a reforma tributária resume em diminuir a carga tributária para as empresas e taxar os dividendos, numa equação que na somatória deverá resultar em ligeiro aumento da carga tributária em relação ao sistema que está em vigor. Não se cogita, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a reforma tributária que envolve os estados e municípios. Digamos que será uma reforma "meia boca" que atende mais aos interesse do Ministério da Economia do que dos investidores diretos.
Na semana que passou, o ministro da Cidadania, João Roma, Republicanos/PE, em conjunto com o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram a reformulação da "Bolsa Família", com o aumento de auxílio para R$ 300, para cerca de 17 milhões de famílias, 3 milhões de famílias a mais que o atual atendimento. O gasto da nova "Bolsa Família" deve consumir R$ 66 bilhões, considerado pagamento mensal somado a um eventual 13º salário. Como o Orçamento Fiscal de 2022, está apertado, já com "déficit primário" ou o "rombo fiscal" previsto de R$ 170,2 bilhões, o acréscimo do valor projetado para "Bolsa Família", pouco representa. Ainda assim, o ministro Paulo Guedes, terá que romper o teto dos gastos públicos estabelecido pela Emenda 95.
Voltando aos chefes das facções criminosas ocupam os "holofotes" da imprensa, tentando encontrar a corrupção na compra, que não houve, no Ministério da Saúde. Enquanto, isto, as agendas estruturantes que o Brasil tanto precisa, estão sendo colocadas em segundo plano.
Ossami Sakamori
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