O número de desocupados no Brasil é de 34 milhões de brasileiros, que os sucessivos governos fazem questão de ignorar, muito diferente do número de desempregados anunciados pelos órgãos do governo federal que cuidam do trabalho. Para o Ministério da Economia existe tão somente 14 milhões de desempregados. Segundo o ministro Paulo Guedes, o restante dos trabalhadores, cerca de 20 milhões são pessoas "invisíveis" (sic).
O ex-senador Ataídes Oliveira, PSDB/GO, ainda no mandato, ocupava a tribuna do Senado Federal para denunciar manipulação de dados sobre o número de desempregados. A manipulação de dados, portanto, não é coisa nova e nem é uma descoberta minha. Os sucessivos governos fazem questão de ignorar os números alarmantes. Paulo Guedes, ministro da Economia, chegou a declarar que os desempregados que não constam da sua estatística, são trabalhadores "invisíveis". Não, não são!
Vamos tentar destrinchar os números. O número real de desocupados ou na minha concepção, desempregados, está em 34 milhões de trabalhadores, longe dos 14 milhões de desempregados anunciados pelo governo e pela imprensa.
O que não entra no número de desempregados, oficial: 1) O número de trabalhadores desalentados, que são desempregados que nem saem para procurar o emprego, por diversas razões, entre elas o emprego ofertado não se encaixa ao seu perfil. Este contingente soma cerca de 6 milhões de trabalhadores. 2) Também, cerca de 3 milhões, que não entram na estatística de desempregados, são os que estão recebendo o seguro desemprego. 3) Cerca de 11 milhões são considerados "nem-nem", pessoas com idade de 15 a 29 anos, que nem trabalha e nem estuda.
Os números apresentados aqui "são oficiais", do IBGE, órgão do governo federal. Se o próprio Paulo Guedes, ministro da Economia, diz que os 20 milhões de trabalhadores que estão fora do mercado de trabalho são "invisíveis", é claro que o povo acredita que o número de desempregados no Brasil é de apenas 14 milhões como querem mostrar os sucessivos governos, incluído este.
Somando o número oficial de 14 milhões de desempregados com os 20 milhões de "invisíveis", o contingente de trabalhadores sem um "trabalho digno" soma 34 milhões de adultos. O número é difícil de ser "engolido" pelo ministro da Economia e pelos senadores e deputados, por ignorância ou má fé. Isto não é de hoje. O vício da desinformação continua como dantes, no Planalto central.
Obs: Força de trabalho no País é de 110 milhões de pessoas.
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário