segunda-feira, 16 de março de 2020

O Brasil e a pandemia coronavírus


Hoje, vou escrever sobre o efeito da pandemia na economia mundial e em especial na economia brasileira.  A tarefa não é dos mais fáceis.  Não disponho de dados oficiais para fazer fundamentação mais técnica, mas, assim mesmo, vamos fazer análise macroeconômico baseados tão somente em noticiários da imprensa nacional e internacional.   O quadro é muito mais grave do que se imagina.  Ou o Brasil toma atitude ou seremos sempre país de segunda classe.

O Banco Central americano, que é uma entidade privada, anunciou na semana passada a "recompra" de títulos do Tesouro americano até o montante de US$ 1,5 trilhão.  O volume é expressivo se considerar que o PIB americano é de cerca de US$ 18 trilhões.  O Banco Central americano anunciou que vai baixar os juros do título do Tesouro americano para intervalo de 0% a 0,5% ao ano.  Vamos lembar que a inflação americana está ao redor de 2% ao ano, portanto pratica juros negativos.  Seria como se a taxa básica de juros Selic estivesse no entorno de 2% ao ano.  Hoje a taxa Selic é de 4,25% ao ano e inflação ao redor de 3,5% ao ano.

O governo brasileiro vem agindo "timidamente" diante da pandemia de coronavírus, levado muito a sério pelas maiores economias do mundo global.  O ministro Paulo Gudes anunciou a liberação de R$ 5 bilhões para Ministério da Saúde, para enfrentar a pandemia "coronavírus".  Paulo Gudes anunciou também a liberação de metade do 13º dos aposentados, num montante de R$ 29 bilhões.  O Banco Central já tinha anunciado a liberação de R$ 39 bilhões do depósito compulsório dos bancos para que as instituições financeiras disponibilizem os recursos para empréstimos.  No total, o governo vai injetar R$ 73 bilhões no curto prazo, o que é tímido.  

Nem precisa ser conhecedor de macroeconomia para saber que as iniciativas do Paulo Guedes e do Campos Neto são tímidas, se comparar com as inciativa de países do primeiro mundo.  Digamos que o Brasil está mais para o Burundi do que para lados dos países como Estados Unidos, Alemanha e Japão.    Extensão territorial e população o Brasil tem igual ou maiores que eles.  No meu entender, o Brasil terá que abandonar, muito rapidamente, o síndrome do "cachorro magro", se pretende ocupar a posição de país de vanguarda no mundo globalizado.  

Falta ao Brasil um "pacto nacional" para sair da crise da pandemia decorrente do coronavírus.  Enquanto os políticos estiverem "engalfinhando-se" para ocupar o poder, o destino do País será, sempre, ocupar posição de "coadjuvante" dos países desenvolvidos.  No andar da carruagem, nunca verei o Brasil dentre país do primeiro mundo, pois já estou com 75 anos.  É uma pena!    

Ossami Sakamori

Nenhum comentário: