sábado, 14 de setembro de 2019

Que Brasil queremos para para os nossos filhos?


Sendo brasileiro nato, igual a tantos outros 210 milhões de brasileiros que habitam a terra descoberta pelo Cabral há mais de 5 séculos, acho no dever de escrever estas breves linhas.  O Brasil já foi a quinta economia do mundo, no tempo do império.  Brasil que era colônia de Portugal passou a ser a colônia do mundo desenvolvido.  O País não mudou muito, apenas mudou de dono.  Em pleno século XXI, Brasil continua sendo tratado pelos 7 países ricos do mundo como um reles país de segunda categoria.  Vamos mudar isto, vamos?

O Brasil acostumou-se a ser tratado como país de segunda categoria, não por culpa dos países desenvolvidos, mas por nossa própria culpa.  O Brasil parou no tempo, o relógio parou século XX.  Não bastou Tiradentes subverter ao jugo português pela cobrança do "quinto" (1/5) de impostos, que eram obrigados a recolher à coroa portuguesa.  Pior, hoje, o povo brasileiro é obrigado a pagar 36% do total da sua renda para manter a oligarquia estatal.  Oligarquia que muda a cada 4 anos, com promessas de avançar, de tornar o Brasil competitivo, de tornar um país com IDH comparável aos países do primeiro mundo.  No fim do mandato, sempre a mesma ladainha:  não deu para avançar por causa da oposição.  O picadeiro é o mesmo, só mudam os palhaços do circo que assistimos, diariamente. 

Entra governo, sai governo, as promessas são as mesmas, as de tornar o País competitivo.  Mas, para isto não fazem o dever de casa.  Não investimos em educação que é a base de inovações tecnológicas que o mundo exige.  Não investimos em infraestrutura para tornar os nossos produtos de exportação competitivos.  Em pleno século XXI, o País continua a exportar os produtos primários, como minérios e produtos agropecuários.  E o Brasil continua a criar empregos nos países desenvolvidos, com importação de produtos acabados.  

Os projetos dos sucessivos governos é uma vã promessa de criar empregos, prometendo picuinhas ao invés de preparar o País para um projeto de modernização com mecanismos de competição internacional, e minimizar o "custo Brasil", tão reclamado pelo setor produtivo.  O País perde muito tempo em discussão de "picuinhas", que não levam a nada.  O País sofre do síndrome do cachorro magro.  Ao invés de enaltecer e copiar a tecnologia desenvolvida pelos países do primeiro mundo, fazemos bravatas para exportar produtos do agronegócio, em forma bruta.  E ficamos orgulhosos disso...

O Brasil não tem projeto de médio e longo prazo, para sair do marasmo, do atraso tecnológico, e ostentamos os últimos lugares no PISA e IDH.  A culpa do atraso é a suposta ameaça de invasão da nossa soberania pelos países do primeiro mundo.  Infelizmente, a culpa do atraso do País é nossa, de todos brasileiros.  Eleger os culpados pelo atraso aos políticos é uma forma de achar um bode expiatório para dissimular a nossa incompetência.  

O povo brasileiro está, eternamente, atrás de um salvador da pátria.  Enquanto isto, os outros países emergentes estão à procura de ser um protagonista do século XXI, como China e Índia.  A decisão de tornar o Brasil um membro dentre melhores posições na geopolítica mundial não é dos políticos, mas de cada um de nós.  Potencial para tanto, o País tem.  Só não temos o "brio" suficiente para sair da eterna mediocridade.  

Que Brasil queremos para para os nossos filhos?

Ossami Sakamori



   

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