Sendo brasileiro nato, igual a tantos outros 210 milhões de brasileiros que habitam a terra descoberta pelo Cabral há mais de 5 séculos, acho no dever de escrever estas breves linhas. O Brasil já foi a quinta economia do mundo, no tempo do império. Brasil que era colônia de Portugal passou a ser a colônia do mundo desenvolvido. O País não mudou muito, apenas mudou de dono. Em pleno século XXI, Brasil continua sendo tratado pelos 7 países ricos do mundo como um reles país de segunda categoria. Vamos mudar isto, vamos?
O Brasil acostumou-se a ser tratado como país de segunda categoria, não por culpa dos países desenvolvidos, mas por nossa própria culpa. O Brasil parou no tempo, o relógio parou século XX. Não bastou Tiradentes subverter ao jugo português pela cobrança do "quinto" (1/5) de impostos, que eram obrigados a recolher à coroa portuguesa. Pior, hoje, o povo brasileiro é obrigado a pagar 36% do total da sua renda para manter a oligarquia estatal. Oligarquia que muda a cada 4 anos, com promessas de avançar, de tornar o Brasil competitivo, de tornar um país com IDH comparável aos países do primeiro mundo. No fim do mandato, sempre a mesma ladainha: não deu para avançar por causa da oposição. O picadeiro é o mesmo, só mudam os palhaços do circo que assistimos, diariamente.
Entra governo, sai governo, as promessas são as mesmas, as de tornar o País competitivo. Mas, para isto não fazem o dever de casa. Não investimos em educação que é a base de inovações tecnológicas que o mundo exige. Não investimos em infraestrutura para tornar os nossos produtos de exportação competitivos. Em pleno século XXI, o País continua a exportar os produtos primários, como minérios e produtos agropecuários. E o Brasil continua a criar empregos nos países desenvolvidos, com importação de produtos acabados.
Os projetos dos sucessivos governos é uma vã promessa de criar empregos, prometendo picuinhas ao invés de preparar o País para um projeto de modernização com mecanismos de competição internacional, e minimizar o "custo Brasil", tão reclamado pelo setor produtivo. O País perde muito tempo em discussão de "picuinhas", que não levam a nada. O País sofre do síndrome do cachorro magro. Ao invés de enaltecer e copiar a tecnologia desenvolvida pelos países do primeiro mundo, fazemos bravatas para exportar produtos do agronegócio, em forma bruta. E ficamos orgulhosos disso...
O Brasil não tem projeto de médio e longo prazo, para sair do marasmo, do atraso tecnológico, e ostentamos os últimos lugares no PISA e IDH. A culpa do atraso é a suposta ameaça de invasão da nossa soberania pelos países do primeiro mundo. Infelizmente, a culpa do atraso do País é nossa, de todos brasileiros. Eleger os culpados pelo atraso aos políticos é uma forma de achar um bode expiatório para dissimular a nossa incompetência.
O povo brasileiro está, eternamente, atrás de um salvador da pátria. Enquanto isto, os outros países emergentes estão à procura de ser um protagonista do século XXI, como China e Índia. A decisão de tornar o Brasil um membro dentre melhores posições na geopolítica mundial não é dos políticos, mas de cada um de nós. Potencial para tanto, o País tem. Só não temos o "brio" suficiente para sair da eterna mediocridade.
Que Brasil queremos para para os nossos filhos?
Ossami Sakamori
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