quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Economia. Os discursos fáceis do governo Temer

Crédito da imagem: Estadão

A grande imprensa publicou opinião do Ilan Goldfajn, direto de Davos, de que o Banco  Central "elegeu" agora como novo ritmo de "afrouxamento monetário" com as quedas de 0,75% da taxa Selic. Com ressalva de que um novo ritmo "pode mudar" conforme trajetória da inflação. A notícia causou até uma certa surpresa para os jornalistas e analistas de mercado financeiro. 

Antes tarde do que nunca. Foi a primeira vez que ouço o Ilan Goldfajn citar em "afrouxamento monetário"  como meta do Banco Central, mesmo que não tenha dito que o objetivo da queda do Selic é para "retomada do crescimento". Este blog tem defendido a taxa básica de juros reais Selic como principal "inibidor" do crescimento sustentável do País, além do dólar alto (real desvalorizado). 

A minha atenção continua, no entanto, sobre a política monetária do Ilan Goldfajn, que ainda continua "ameaçando" a revisão da trajetória da taxa básica de juros Selic, conforme comportamento da inflação. Isto mostra que o Banco Central conta coma taxa básica de juros Selic como "único" instrumento para combater a inflação.  Banco Central aplica a fórmula do Fundo Monetário Internacional ao "pé da letra", abrindo mão de utilizar o instrumento principal do "controle da base monetária" que é o "depósito compulsório" dos bancos. O nível de depósito compulsório dos bancos está inalterado há alguns anos. 

Vamos esclarecer, de uma vez por toda, que a taxa básica de juros Selic é "um dos instrumentos" da política monetária do Banco Central para "calibrar" o crescimento sustentável do País. O Banco Central, nos últimos dias, tem atuado no mercado de câmbio na "ponta de venda" no mercado futuro de dólar. Isto é mais um equívoco do Ilan Goldfajn sobre a política monetária do Banco Central, que quer manter o "dólar baixo" (real valorizado).  

Segurar o dólar no atual patamar, numa ponta ajuda no controle da inflação, mas na outra ponta o "dólar baixo" (real valorizado) inibe as exportações, favorecendo tão somente aos investidores estrangeiros especulativos e aos países que exportam produtos para o Brasil. Vamos lembrar, novamente, que o "dólar baixo" ou o "real valorizado" é um "truque" do governo que traz uma "sensação do bem estar" e  a "sensação do poder de compra". Foi assim no governo Lula da Silva. E deu no que deu. A atual crise econômica que passa o País foi, justamente, decorrente da política econômica equivocada dos sucessivos governos do PT. O Brasil paga preço muito caro pelos sucessivos equívocos na política econômica e na política monetária, tanto deste ou dos governos anteriores.  Justifica-se, a equipe econômica de hoje é a mesma de antes. Leia-se Meirelles. 

A despeito da taxa nominal dos juros básicos Selic estar num patamar mais abaixo da referência dos últimos meses a de 14,25%, os juros reais hoje está ao redor de 6,5% ao ano. A taxa básica de juros reais Selic do Brasil continua a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo. Meirelles e sua equipe acham que os outros 39 países, com crescimento, é que estão errados. E nós, "otários" continuamos aplaudindo a equipe econômica comandada pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. 

Não se deixem enganar com "discursos fáceis". Este filme já vimos inúmeras vezes!

Ossami Sakamori

7 comentários:

joao trindade disse...

Essa conversa mole para fazer boi dormir é a única que têm.
País com políticos descomprometidos com a população que vive de migalhas, em sua maioria, com pedintes (também ladrões e espertalhões) aumentando de forma assustadora. Querem mostrar lá fora o país de Alice, escondendo a Venezuela tupiniquim. Um país que prefere investir pesado na ¨segurança¨e não investe em educação é país sem futuro.

Daniel Camilo disse...

O Brasil é um País "festeiro". O cidadão come arroz com feijão durante um ano só para economizar e gastar com fantasia no carnaval. Outro passa fome mas dinheiro para a "fézinha" no jogo de azar não falta. A esperança dos pobre é que amanhã dias melhores virão. Só que não trabalham para isso acontecer. O trabalho, nesse caso, é investir no Política: Informar sobre a Política e votar corretamente. Como a maioria são leigos e acreditam em toda promessa feita, os governantes(falsos) aproveitam desse "defeito de fábrica do brasileiro" e fazem a festa com nosso suado dinheiro. Dizem que um dia o brasileiro acorda. Não sei, parece que estamos em um coma profundo!

Anônimo disse...

Não parece coincidência o acidente que vitimou hoje o ministro Teori Zavascki? Avião novo, com tripulante que incomodaria muita gente, estando vivo! Seria intimidação ou acomodação de peças-chave na lavanderia suja, que esconde podridão nunca imaginada?

daniel disse...

Petista falou em "assassinatos"

Brasil 19.01.17 21:04
Pouco antes da queda da aeronave que levava Teori Zavascki, o advogado petista Adriano Argolo postou no Twitter que a "delação da Odebrecht entregando políticos de vários países vai gerar assassinatos".

"Vou avisar pq depois vão culpar o Lula e o PT."

Fonte:
http://www.oantagonista.com/posts/petista-falou-em-assassinatos

pvnam disse...

Manifesto em divulgação


PARA DEFENDER A DEMOCRACIA TÊM-SE QUE TRABALHAR!!!
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-» O contribuinte não pode passar um cheque em branco a nenhum político!!!
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O contribuinte tem que se dar ao trabalho!
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---»»» Democracia Semi-Directa «««---
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-» Isto é, votar em políticos não é (não pode ser) passar um cheque em branco... isto é, ou seja, os políticos e os lobbys pró-despesa poderão discutir à vontade a utilização de dinheiros públicos... só que depois... a 'coisa' terá que passar pelo crivo de quem paga (vulgo contribuinte).
-» Explicando melhor, em vez de ficar à espera que apareça um político/governo 'resolve tudo e mais alguma coisa'... o contribuinte deve, isso sim, é reivindicar que os políticos apresentem as suas mais variadas ideias de governação caso a caso, situação a situação, (e respectivas consequências)... de forma a que... o contribuinte/consumidor esteja dotado de um elevado poder negocial!!!
-» Dito de outra maneira: são necessários MAIS E MELHORES CANAIS DE TRANSPARÊNCIA!
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Exemplo 1:
Todos os gastos do Estado [despesas públicas superiores, por exemplo (para que o contribuinte não seja atafulhado com casos-bagatela), a 1 milhão], e que não sejam considerados de «Prioridade Absoluta» [nota: a definir...], devem estar disponíveis para ser vetados durante 96 horas pelos contribuintes na internet num "Portal dos Referendos"... aonde qualquer cidadão maior de idade poderá entrar e participar.
-» Para vetar [ou reactivar] um gasto do Estado deverão ser necessários 100 mil votos [ou múltiplos: 200 mil, 300 mil, etc] de contribuintes.
{ver blog « http://fimcidadaniainfantil.blogspot.pt/ »}
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Exemplo 2:
Concorrência a sério!
Leia-se: não há necessidade do Estado possuir negócios do tipo cafés (etc), porque é fácil a um privado quebrar uma cartelização... agora, em produtos de primeira necessidade (sectores estratégicos) - que implicam um investimento inicial de muitos milhões - só a concorrência de empresas públicas é que permitirá combater eficazmente a cartelização privada.
Explicando melhor: o contribuinte/consumidor precisa de empresas presentes no mercado de forma transparente e honesta, isto é, sem cartelização nem dumping.
{ver blog « http://concorrenciaaserio.blogspot.pt/ »}
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Uma opinião um tanto ou quanto semelhante à minha: Banalidades - jornal Correio da Manhã (antes da privatização da transportadora aérea):
- o presidente da TAP disse: "caímos numa situação que é o acompanhar do dia a dia da operação e reportar qualquer coisinha que aconteça".
- comentário do Banalidades: "é pena que, por exemplo, não tenha acontecido o mesmo no banco BES".
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P.S.
Direitos que já há alguns anos (comecei nos fóruns clix e sapo) aqui o je vem divulgando:
1- O Direito à Monoparentalidade em Sociedades Tradicionalmente Monogâmicas:
- Promover a Monoparentalidade (sem 'beliscar' a Parentalidade Tradicional, e vice-versa) é evolução natural das sociedades tradicionalmente monogâmicas --» ver blog http://tabusexo.blogspot.com/.
2- O Direito à Sobrevivência de Identidades Autóctones:
- Democracia sim; nazismo-democrático não, leia-se: é preciso dizer não àqueles que pretendem democraticamente determinar o Direito (ou não) à Sobrevivência de outros, isto é, ou seja, é preciso dizer não àqueles que evocam pretextos para negar o Direito à Sobrevivência de outros (nota: nazismo não é o ser 'alto e louro', bla bla bla,... mas sim a busca de pretextos com o objectivo de negar o Direito à Sobrevivência de outros!); dito de outra maneira: os 'globalization-lovers', UE-lovers e afins, que fiquem na sua... desde que respeitem os Direitos dos outros... e vice-versa --» ver blog http://separatismo--50--50.blogspot.com/.

Anônimo disse...

Vixe...

Celso Schefer disse...

Politica de incompetentes é o mesmo que enxugar gelo!