sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Você é um otário!

Crédito da imagem: A Razão


Somente o governo Temer acredita no início da recuperação econômica, ainda neste ano. Os organismos internacionais de fomento, como FMI, aponta crescimento "zero" para este ano. Já estamos no final do mês de janeiro e os empresários, sobretudo os pequenos, querem ter ideia de como a economia vai andar neste ano para fazerem o planejamento. E o povo anda apreensivo com a sua própria situação. Ninguém mais acredita nas promessas da retomada de crescimento do País prometido pelo governo para o final do ano.

O governo propõe para discussão no primeiro semestre, a reforma da previdência e a reforma trabalhista. As reformas estruturantes, embora necessárias, não serão aprovadas sem uma discussão profunda pelo Congresso Nacional. Isto leva tempo, além de produzir desgastes ao governo e ao Congresso Nacional. O índice de desaprovação do governo Temer que está baixo, vai acentuar ainda mais com as reformas propostas.

As delações premiadas das empreiteiras envolvidas em Operação Lava Jato vão causar enorme desgaste ao Congresso Nacional, já que centenas de parlamentares estão na lista referida. O efeito delação deve repercutir não só no Legislativo, mas sobretudo no Executivo. Podemos definir, desde já que o País vai passar por período de grande incerteza política. O presidente Temer faz parte da lista de delações. 

Para piorar  a situação, a permanência ou não do Michel Temer à frente da presidência da República ainda é uma incógnita. As investigações feito pela Polícia Federal à pedido do TSE em torno da campanha eleitoral da chapa Dilma/ Temer está a aprontar graves irregularidades no uso dos recursos da campanha eleitoral.  Enquanto o TSE não der veredicto final, o País viverá momentos de instabilidade política.

Na economia, apesar de inflação apontar para uma trajetória de queda, até por conta da recessão, a taxa básica de juros Selic continua muito alta. O Brasil nunca pagou juros reais tão altos como agora, apesar de presidente do Banco Central ter afirmado que a tendência da taxa Selic é de queda acentuada nas próximas reuniões do Copom. Ainda assim, o Brasil paga os juros reais a mais alta dentre 40 maiores economias do mundo! A credibilidade do País nunca esteve tão baixa!

A pior consequência da instabilidade política e econômica é o aumento do número de desempregados e desalentados (sub-empregados). Estima-se que o número deste contingente da força de trabalho no País será de 26 milhões até o final do ano. O número é impressionante, se considerar que a forma de trabalho total do Brasil é estimado em 102 milhões, segundo IBGE. Grosso modo, de cada 4 trabalhadores, 1 deles está desempregado ou está no sub-emprego. 

Um outro número impressionante é o número de pessoas inadimplente no sistema de crédito no País. Dados divulgados pela Serasa Experian aponta o número de inadimplentes em aproximadamente 59 milhões de pessoas. O número mostra que 1 em cada 3 pessoas adultas está inadimplentes. Inclui neste número, também, as pessoas inadimplentes do programa Minha Casa Minha Vida.

O quadro descrito acima, cria um "efeito dominó" na economia. O aumento de desempregados aumenta o número de inadimplentes. O aumento de número de inadimplentes diminui o volume de negócios nos setores de serviços e comércio. O encolhimento nos volumes de venda no comércio e no serviço, diminui encomendas no setor industrial. O menor volume de encomendas retrai a produção industrial. Retraindo a produção industrial há demissões em massa. E assim, começa tudo de novo como um "círculo vicioso".

A nefasta consequência desta situação (efeito dominó) é a instabilidade no campo social.  A atual crise no sistema penitenciária é apenas uma das consequências do "efeito dominó". Tenho visto reportagens sobre "saques" de caminhões com cargas de alimentos, nos últimos dias. Creio, não vai demorar muito para assistirmos cenas de "saques" em supermercados, como aquelas que assistimos na vizinha Venezuela.  A fome faz as pessoas perderem a vergonha. 

Ainda assim, a classe política continua brincando com a situação do povo brasileiro. A renda da classe política estão garantidos com todos os benefícios e benesses dos cargos que ocupam. Os políticos estão mais é preocupados em "marcar" seus territórios, não importando a que custo, afinal quem paga a conta, sempre, é o povo. 



Você é um otário!

Ossami Sakamori


6 comentários:

Daniel Camilo disse...

Bom dia! Para mim, ler seus textos é desmascarar o governo e por isso mesmo leio e comento. O texto de hoje nos remete a outro assunto que talvez seja a raiz de todo o problema financeiro do Brasil que é o sistema financeiro rentista. vivemos sob a batuta dos banqueiros. Pagamos um absurdo em juros da dívida externa(que Lula disse ter quitado); e ao mesmo tempo falsos Empresários como Eike Batista e outros estão sendo presos por falcatruas nas cifras de bilhões de dólares, e quem os ajudou a receber os empréstimos que no caso do Eike, o BNDES? Foi Lula e a Dilma. Através de obras superfaturadas os ladrões embolsaram muito dinheiro que foi guardado fora do Brasil. O Brasil faliu e Temer quer passar uma imagem bonita porém o bolso fala mais alto. Todos estamos na pior e sem perspectiva a curto prazo. Se o governo desse o exemplo e cortasse o máximo que pudesse nos seus contracheques e privilégios, o povo cooperaria mas, pelo contrário, o governo massacra o povo com reformas e mantém as mordomias dos políticos. Logo logo a coisa vai "pegar fogo". Ainda não pegou porque uma grande parte da população ainda assiste tv(lavagem cerebral).

Anônimo disse...

Realmente, até os alienados serão pegos pelo estômago. Nesse estágio, quando faltar o pão, nem o circo das ilusões da Lei Rouanet conterá os saques.

Unknown disse...

Realmente o texto traduz a verdadeira fase que estamos e o porvir, contudo podemos e devemos nos informar e multiplicar, forçando a saída dos corruptos e corruptores em todas as áreas possíveis...

Anônimo disse...

Fora Temer e seu governo mentiroso!
Intervenção militar já!
Cadeia para Renan Calheiros, Lula, Rodrigo Maia!
Chega desse bando de calhordas!

Anônimo disse...

Um país com juros de cartão de crédito de quase 500% não é um país de um governo sério.
Algo precisa ser feito para acabar com essa patifaria que coaduna com esses agiotas que sugam o sague do povo brasileiro.
Intervenção militar já!

Anônimo disse...

Não só eu, mas todos somos otários.
Até acho que deveriam usar um bordão, onde diz: Brasil, país de todos os otários.