Reparou nas mãos dos chineses?
A participação dos produtos importados no consumo do brasileiro atingiu 22,5% no primeiro trimestre de 2014, segundo divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). O resultado é o mais alto da série histórica, iniciada em 2007, de acordo com o estudo Coeficientes de Abertura Comercial publicado há pouco. Fonte: Estadão, hoje.
Já vi que brasileiro gosta mesmo é de chorar em cima do leite derramado. Após quase 4 anos de política econômica (sic) equivocada, apresentam os números como se fossem acontecimento e fatos não previstos. A notícia acima, aponta o resultado do crescimento de produtos importados no consumo do brasileiro, respondendo por cerca de 1/4 do tudo que o brasileiro consome.
Recentemente, deu ao presidente do Banco Central no governo Lula e ao Samuel Pessôa, ministro de Fazenda do eventual governo Aécio, criticar o erro da "nova matriz econômica" da presidente Dilma. Uai, fica fácil criticar depois de leite derramado. Por que estas pessoas não fizeram críticas à política econômica (sic) da Dilma, antes? estas pessoas não tiveram coragem de criticar quando deveria ter feito. Este blog fez, desde 15 de fevereiro de 2012, só para constar.
Pegando carona do termo dos considerados craques na economia, uma dos componentes importantes desta "nova matriz econômica", é justamente a apreciação da moeda local, o real, ante ao dólar americano. Falando da mesma coisa em linguagem de leigo seria dizer que houve desvalorização do dólar.
Com o dólar desvalorizado, o produto brasileiro perde competitividade no mercado internacional, dificultando exportações. Por outro lado, facilita a importação dos produtos importados em consequência do dólar desvalorizado. Isto, aparentemente, traz "sensação de bem estar" à população ou dá "aparente poder de compra" irreal ao brasileiro.
Esta "sensação de bem estar" e o "aparente poder de compra" irreal aumenta a popularidade da Dilma. Esta "nova matriz econômica" criticado agora por economistas e analistas de plantão foi implantada no início do governo Dilma. Este blogueiro mequetrefe, engenheiro de formação e com habilitação em economia e estatística, embora, sem nenhuma notoriedade vem fazendo crítica contundente sobre esta "nova matriz econômica", contra quase todos economistas e analistas, no auge da popularidade da Dilma.
Só para lembrar, o governo Lula no primeiro mandato, pegou o dólar cotado a R$ 3,50 para cada US$ 1. Hoje, para cada US$ 1 equivale, na cotação de ontem, cerca de R$ 2,24. Lembrando que no período do governo petista, houve inflação de 91%. Isto quer dizer que o governo Lula pegou US$ 1 cotado, equivalente hoje a R$ 6,68. Isto é apenas para mostrar, grosso modo, quão defasado está o câmbio. Longe de defender, hoje, a cotação de R$ 6,68 para cada US$ 1. Apenas, usei para termo de comparação, porque brasileiro tem memória curta.
A chiadeira de que o Brasil está desindustrializando e que as importações está tomando conta do consumidor brasileiro, já era previsto, quando Dilma optou em continuar o câmbio engessado do segundo mandato de Lula. Eu já disse, lá para trás que o setor industrial que representava 26% do PIB em 2003, hoje não passa de 12% do PIB. Os números noticiado acima confirma exatamente o que venho dizendo há mais de 2 anos neste blog.
Vamos ser curto e grosso. O Brasil está perdendo competitividade, entre vários fatores, a defasagem cambial. Até para leigos, fica fácil entender. O Brasil importa do feijão preto a tomate para industrialização da China. Levando em conta que o Brasil tem terras férteis e clima temperada, isto é um paradoxo. Até os commodities como grãos e minérios estão perdendo competitividade no exterior. Isto tudo, só agora, os economistas e analistas em geral estão descobrindo. Descobrindo o óbvio!
O Brasil é um maná para os estrangeiros. Para os países industrializados como os europeus e americanos, Brasil é comprador de máquinas e ferramentas de últimas gerações. Para os países emergentes como a China, o Brasil é fonte de matéria prima barata e comprador de manufaturados e tudo quanto é bugigangas produzidos lá. Brasil é comprador de feijão preto, tomate e trigo, produtos essenciais no dia a dia da população.
Tem algo de errado no país das maravilhas da Dilma. O Brasil não está avançando em relação à média do mundo, pelo contrário, está regredindo. Estamos voltando à época do colonialismo, mudamos apenas de donos do Brasil. Agora, os donos do Brasil são os chineses. A continuar assim, é melhor a gente ir aprendendo o "mandarim", língua oficial da China continental.
Eita, Dilma, você já entregou o campo Tupi para os chineses, então entregue de uma vez por toda a chave do Palácio do Planalto. Quem sabe, em mão de chineses, o Brasil não se torna potencia mundial, logo atrás da China. É de rir para não chorar!
Resumindo, Dilma escancarou de vez a porta para os chineses!
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
5 comentários:
Parabéns. Isso que você fala é real e de uma clareza solar. A indústria brasileira tem perdido muito com essa política econômica equivocada. Com a desvalorização do dólar em relação ao real, além de dificultar as exportações brasileiras, estimula as importações. E isso é péssimo. Primeiro porque prejudica a balança comercial. Segundo porque com a queda da indústria você tem redução do PIB e, consequentemente, a geração de menos empregos, ou seja, em vez de criar empregos aqui dentro, você cria empregos noutros países que produzem para nos vender. Se alguém desejar conhecer o nosso blog, acesse: www.ideiasefatostucujus.blogspot.com.br
Mas agora parece que a India deu uma boa virada. Só nos resta ficar na rabeira dos BRICS até que o povo se dê conta do erro imenso que é este desgoverno petista.
Depois de velho,aprender mandarim é missão quase impossível .
O melhor mesmo é me suicidar (logo eu que achava que nosso país ainda tivesse político sério;que pena).
Se a dilma não entende nem de lojinha de 1,99 ela vai de entender o que de economia de uma nação grande como o brasil. O que ocorre é que os governantes medíocres cercam-se de assessores medíocres também e fica uma briga de foice entre eles e prevalece sempre a ordem do chefe, isto costuma acontecer na iniciativa privada também. Ela assinou a compra da refinaria americana sem ler e mesmo que tivesse lido, não saberia interpretar também. Como diz a sabedoria popular, a vaca foi pro brejo e nós estamos no mato sem cachorro.!!!
Não sei de onde concluiram que: "Com a desvalorização do dólar em relação ao real, além de dificultar as exportações brasileiras, estimula as importações. E isso é péssimo. Primeiro porque prejudica a balança comercial."
Esta afirmação sequer faz sentido, uma vez que com o real valendo menos o poder de compra de produtos que chegam em dólar é menor. Vejam, se $1,00 um dólar custa R$ 1,80, para comprar um produto importado que custe $10,00 dez dólares seriam necessários R$ 18,00 dezoito reais. E se $1,00 um dólar custa R$ 2,40, para comprar um produto importado que custe $10,00 dez dólares seriam necessários R$ 24,00 vinte e quatro reais. E como o povo brasileiro ganha salário em R$ e não em $ consequentemente a desvalorização diminui o poder de compra de produtos importados.
Por outro lado a desvalorização do real estimula a exportação, ao contrário do afirmado acima, uma vez que proporciona a valorização do produto brasileiro no cenário internacional que paga em dólar.
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