A reunião do Copom - Comitê de Política Monetária, realizado hoje, definiu a taxa Selic, mantendo em 11%, a taxa em vigor até então. Só para o entendimento, o Copom é um órgão criado pelo Banco Central, com o objetivo de estabelecer as diretrizes da política monetária e de definir a taxa básica de juros. É também, o Copom, responsável para controlar a liquidez da economia.
Com a taxa Selic de 11%, o Brasil tem juro real a mais alta entre 40 maiores economias do mundo. O Brasil ostenta o primeiro lugar com 4,25%, seguido de China com 3,41%, Índia com 2,55% e Rússia com 1,70%.
Em taxas nominais só perdemos para Venezuela e Argentina, respectivamente com 16,38% e 14,90%. Em termos nominais, o Brasil figura na terceira posição, atrás apenas dos países sul-americanos nominados.
No entanto, a taxa de juros Selic, serve apenas como referência para juros pagos pelo Tesouro na rolagem de dívida interna. Só como exemplo, os títulos NTN-F para vencimento em 1/1/2025, estava sendo negociado hoje a 12,40% para compra e 12,46% para venda. Fazendo a média de juros da dívida interna, o Brasil despende em pagamento de juros, a uma taxa média acima de 11%.
Na conta do último dado fornecido pelo Banco Central a dívida pública federal estava em R$ 2,05 trilhões. Fazendo conta, pela taxa média, de 11% ao ano, o Brasil deveria pagar de juros R$ 225 bilhões. Deveria, mas não paga. Como o governo prometeu superávit primário de R$ 44 bilhões, significa que a diferença de R$ 181 bilhões, vai ser rolado. Definitivamente, o Brasil não consegue pagar nem os juros da dívida pública, apesar de esforço enorme para geração de superávit primário, diferença entre receita e despesa da União.
Vamos lembrar mais uma vez que os juros que o País paga, nas estratosfera, não é para segurar a inflação, como querem fazer crer o presidente do Banco Central e agentes do setor privado. Digo, insistentemente, que a taxa Selic, representa a falta de credibilidade do governo. Paga-se juros mais caras pela falta de confiança dos investidores institucionais e especuladores em aplicar nos títulos do governo.
A necessidade de atrair capital estrangeiro especulativo estrangeiro também é um dos motivos para o aumento da taxa Selic. Brasil necessita de dinheiro dos agiotas internacionais para fechar a balança de pagamentos. Os agiotas internacionais estão atrás dos 4,25% ao ano de rentabilidade líquida. O resto é conversa para boi dormir.
A necessidade de atrair capital estrangeiro especulativo estrangeiro também é um dos motivos para o aumento da taxa Selic. Brasil necessita de dinheiro dos agiotas internacionais para fechar a balança de pagamentos. Os agiotas internacionais estão atrás dos 4,25% ao ano de rentabilidade líquida. O resto é conversa para boi dormir.
Dilma paga maior taxa de juros real do mundo!
Ossami Sakamori
@SakaSakamori
2 comentários:
Estamos vivendo tempos difíceis, e sem esperança de melhora.
Parabéns. Como você bem explicou, com a taxa Selic de 11%, em razão do montante da dívida de mais de R$ 2 trilhões de reais, os cofres do Tesouro Nacional são onerados significativa, tanto que sequer consegue superávit para quitar a totalidade dos juros anuais. É um péssimo sinal, considerando que em assim sendo, mesmo que não sejam contraídos novos débitos, a dívida continua crescendo. Se alguém desejar conhecer o nosso blog, acesse: www.ideiasefatostucujus.blogspot.com.br
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