sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Sérgio Moro, a quarta via

 

Se eventualmente eu não sou a melhor pessoa a discursar, posso garantir que sou alguém que vocês podem confiar.  Afirmou o ex-juiz federal e ex-ministro de Justiça do governo do Presidente Jair Bolsonaro, no discurso de sua filiação ao Partido Podemos, nessa semana.  E completou, como se ele fosse a única salvação do País: O Brasil precisa de líderes que ouçam e atendam a voz do povo brasileiro.  

          Disse o ex-ministro da Justiça: Fui juiz dos casos da operação Lava Jato em Curitiba. Foi momento histórico: quebramos a impunidade da grande corrupção de forma e com números sem precedentes.  Mais de R$ 4 bilhões foram recuperados dos criminosos e tem uns R$ 10 bilhões previstos para serem devolvidos.  Isso nunca aconteceu no Brasil.  Disse ainda: Eu sempre fui considerado um juiz firme e fiz justiça na forma da Lei.

          Justificou, o ex-juiz, sobre a sua saída do Ministério da Justiça:  O meu desejo era continuar atuando, como ministro, em favor dos brasileiros.  Infelizmente, não pude prosseguir no governo.  Quando aceitei o cargo, não o fiz por poder ou prestígio.  Queria combater a corrupção, mas, para isso, eu precisava de apoio do governo e esse apoio me foi negado.  Quando vi meu trabalho boicotado e quando foi quebrada a promessa de que o governo combateria a corrupção, sem proteger quem quer que seja, continuar como ministro seria uma farsa.  Nunca renunciarei aos meus princípios e ao compromisso com o povo brasileiro.   Para quem não se lembra, o ex-ministro da Justiça saiu atirando ao governo que fez parte e que lhe serviu para alavancar o escritório de advocacia que pertenceu em Nova York.    

       O ex-ministro da Justiça, citou em seu discurso de filiação ao Partido Podemos:  Desde a época do governo do PT, o desemprego começou a crescer e não parou mais. Atualmente são 14 milhões de desempregados, sem contar com aqueles que já desistiram de procurar empregos e sem perspectiva de melhorar.  Ao mesmo tempo, os avanços no combate à corrupção perderam a força.  Quase todo dia ouvimos notícias de criminosos sendo soltos, normalmente com base em formalismos que não conseguimos entender.

           E, ex-ministro de Justiça critica o governo que ele próprio fez parte e que lhe deu projeção nacional, na política.  E o Brasil fica sendo esse País do futuro e nós nos perguntamos:  quando vai chegar o futuro do País?  Mesmo quando se quer uma coisa boa, como esse aumento do Auxílio Brasil ou do Bolsa Família, que são importantes para combater a pobreza, vem alguma coisa ruim junto, como o calote da dívida.   Em outra parte do discurso, ex-ministro afirma:  Uma das prioridades do nosso projeto será erradicar a pobreza, acabar de vez com a miséria. Isso já deveria ter sido feito anos atrás. Para tanto, precisamos mais do que programas de transferência de renda como o Bolsa-Família ou o Auxílio-Brasil. Precisamos identificar o que cada pessoa necessita para sair da pobreza.  É a mesma cantilena de políticos de todos matizes ideológicos.

       E finaliza o discurso de filiação ao Partido Podemos: Jamais usarei o Brasil para ganho pessoal.  Vocês sabem que podem confiar que eu sempre vou fazer a coisa certa.  Ninguém irá roubar o futuro do povo brasileiro.  Estou, portanto, recomeçando hoje, à disposição de vocês, por um Brasil justo para todos.

           O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, filiado ao Partido Podemos, candidato declarado à presidência da República em 2022, faz pesadas críticas ao governo do Presidente Jair Bolsonaro, a quem serviu, até quando lhe interessava para o seu projeto pessoal, em ser nomeado ministro do STF ou ter projeção política, que hoje ele usa para satisfazer a sua vaidade pessoal.    Sérgio Moro é mais um na política brasileira, dentre tantos que defendem os seus interesses pessoais ou interesse do seu grupo político e ou do grupo econômico que faz parte.

            Sérgio Moro é mais um "hi man", personagem da história em quadrinhos, "eu sou a força!", da política brasileira.

            Ossami Sakamori


2 comentários:

ronaldo mourao disse...

A grandeza de uma pessoa não se mede pela sua chegada mas na sua saída.

Abigail Pereira Aranha disse...

Bem observado no final: o Sérgio Moro participou do governo Jair Bolsonaro até onde convinha. Tentou derrubar o chefe, o efeito foi contrário e ainda acabou levantando o Abraham Weintraub. Vai disputar o terceiro lugar com o Ditadória, o Luiz Henrique Mandetta e cia.