terça-feira, 13 de julho de 2021

Situação fiscal do Brasil é grave!

Com IPCA dos últimos 12 meses divulgada pelo IBGE, o teto dos gastos públicos estabelecido pela Emenda 95, poderá ser de R$ 1,610 trilhão, incluído gastos com a Previdência Social.  O teto dos gastos públicos para do ano passado, 2020, foi de R$ 1,486 bilhão.  A LDO - Lei de Diretriz Orçamentária de 2022, deverá ser aprovada até 31 de agosto, como acontece a cada ano. O que chama atenção é o valor dos gastos da União, em relação ao PIB, a soma dos bens e serviços finais produzidos no país, que totalizou R$ 7,4 trilhões no ano de 2020, que correspondeu a cerca de 20% do PIB.  Para o ano de 2021 e 2022, não será nada diferente.

         Mas, o que é preocupa os investidores institucionais e agências de classificação de riscos é o "déficit primário" do governo central.  No entanto, o governo federal considera como boa, a estimativa do "déficit primário" que caiu para 2,2% do PIB, ante 3,5%, previsto anteriormente.   Comemorar a queda do "déficit primário", que persiste aos Orçamentos Fiscais desde a quebra do País em 2015, é uma ironia.   Para quem tem pouca familiaridade com a "macroeconomia": O "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir despesas do governo após arrecadação de impostos e tarifas.   O Brasil, desde 2015, não consegue pagar as despesas com os impostos que arrecada, gerando o "déficit primário" ou o "rombo fiscal".   

           Para quem não tem familiaridade com a "macroeconomia", o "rombo fiscal" ou o "déficit primário" é coberto com o endividamento público, através da venda de Letras do Tesouro Nacional, pagando em média a taxa de juros básicos Selic.  O País só consegue fechar as contas das despesas públicas federais, desde 2015, cobrindo com empréstimos tomados aos especuladores financeiros nacionais e internacionais.  Eu disse, que o "déficit primário" é o dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo federal, excludentes os juros da dívida pública.   Dá-se o nome de "déficit nominal" aquele que excede ao Orçamento Fiscal que engloba o pagamento de juros da dívida pública ao redor de R$ 5,171 trilhões, líquidos.   O governo da União, desde 2015, só vem rolando o principal da dívida, somado aos novos "déficits primários".   O Orçamento Fiscal previsto para 2022, continua mostrando que o dinheiro que a União arrecada, mal cobre as despesas correntes do governo federal.

       O País só sai desse "círculo vicioso", como que o cachorro querendo morder o próprio rabo, se não houver investimentos públicos robustos como aqueles em execução nos Estados Unidos e União Europeia.  Este blog, em matéria denominado Acelera, Brasil ! , mostra que os investimentos públicos serão as únicas formas de sair dessa situação grave e crucial que o País atravessa. 

            Ossami Sakamori

    



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