A matéria de hoje, serve apenas para informações sobre a Dívida Pública Federal, onde o devedor é União Federal, sem considerar as dívidas de outros entes da federação, nem tão pouco de empresas públicas e ou de economia mista. Assim, não está incluído neste montante, a dívida da Petrobras e da Eletrobras, por exemplo. A Dívida Pública Federal, no final do mês de abril somava R$ 5,171 trilhões, incluído o montante da Dívida Federal Externa que somava R$ 230 bilhões (US$ 44 bilhões).
A Dívida Pública Federal, R$ 5,171 trilhões, comparado com o Produto Interno Bruto em 2020, que somava R$ 7,4 trilhões, é muito expressivo, mesmo considerando a reserva cambial líquida do Banco Central, ao redor de US$ 290 bilhões ou aproximadamente R$ 1,450 trilhão a nosso favor. O endividamento líquido do Governo Federal é, descontado a reserva cambial, estava no final de abril em R$ 3,720 trilhões, grosso modo, considerando dólar a R$ 5.
Proporcionalmente ao PIB, que mede toda riqueza produzida no País, o número não seria tão expressivo, mas se levar em conta a arrecadação do Governo Federal, previsto para 2021, de R$ 1,656 trilhão o montante da Dívida Pública Federal é expressivo. Todos anos, desde 2014, o Governo Federal não consegue pagar os seus compromissos correntes obrigatórias, provocando o "déficit primário", que é o dinheiro que falta para cobrir as despesas obrigatórias. Os "déficits primários" ou os "rombos fiscais" só provoca o aumento real da Dívida Pública Federal. O "rombo fiscal" real, ou o "déficit nominal" que inclui os juros da Dívida Pública Federal, está longe de ser coberto com a arrecadação de impostos e tarifas federais. Esta situação vem de longe e é um problema endêmico do Brasil em especial e de muitos países do mundo.
Para um leigo entender, o País está literalmente "quebrado", pois não consegue sequer pagar as "despesas correntes ordinárias" do Governo Federal, muito menos os juros da Dívida Pública Federal. Em outras palavras, o Governo Federal apenas "rola" a Dívida Pública Federal, "empurrando" os novos títulos públicos pagando juros médios baseados na taxa Selic, para manter a "bola da neve" da dívida "rolando". Um país, como o Brasil, padece da mesma doença de um indivíduo que "vive" para pagar juros do cartão de crédito. A dívida nunca acaba, só aumenta!
Eu vejo que a única forma de País sair desta situação de "alto risco" é crescer muito acima do crescimento da Dívida Pública Federal ou a dívida pública engole o País. A fórmula não é fácil, mas há que achar a saída para a situação. É necessário mais do que nunca: Acelera, Brasil !
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário