domingo, 25 de outubro de 2020

Brasil está a perder oportunidades com "brigas de comadres".


 O ano  de 2020 está a terminar, pelo menos para as reformas estruturais prometidos pelo presidente da República na sua posse.   O mais importante delas, a reforma tributária, já está postergada para o próximo ano.  A reforma administrativa que envolve a estrutura do Estado, também, vai ficar para o próximo ano.  A desculpa é a mesma de sempre, a pandemia coronavírus e as próximas eleições muncipais.   O fato concreto se justifica unicamente pela vagabundagem dos políticos, sobretudo dos que tem assentos no Congresso Nacional, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal.  

As desculpas apresentados pelos políticos não  justificam.  O Congresso Nacional funciona quando é de seu interesse próprio.  O Congresso Nacional, com implantação do vídeo conferência, as matérias de menor importância como indicação dos embaixadores brasileiros no exterior ou sabatina do indicado para os cargos mais importantes da estrutura do governo federal, como ministro do TCU ou ministro do STF estão a acontecer em regime de urgência.  O mesmo Congresso Nacional, também, aprovou o estado de emergência devido a pandemia coronavírus, criando o Orçamento de Guerra, apartado do Orçamento Fiscal de 2020, aprovado no ano anterior.

O Congresso Nacional aprovou diversas medidas, dentro dos itens do Orçamento de Guerra, tal como "auxílio emergência", desoneração provisória da folha de pagamento e diversas formas de financiamentos subsidiados a pequenas e grandes empresas.  O Orçamento de Guerra está endividando o Tesouro Nacional em, até hoje, em cerca de R$ 800 bilhões, extra Orçamento Fiscal de 2020.  Com o endividamento extra, a dívida interna bruta do governo federal está a ultrapassar 100% do PIB - Produto Interno Bruto.  Para um país como o Brasil, o endividamento bruto tão elevado, igual aos dos países desenvolvidos, não se sustenta.  Simplificando o raciocínio, não há produção, o suficiente, que pague a dívida do governo federal.   O povo brasileiro vai trabalhar, os próximos anos, somente para pagar os juros da dívida do governo federal.  

Enquanto isto, há uma briga exposta, entre as "alas" no governo federal.  A disputa rasteira para ocupar os seus "quadradinhos" ocupa manchetes da grande imprensa.  Quando isto acontece, a disputa pelos poderes dentro da própria estrutura do governo, é chegado o tempo de "pensar" e "refletir", no que transformou o País que tem tudo para conquistar o lugar que deveria estar ocupando no cenário econômico internacional.   Politicamente, o Brasil se iguala ao Burundi, um país centro-africano, ao invés de se igualar aos países do, dito, primeiro mundo.

Brasil está a perder a oportunidade de desenvolvimento, aproveitando-se do momento em que os países do primeiro mundo encontram-se enfraquecidos pelo efeito da pior pandemia das últimas décadas.   

Brasil está a perder oportunidades com "brigas de comadres". 

Ossami Sakamori

   




Um comentário:

caiuá disse...

Este video do YouTube explica muito a coisa toda...https://www.youtube.com/watch?v=_7QwIEsHS1I