Não gosto de emitir opinião sobre situação macroeconômica do País, sem saber exatamente como pensam o ministro da Economia, Paulo Guedes e o presidente do Banco Central, Campos Neto. No entanto, ambos citados, os responsáveis pela política econômica e política monetária do governo Jair Bolsonaro, parecem estar caminhando na direção correta. Tanto este que escreve, quanto os renomados articulistas econômicos do País, fazemos esforço enorme para adivinhar o que se passa na cabeça de ambos.
Os últimos indicadores da economia, o IPCA, a taxa Selic, o índice de crescimento do setor produtivo e a taxa de desempregos no País, parecem ter encontrado um certo grau de "estabilidade". O IPCA, inflação oficial, tem indicado estabilidade ao nível ligeiramente abaixo de 4% ao ano. A taxa Selic, ainda que com taxa de juros reais extremamente alta, cerca de 40% acima do IPCA, nominalmente, a taxa Selic de 5,5% ao ano, é a mais baixa dos últimos 20 anos. O índice de crescimento do setor produtivo, continua no terreno de estabilidade ou traduzindo em linguagem popular, "parou de cair". O índice de desempregados, oficial, está estagnado no patamar entre 12% e 13%, o que não é nenhum "Brastemp", mas pelo menos, estabilizou-se. Enfim, os números indicam que o País "parou de cair".
Por outro lado, as reformas estruturantes que o País necessita, a da Previdência Social está para ser votado o segundo turno, pelo Senado Federal, tal como veio da Câmara dos Deputados, encerrando assim, a reforma que o País espera há muitos anos.
A reforma tributária está para dar início à discussão na Câmara dos Deputados e simultaneamente no Senado Federal, cada casa com um formato específico. No final das contas, em algum momento, as propostas vão ser unificados. A base da reforma tributária é a simplificação ou substituição dos atuais tributos, uma "sopinha" de letras, por um sistema do tipo IVA - Imposto sobre o valor agregado, quase como "imposto único". O Imposto de Renda não entra na reforma tributária, mas deverá sofrer alteração na alíquota. Comenta-se que a alíquota máxima deverá cair para 25% e o limite de isenções subir para 5 salários mínimos.
Uma outra reforma que o País necessita é um novo pacto federativo. Um novo pacto federativo é necessário para estabelecer os limites de responsabilidade de cada entes federados, os serviços públicos, como educação, saúde e segurança pública. Uma nova repartição dos recursos arrecadados, também, será fundamental para corrigir os desiquilíbrios econômicos regionais. Isto, ainda, vai dar muito "pano para manga". A discussão sobre um novo pacto federativo, certamente, vai ocupar espaço importante na mídia.
Diante do que foi dito, confirmo a minha expectativa anterior, de que o Brasil deverá crescer ao mínimo 3,5%, no ano de 2020.
Ossami Sakamori
Um comentário:
Professor, fico contente pelo seu comentário de hoje.
É sinal que pequenas mostras de "aquecimento" começam a ser notadas.
Regionalmente elas estão mostrando que a locomotiva que só emitia sons, começa a puxar a composição.
Lentamente, é verdade, mas é assim com todo inicio de deslocamento de uma composição muito grande...
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