Crédito da imagem: Globo
Está confirmado: o Brasil é uma república de bananões!
Ontem à noite, o presidente da Câmara dos Deputados ofereceu aos deputados da base do governo Temer, coquetel para 300 convidados. A festa deve ter custado aos cofres públicos, algo como R$ 100 por pessoa, assim o coquetel custou aos cofres públicos pouco mais de R$ 30.000,00. Os gastos não são expressivos, diante de tantos desperdício em serviços essenciais à população.
O motivo da festa é a votação em segundo turno da PEC 241 que, ironicamente, trata do teto dos gastos públicos. Vamos lembrar que a PEC 241 nada mais é do que a "flexibilização" da Lei da Responsabilidade Fiscal de 2000. A PEC 241 vem "oficializar" o "rombo" (dinheiro que falta para cobrir as despesas do governo) do Orçamento Fiscal para os próximos 20 anos. A PEC 241 nada mais é do que a demonstração de incapacidade do governo de conter os gastos públicos. Se qualquer governo tiver seriedade e competência, não precisaria de uma Emenda Constitucional para colocar o País nos eixos.
Na véspera da votação em primeiro turno da PEC 241, o presidente Temer ofereceu aos mesmos parlamentares da base aliada, jantar no Palácio da Alvorada para 400 talheres, extensivo às esposas dos respectivos. O jantar deve ter custado por pessoa, algo como R$ 150. Assim, o total de gastos no jantar do Palácio da Alvorada custou aos cofres públicos cerca de R$ 60.000,00. A aprovação da PEC 241 já custou aos contribuintes cerca de R$ 90.000,00, somente em festas.
O valor não é expressivo se considerar que a corrupção na estatal Petrobras ultrapassa à cifra de R$ 10 bilhões, por baixo. Também, o valor é ínfimo quando comparado com o R$ 8 milhões que o ex-presidente Lula da Silva recebeu da Odebrecht, uma das empresas envolvidas na Operação Lava Jato. Os administradores públicos em geral acostumaram com as mordomias e benesses do governo federal que, "nem" sentem mais o significado dos gastos "miúdos" (os das festas).
A própria população está anestesiada com os "excessos" dos administradores públicos. Se as "festas" fossem promovidos em qualquer país desenvolvido, com a mesma finalidade, ou seja para aprovação de alguma medida do governo, com o dinheiro público, viraria "escândalo" de proporções. Como o Brasil é uma república de "bananões", ao contrário, vira como "trunfo" fosse ao governo de plantão.
Independente da discussão sobre o mérito da PEC 241, no que sou contra, os atos dos administradores públicos demonstram completa "imaturidade" quando trata do dinheiro público. Desta forma, concluo, sem temor, que:
O Brasil é república de bananões!
Ossami Sakamori
2 comentários:
Bom dia à todos(as). Nós temos que nos conscientizar que nada vem de graça. Jesus Cristo disse que depende do nosso esforço e da leitura da Bíblia Sagrada para alcançarmos a salvação da nossa alma. Então, se nós não lermos a Constituição Federal; não acompanharmos as propostas dos parlamentares e o que estão votando, sempre seremos iludidos pelos mesmos. Temos que lembrar que não há(por enquanto) político patriota o suficiente para pensar apenas no presente e futuro do nosso País visando o progresso de seu povo. Temos políticos que beneficiam a classe bancária com o dinheiro dos impostos do povo e deixam esse mesmo povo, desamparado. Se não nos unirmos na sabedoria e não nos educarmos politicamente, seremos sempre gado indo para o matadouro. A educação nos liberta mas junto com ela é preciso acrescentar a coragem. São poucos os que entendem e tem a coragem de apontar os erros do governo. Por isso leio os artigos do Sakamori.
"Dívida pública sobe e ultrapassa marca inédita de R$ 3 trilhões
Patamar nunca tinha sido atingido, segundo dados do Tesouro; previsão é de que chegue a até 3,3 trilhões de reais em 2016
Por Da redação"
Link: http://veja.abril.com.br/economia/divida-publica-sobe-e-ultrapassa-marca-inedita-de-r-3-trilhoes/
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