A expectativa que cada brasileiro com relação ao crescimento econômico do País neste ano, 2021, não poderia ser diferente da minha. Ninguém mais aguenta a situação econômica decorrente da pandemia Covid-19 que afeta a todos, inclusive a este que escreve. O Brasil se e encontra numa situação sócio econômico incomparável com o restante do mundo devido a depressão econômica peculiar do País, a pior desde a crise econômica mundial iniciada em 1929. Nesse período, de 2014 a 2020, o País ficou atrasado em relação aos países desenvolvidos, um "fosso", ligeiramente superior a 25%. O povo brasileiro está apreensivo e com expectativa de que uma hora mude o viés da curva de crescimento.
No início do ano, o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou o crescimento em "V", no final do primeiro trimestre desde ano. Já estamos no segundo trimestre e não vemos no horizonte próximo, a segunda "perna" do "V" e nem tão pouco enxergamos no próximo trimestre. Até este momento, as medidas econômicas adotadas pelo ministro Guedes são tímidas e não passa do "auxílio emergencial", uma repetição do "auxílio emergencial" de 2020, porém com valor do desembolso "per capita" menor do que do ano anteior. Na semana que passou, o governo anunciou uma carência no programa Pronampe, um empréstimo subsidiado da Caixa. A notícia desta semana é que haverá prorrogação do programa "auxílio emergencial" por mais 3 meses, numa evidência de que a segunda perna da "V" só se concretizará no último trimestre.
O pano de fundo é que, o País passou de 8ª economia do mundo, ocupado em 2014, para 13ª economia, conforme pode ver no gráfico abaixo.
Para o País voltar a ocupar a 8ª posição na economia global, tirar a defasagem de 25%, o esforço terá que ser acima das maiores economia do mundo. E não está sendo. Pelo contrário, em termos de investimentos, continuamos na "rabeira" do mundo.
A triste notícia é que o Brasil, não fez e não faz os deveres de casa, como a reforma tributária e um novo pacto federativo. Eu já manifestei nas matérias anteriores, de que o Brasil esconde os problemas no âmbito tributário e também no trabalhista. O País esconde os maiores problemas como "iceberg", onde os problemas maiores estão submersos, distantes aos olhos de quem tem pouca familiaridade com a "macroeconomia". Os empresários que se aventuram em investir no Brasil correm o risco enorme de ir a "falência" ou a uma "recuperação judicial", o que já vem ocorrendo.
Enquanto isto, as maiores economias do mundo, sobretudo os Estados Unidos e União Europeia anunciam pesados "investimentos públicos" para soerguimento da economia, os investimentos públicos no Brasil os investimentos estão limitados pelo limite do "teto dos gastos públicos", conhecido como Emenda 95, de autoria do ex-ministro da Economia, o banqueiro Henrique Meirelles. A Emenda 95, limita os gastos públicos, incluídos investimentos públicos, ao nível de 2016, o fundo de poço da pior crise econômica dos últimos 100 anos.
Para os que acompanham este blog, digo com total segurança de que a perna da "ascensão" do Brasil se dará no último trimestre deste ano, igual a perna da letra "U" e não da "V".
Ossami Sakamori
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