O governo federal deverá disponibilizar cerca de R$ 25 bilhões para financiar parte dos atuais beneficiários do "auxílio emergencial", que receberam 5 parcelas de R$ 600 mais 4 parcelas de R$ 300 por mês, no início do próximo ano. O dinheiro viria de parte dos recursos próprios da Caixa Econômica Federal e parte de um eventual aumento de compulsórios de bancos. Segundo, informações do Ministério da Cidadania, as operações ficaria entre R$ 1 mil a R$ 5 mil para cada tomador.
O dinheiro seria usado como "capital de giro" ou compra de equipamentos eletrodomésticos que ajudem nos pequenos negócios. O microcrédito como desenhado, tem custo elevado para as instituições financeiras que venham aderir, devido a necessidade de realizar visita presencial do agente financiador, além do alto risco de inadimplência.
A medida a ser anunciada seria para atender o "vácuo" que seria deixado com o programa "auxílio emergencial" durante longos 9 meses. No entanto, o volume desenhado é quase nada comparado com o "auxílio emergencial" que vai consumir cerca de R$ 220 bilhões do Orçamento de Guerra. Digamos que a medida proposta é um "tapa buraco", cujo volume desenhado corresponde a cerca de 1/10 do volume disponibilizado em "auxílio emergencial".
Infelizmente, o governo está quebrado. O tão falado e anunciado programa de renda mínima que seria denominado Renda Cidadã, ficou no papel, por falta de fonte de financiamento. O ministro da Economia, Paulo Guedes, ensaiou prorrogar o Orçamento de Guerra, alegando a "segunda onda do coronavírus", mas não a pretensão não deu resultado. Foi desautorizado pelo presidente da República.
Embora, o valor a ser disponibilizado não vai causar nenhum impacto no Orçamento Fiscal e nem tão pouco o risco sistémico no sistema bancário, o efeito na formação do PIB de 2021,também, será insignificante. Será mais uma "pirotecnia" para fazer parte do cardápio da reeleição do presidente da República em 2022.
Ossami Sakamori
Nenhum comentário:
Postar um comentário